Cuidadora de um Vampiro - Capítulo 315
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315: Acorde-o! 315: Acorde-o! Sentado com uma expressão entediada no rosto, Levian olhava pela janela de seu quarto.
Um suspiro profundo escapou de seu nariz, e ele subitamente se levantou da cadeira. Caminhou até seu armário, pegou o cachecol que Léia havia lhe dado, e o enrolou em seu pescoço.
Ele desamarrou o cabelo, deixando-o cair em ondas lisas que cobriam seu rosto. Saiu de seu quarto e desviou para a porta do quarto de Léia.
Seus olhos piscaram, e sua mão se moveu com relutância, inseguro se deveria bater ou não.
Léia não falava com ele há um tempo, e ele estaria mentindo se dissesse que isso não estava o consumindo terrivelmente. Mesmo que fosse apenas um oi ou olá, isso já seria o suficiente.
Um suspiro profundo escapou de seu nariz, e ele bateu lentamente na porta com uma mão trêmula. Alguns segundos se passaram, e Léia abriu a porta.
Ao vê-lo, ela piscou os olhos, não tendo o esperado.
Levian respirava pesadamente e tentava se manter calmo. Seu corpo tremia, e o desejo de desaparecer o dominava.
“O que… é?” perguntou Léia.
Levian não conseguiu dizer uma palavra. Apenas ficou parado ali, tremendo.
“Eu vou fechar a porta já que você não quer falar,” disse Léia, procedendo em fechar a porta.
Mas Levian segurou a porta, impedindo que ela fizesse isso. “P-por favor, espere.”
Léia inclinou a cabeça para um lado. “Então, o que é?”
“Bem, eu estava pensando se você gostaria de… ah… ir ao parque comigo,” respondeu Levian com o rosto escondido sob seu cabelo.
Léia ficou um pouco surpresa, e embora quisesse dizer sim a ele, fez o contrário.
“Não.” Ela precisava ficar longe por tanto tempo quanto fosse possível.
Levian não esperava a rejeição dela, então ele levou alguns segundos para processar a resposta dela.
“P-por quê?” Ele perguntou, confuso.
“Porque eu não quero! Eu não estou no clima,” respondeu Léia, e antes que ele pudesse dizer outra palavra, ela fechou a porta no rosto dele.
Levian recuou. Deu um suspiro profundo e virou-se para ir embora.
Léia entreabriu a porta depois e encarou a silhueta dele desaparecendo com tristeza.
“Desculpa,” ela sussurrou.
…
Levian começou a caminhar em direção ao parque, sua mente completamente ocupada com o que estava acontecendo entre ele e Léia.
Ela foi a primeira amiga que ele fez, e no entanto não demorou muito para ela imediatamente excluí-lo sem explicação. Ela não deu a ele nenhum motivo—nada. E ele, por sua vez, não tem ideia do que exatamente poderia ter feito de errado. Ele não consegue descobrir nada, não importa quanto pense.
Ele tinha esperança de que ela fosse ao parque com ele hoje para que pudessem ter um pouco de conversa, mas ela o rejeitou assim, como se ele fosse um parasita.
Um suspiro profundo escapou de seu nariz, e ele levantou a cabeça para olhar o parque ao qual havia chegado. O parque ficava a vinte minutos de caminhada.
Com uma expressão pessimista, ele caminhou até o banco para se sentar. Ele observava em silêncio os casais, crianças e todos os outros fazendo suas coisas no parque.
Por um momento, esse pesado sentimento de solidão o atingiu. Se ao menos ele fosse sociável e alegre, talvez ele teria feito amigos. Talvez se ele não fosse tão desajeitado e frágil, as pessoas iriam querer falar com ele mais.
‘Que vida miserável!’ Ele se amaldiçoou e baixou a cabeça.
“ALI ESTÁ ELE!!!” Vozes violentas e profundas ressoaram.
Levian levantou a cabeça para ver o que estava acontecendo, mas antes que pudesse sequer compreender a situação, um homem corpulento o agarrou e cobriu seu nariz com um lenço branco.
Os olhos de Levian se arregalaram, e ele lutou para se libertar, mas era fraco demais para esses quatro homens musculosos.
Quem eram eles? Por que estavam tentando sequestrá-lo? E pior de tudo, por que as pessoas apenas observavam? Por que ninguém estava ajudando? Ele não valia a pena ser ajudado?
Essas foram as últimas perguntas que lampejaram em sua mente antes de ele desmaiar.
Um dos homens levantou Levian em seus braços, e sob os olhares pesados das pessoas ao redor, eles se afastaram.
——-
Everly desceu as escadas.
Dirigiu-se ao quarto de Léia e bateu na porta.
Demorou alguns segundos até que Léia abrisse a porta.
“Léia… Você viu Levian? Eu o procurei por todo canto, mas não consigo encontrá-lo.” Everly perguntou.
Léia balançou a cabeça lentamente. “Não tenho certeza. Mas acho que ele foi ao parque. Ele queria que eu fosse com ele mais cedo,” respondeu Léia.
“Ah… Entendo.” Everly acenou com a cabeça. “Tudo bem. Ele está começando a fazer as coisas por conta própria. Isso é um grande passo para frente.” Ela sorriu e se afastou.
Léia soltou um suspiro suave.
Por motivos que ela não consegue explicar, estava com um mau pressentimento—um pressentimento de que algo de ruim poderia ter acontecido com Levian. Ela não sabe o quê exatamente, mas seu coração estava angustiado.
Talvez eu esteja me preocupando demais.’ Ela balançou a cabeça, não querendo pensar demais nisso.
Fechou a porta de seu quarto e caminhou até a cama. Abriu a gaveta e pegou a caixa de chocolate que Lúcio havia comprado para ela.
Ela queria ter compartilhado com Levian, mas não está exatamente certa de como abordá-lo.
Ela respirou fundo, de forma cínica, e caiu na cama.
“Estou certa de que ele está bem.”
——
Dentro de um grande armazém, bem no centro, estava Levian, amarrado a uma cadeira e à vista.
Sua cabeça estava abaixada, e seu cabelo cobria seu rosto, mostrando que ele estava inconsciente.
“Acordem-no,” uma voz familiar soou.
Um dos homens musculosos pegou um balde de água fria e o despejou em Levian.
Levian imediatamente despertou com um salto e começou a respirar pesadamente. Ele examinou o ambiente e, no segundo em que seus olhos pousaram em um homem em particular, sua alma o abandonou naquele momento.
“Quanto tempo, hein… garoto bonito.” O homem não era outro senão Rafael.