Cuidadora de um Vampiro - Capítulo 290

290: Ele Pode… Morrer 290: Ele Pode… Morrer Sem responder, Valerio o agarrou e apressou-se em direção ao seu SUV. Ele destravou o carro e fez com que Nix entrasse.

Sentou-se na cadeira do motorista e deu partida no motor do carro.

“Valerio, o que está acontecendo?” Nix perguntou.

Valerio saiu do complexo e pegou a estrada.

“Vincent está em perigo,” ele respondeu.

“Em perigo? Como? Estou realmente confuso.” Nix o encarou com uma expressão preocupada, buscando respostas.

“Mais cedo, antes de eu sair da mansão, Léia viu um futuro, e tinha a ver com Vincent. Ela disse que ele está sendo mantido em algum lugar deserto pelo pai dele e que, se não o ajudarmos logo, ele pode… Valerio apertou as sobrancelhas, incapaz de completar sua frase.

“Ele pode o quê?” Nix questionou.

Valerio olhou para ele. “Ele pode…morrer.”

Ao ouvir essas palavras, Nix entorpeceu. Seus olhos tremularam, e ele entrou em transe, incapaz de digerir o que Valerio acabara de lhe dizer.

“M-morrer?” Ele perguntou.

Valerio assentiu com uma expressão temerosa. “Acabo de perceber que é por isso que ele não estava atendendo nossas ligações. É por isso que eu estava me sentindo tão inquieto! Eu sabia que algo estava errado. Não era como Vincent perder nossas chamadas. Mesmo que ele as perdesse, não seria por tanto tempo.” Ele balançou a cabeça.

Nix pestanejou, o horrível pesadelo que ele teve refletindo em sua mente.

“Valerio,” ele o chamou com uma voz baixa.

“Sim,” Valerio respondeu, assegurando-se de manter os olhos na estrada à frente deles.

“Eu tive um pesadelo na noite passada,” Nix disse.

Valerio lançou um olhar para ele. “Hã? Que pesadelo? O que isso tem a ver—”
“Vincent morreu naquele pesadelo. Pareceu real, e eu pensei,” Nix calou-se e segurou forte em suas coxas.

Valerio piscou e apertou as sobrancelhas. “Nix, acalme-se, okay? Vincent não vai morrer. Eu não vou deixar isso acontecer.” Ele o tranquilizou.

“Eu sempre cuidei dele, e sei que ele nunca morrerá. Ele nunca nos deixará. Então, vamos nos acalmar e tentar descobrir onde é este lugar deserto, okay?” Ele sorriu meio sorriso para ele.

Nix assentiu lentamente a cabeça e soltou um suspiro suave.

Cerca de dez minutos se passaram, e eles chegaram à casa de Vincent. Estacionaram o carro em frente ao portão e rapidamente desceram do carro.

Correram para dentro do complexo e apressaram-se até a porta.

Valerio tocou a campainha e pacientemente esperou que alguém abrisse a porta.

Alguns segundos se passaram, e Santino abriu a porta.

“Boa tarde, vossa alteza. Boa tarde, senhor Nix,” ele cumprimentou.

“Onde está o Vincent?” Nix questionou.

Santino olhou para ambos e soltou um suspiro suave.

“Não posso dizer. Minhas desculpas.”

“O que? O que diabos quer dizer com isso?” Valerio perguntou, franzindo profundamente as sobrancelhas.

“Estou profundamente arrependido, vossa alteza, mas meu mestre me deu ordens para não dizer uma palavra a você ou ao Senhor Nix. Não posso agir sem a permissão dele.”

Antes que pudesse completar suas palavras, Nix o agarrou pela gola de sua roupa e olhou para ele furiosamente.

“Escuta aqui! Eu não dou a mínima se ele pediu para você nos contar ou não! Você vai nos dizer onde ele está, porque se não o fizer, seu mestre estará morto. Você entendeu?” Nix berrou com uma raiva profunda visível em sua voz.

“Nix, pare!” Valerio agarrou seus braços e puxou-o para longe, libertando Santino. “Acalme-se,” ele disse a ele.

“Eu que devo me acalmar!” Nix olhou para ele. “Você está falando sério, agora? Nosso melhor amigo está morrendo lá fora, e você está me pedindo para me acalmar! Você se importa mesmo? Você quer que Vincent morra?”

Um soco furioso de Valerio atingiu seu rosto, imediatamente fazendo o silêncio recair sobre o local.

“Cala a boca!” Valerio rosnou furiosamente, com raiva em seu tom. “Você acha que ficar todo agitado vai nos ajudar em alguma coisa? Vincent é o meu melhor amigo! Alguém que está comigo muito antes de você entrar em minha vida, então nunca mais ouse dizer o que você disse! ”
“Se quer enlouquecer, vá em frente e machuque-o então. Vamos ver como isso pode nos ajudar! Você não é o responsável? Por que está agindo tão impulsivamente agora?” Ele questionou, seu peito subindo e descendo em irritação.

“Vossa alteza, por favor, acalme-se. Eu vou explicar tudo para vocês.” Santino disse isso e gesticulou para dentro da casa.

Nix, que estava parado como uma estátua em choque, piscou lentamente e levantou a cabeça.

Essa foi a primeira vez que Valerio perdeu a paciência com ele desde que o conheceu.

Valerio era como um irmão mais velho para ele. Enquanto ele estava perdido, Valerio o encontrou. Ele o aceitou e o manteve por perto.

Nunca ele pensou que Valerio perderia a calma assim com ele, até mesmo ao ponto de acertá-lo.

Ele deu uma risada de descrença e abaixou-se para pegar seus óculos. Ele os limpou e os colocou, apenas para perceber que eles estavam levemente trincados.

Ele apertou as sobrancelhas e encostou-se à parede. Agachou-se e baixou o rosto, incapaz de suportar a sensação de quebra que estava sentindo.

É essa sensação de quebra por causa de Valerio ou por causa de Vincent? Nesse ponto, ele já não conseguia mais distinguir.

Seus cílios, que de repente se tornaram úmidos, tremeram, e a próxima coisa que ele sabia, duas lágrimas caíram de seus olhos, molhando seus óculos.

Ele rapidamente tirou os óculos e limpou os olhos, não querendo chorar, apesar de sentir vontade.

“Eu estou realmente arrependido.”

Uma voz familiar subitamente ressoou, e ele rapidamente levantou a cabeça para vislumbrar a pessoa, que não era outro senão Valerio.

“Por quê?” Nix perguntou ao se levantar imediatamente.

Valerio respirou fundo. “Por ter te batido mais cedo. Eu não pretendia perder a paciência e—”
“Você não precisa se desculpar. Eu mereci. Falei demais e recebi o que estava por vir. Você tem razão; Vincent é seu melhor amigo, e eu não estava com vocês desde o início. Então… você não tem nada para se desculpar.” Nix cortou-o e simplesmente disse,