Cuidadora de um Vampiro - Capítulo 283

283: Qual é o significado disso?! 283: Qual é o significado disso?! Na manhã seguinte, Nix, que tinha dormido na casa de Vincent, abriu seus olhos cinzentos.

Ele olhou para o teto embaçado e estendeu a mão para procurar seus óculos. Sem esses óculos, fica bem difícil para ele enxergar às vezes.

Isso tem sido um problema desde a infância, e ele ainda não conseguia entender o motivo. Ele não era um simples humano que poderia ter tais condições, mas tinha.

Incapaz de encontrar seus óculos na mesinha, deu um suspiro profundo e sentou-se na cama.

Tocou em todos os lugares na mesinha novamente e tentou olhar para o chão, mas ainda não conseguia encontrar.

“Onde está?” Ele franziu a testa profundamente frustrado e se levantou.

“Vincent!!” Ele chamou o mais alto que pôde, começando a se preocupar que algo pudesse ter acontecido com seus óculos.

Vincent, que também tinha acordado, apressou-se para o quarto de hóspedes ao ouvir a voz dele. Empurrou a porta e entrou.

“O que foi? O que aconteceu?” Ele perguntou, apreensivo.

Nix olhou para ele. “Não consigo encontrar meus óculos.”

“Hã? Onde você deixou?” Vincent perguntou com olhos sonolentos.

“Na mesa. Onde mais eu deixaria?” Nix franziu levemente a testa, ficando irritado. E se estivessem quebrados novamente, como da última vez?

Um suspiro leve escapou do nariz de Vincent, e ele olhou para a mesa. Não encontrando nada, ele procurou cuidadosamente pelo chão e finalmente encontrou, presos entre a mesinha e o sofá.

Sem nem precisar pensar, dava para saber que tinha caído da mesa. E quem poderia ter empurrado? Claro, o próprio dono.

Vincent balançou a cabeça e entregou os óculos a ele. “Aqui estão.”

Nix piscou os olhos, agora conseguindo ver claramente ao seu redor.

“Está quase inteiro. Não está quebrado,” disse Vincent.

“É, ainda bem. Não posso me dar ao luxo de encomendar outro. Provavelmente demoraria meses para chegar, e não posso esperar tanto tempo.” Nix concordou.

Vincent levantou a sobrancelha para ele e perguntou, “De onde você encomenda eles?”

Nix o olhou e moveu-se para pegar seu paletó. “De um amigo especial meu.”

“Um amigo especial? Quem é esse amigo especial que Valerio e eu não conhecemos?” Vincent franziu a testa.

Nix parou e respirou fundo. Virou-se e olhou para Vincent. “Vincent, o que vocês dois fariam com ele se soubessem sobre ele? Ele é um médico como eu, não sociável, e se esconde em seu quarto debaixo do seu precioso futon!” Ele explicou de uma maneira irritada que claramente demonstrava estar levemente irritado com a pergunta.

“Futon?” Vincent perguntou, divertido.

“O que tem de engraçado nisso?” Nix questionou e deu-lhe um leve tapa na testa. “É melhor parar de rir em momentos sérios.” Ele advertiu.

“Isso é um momento sério?” Vincent perguntou, genuinamente incerto.

O olho de Nix se contraiu furiosamente de irritação e ele o empurrou para o lado.

“Você não vai estragar meu ânimo esta manhã!” Ele zombou e caminhou em direção à porta para sair.

“Não estou tentando estragar seu ânimo, mas você já está de mau humor,” Vincent gritou para que ele ouvisse, e Nix parou imediatamente.

Ele fechou os olhos em vexação e respirou fundo para se acalmar.

“Não vou perder a paciência!” Ele disse para si mesmo e saiu, ignorando a risada de Vincent.

Ele chegou lá fora e destravou seu carro. Entrou, fechou a porta e deu partida no motor do carro. Então, saiu em direção à sua casa.

No meio do caminho, seu telefone tocou de repente, e ele tirou-o do bolso do paletó.

Ele olhou para a tela e viu que era Valerio ligando.

“Valerio,” ele disse assim que atendeu a ligação.

[Nix, como você está?]
“Estou bem. Está tudo bem com você?” Ele perguntou, percebendo uma leve diferença em sua voz.

[Sim, eu estou bem. Um… você acha que podemos nos encontrar por volta do meio-dia? Há algo que eu queira discutir com você]
Nix piscou os olhos, muito certo de que algo estava errado. “Bem, estarei ocupado hoje, mas posso arranjar um tempo, então sim, poderemos nos encontrar. Mas está tudo bem mesmo?” ele respondeu com uma expressão preocupada em seu rosto.

[Sim, está tudo bem] Valerio respondeu e desligou a ligação.

Nix olhou para a tela do telefone e franziu um pouco a testa. Ele desligou e voltou sua atenção para a estrada à frente.

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Vincent abotoou sua camisa e penteou o cabelo. Pegou seu paletó e sua maleta e saiu do quarto.

Ele desceu as escadas e saiu de casa.

Santino, que o esperava ao lado do carro, abriu a porta para ele, e ele entrou.

Então Santino foi até o lugar do motorista, deu partida no motor do carro e saiu do terreno; porém, antes que pudesse entrar na estrada, cerca de sete carros pretos os cercaram, fazendo-o parar o carro.

Vincent franziu a testa, confuso, e abriu a porta. Desceu do carro e olhou para os sete carros pretos, incerto sobre o que estava acontecendo.

A porta de um dos carros abriu, e alguém desceu.

Ao ver quem era a pessoa, a expressão de Vincent caiu drasticamente.

A pessoa, que era ninguém menos que Alfonso, seu pai, sorriu para ele e acenou com a cabeça para os vários seguranças que tinham descido do carro.

Vincent observou enquanto todos corriam em sua direção para cercá-lo, mas antes que pudessem tocá-lo, ele questionou seu pai.

“Qual é o significado disso?”

Alfonso sorriu misteriosamente e inclinou a cabeça para o lado. “Você vai vir comigo hoje e nos dizer o que aconteceu com minha esposa.”

“O que você quer dizer com isso?” Vincent estava confuso.

“Minha esposa morreu algumas semanas depois de ficar com você, então não posso deixar de pensar que você é responsável pela morte dela. Você terá que vir e responder por isso!” Alfonso explicou brevemente.