Cuidadora de um Vampiro - Capítulo 295
- Home
- Cuidadora de um Vampiro
- Capítulo 295 - 295 Mas por quê 295 Mas por quê De pé junto à janela em seu
295: Mas por quê? 295: Mas por quê? De pé junto à janela em seu escritório, Nix olhava fixamente para o céu escuro. Ele se virou ao som da porta de seu escritório se abrindo.
“Nix!” a voz de Valério soou.
Nix olhou para ele. “Você viu o Vincent?” Ele perguntou.
“Sim.” Valério assentiu e suspirou fundo. “Posso conversar com você?”
Nix franziu levemente a testa. “Por quê?” ele perguntou.
“Quero falar com você sobre o que aconteceu da última vez,” Valério respondeu.
Nix o encarou e tirou o casaco. Ele pegou seu telefone da mesa e eles saíram da sala.
No caminho, Valério parou na máquina de venda automática para comprar duas latas de cerveja.
Eles saíram do prédio para sentar no banco sob o céu escuro.
“Aqui.” Valério entregou uma das latas de cerveja para ele.
Nix recebeu com um meio sorriso no rosto. “Obrigado.”
Eles beberam a cerveja em silêncio, e Nix, que não aguentava mais o silêncio, olhou para ele.
“Então… o que você queria falar?” Ele perguntou.
Valério o olhou e suspirou fundo. “Um… eu sinto muito.” Ele se desculpou.
“Pelo quê?” Nix perguntou.
“Pelo que eu disse a você e por ter batido em você. Eu não quis dizer o que eu disse, e tampouco quis te bater. Eu sinto muito, muito mesmo, e se você ainda está bravo comigo, você tem o direito de estar,” Valério se desculpou com a maior sinceridade em seu tom.
Nix ficou em silêncio por alguns segundos antes de exalar profundamente. Ele se levantou do banco e olhou para Valério. Ele sorriu para ele e balançou a cabeça.
“Você não precisa se preocupar. Eu não estou bravo. Talvez estivesse ontem, mas não mais. Eu só fiquei bravo porque você nunca perdeu a calma comigo antes. Fiquei meio surpreso.” Ele deu de ombros. “Mas enfim, eu mereci pelo que eu disse, então… está tudo bem. Estamos de boa.”
O sorriso no rosto de Valério se alargou, e ele se levantou do banco. “Nix, você sabe que você também é meu melhor amigo, certo? Eu realmente não quis dizer o que disse ontem. Eu só estava tentando explicar algo para você e saiu errado—”
“Eu sei, Valério. Você não precisa se preocupar com isso. Eu sei que você não quis dizer aquilo. Nos conhecemos há quase dez anos, então, claro, eu sei que tipo de pessoa você é. Relaxa, haha.” Nix riu baixinho, divertido ao vê-lo tão apavorado.
Valério o encarou e também não pôde deixar de rir. “Estou feliz por ter te encontrado, Nix,” ele disse com um sorriso suave nos lábios.
“Eu também,” Nix respondeu, seu sorriso caloroso. “Devemos voltar para dentro. Preciso cuidar de Vincent.” Ele começou a sair, mas Valério segurou a mão dele, o impedindo.
Ele parou e virou a cabeça para olhar para ele. “O que há…de errado?”
“Quero te fazer uma pergunta,” Valério disse a ele com as sobrancelhas franzidas.
“Que é…?” Nix perguntou.
Valério piscou e soltou um suspiro profundo. “Não tenho certeza, mas você por acaso gosta…” Ele pigarreou, sem conseguir completar suas palavras. “Deixa pra lá. Não se preocupe.”
Nix franziu o cenho para ele. “O que é? O que você quer perguntar?” Ele questionou.
“Não é nada. Acho que é só uma suposição minha.” Valério riu e enfiou as mãos nos bolsos da calça.
“Vou para casa agora. Virei ver Vincent amanhã.” Ele deu um tapinha no ombro de Nix e caminhou em direção ao seu carro.
Nix observou a figura dele se distanciando em confusão, sem ter certeza do que acabara de acontecer.
O que ele queria perguntar? Por que ele mudou de ideia?
Ele respirou fundo e virou-se, voltando para o prédio do hospital.
Ele prosseguiu em direção à enfermaria de Vincent e empurrou a porta.
Lá na cama, Vincent estava sentado, nervosamente mexendo nos dedos.
Nix fechou a porta e caminhou até a cama.
Imediatamente sentindo o cheiro dele, Vincent virou a cabeça. “Nix?”
“Como você está?” Nix perguntou com um sorriso caloroso nos lábios.
“Estou bem,” Vincent respondeu.
Nix puxou a cadeira e se sentou. Ele se aproximou da cama e fixou o olhar em Vincent.
“Você se sente bem?” Ele perguntou.
Vincent assentiu com a cabeça para ele. “Estou. Eu só me sinto fraco, e isso é tudo.”
“Vou ficar cego?” Ele perguntou.
Nix piscou, surpreso com a pergunta. “Não, não, claro que não.” Ele balançou a cabeça para ele.
“Não consigo mais ver, Nix. Meus olhos doem pra caramba, e eu sinto vontade de abri-los, mas eu—”
“VINCENT!” Nix o interrompeu e se levantou da cadeira. “Se acalma! Eu prometo a você, você não está cego, tá bom?” Ele disse a ele.
Vincent, que ainda pensava o contrário, se manteve em silêncio.
“Vincent, escuta, você não está cego, está bem? Eu sei que seus olhos doem muito, mas é por uma razão diferente. A lesão não atingiu seus olhos, mas só em cima, perto das sobrancelhas, então relaxa; você vai ficar bem. Uma vez que esteja um pouco cicatrizado, eu vou tirar o curativo, então por favor aguente firme por enquanto. Vou te dar o tratamento adequado, tá bom?” Nix explicou detalhadamente a ele, na esperança de que ele entendesse.
Valentine soltou um suspiro suave, ainda um pouco cético. “Tem certeza?” Ele perguntou.
“Muito certeza.” Nix assentiu com um meio sorriso nos lábios. “Vou mandar as enfermeiras cuidarem de você, tá bom?”
“Mas por quê?” Vincent perguntou.
“Hã?” Confuso, Nix franziu a testa.
“Por que você vai mandá-las? Você vai embora?” Vincent perguntou, sua voz soando um pouco nervosa.
Nix piscou vigorosamente, não entendendo por que ele estava reagindo daquela maneira. “Bom… Eu preciso ir para casa. Estarei de volta de manhã e—”
“Por favor, não vá. Não me deixe aqui sozinho. Não vou conseguir me virar se algo der errado.” Vincent implorou, suas mãos apertadas em punhos.
Nix o encarou e respirou fundo. “Tá… certo.” Ele concordou.