Cuidadora de um Vampiro - Capítulo 256
- Home
- Cuidadora de um Vampiro
- Capítulo 256 - 256 Desculpe... 256 Desculpe... Um suspiro profundo
256: Desculpe… 256: Desculpe… Um suspiro profundo escapou-lhe pelo nariz, e ele desabou na cadeira perto da janela.
Enterrou o rosto nas palmas das mãos e repentinamente começou a fungar, claramente com dor.
“Por que estou me sentindo tão ferido? Não era isso que eu queria?” Perguntava-se, incapaz de ignorar a dor que sentia no coração.
Ele viu esse dia chegando e queria impedir.
Podia sentir que Valerio estava se tornando mais receptivo com ele, e ele queria impedir isso, mas, se descobrindo curtindo e sorrindo com isso, não conseguia se obrigar a estragar tudo.
Sentia-se um pouco feliz por poder falar com ele de novo e ter conversas decentes que não envolvessem brigas rancorosas.
Jamais poderia esquecer o momento em que o abraçou. Lembrava-o de quando Valerio ainda era apenas um menininho.
Quando eles eram um ótimo pai e filho… Mas agora, tudo isso acabou.
Ele o renegou, e o ódio ardente que viu em seus olhos foi como nunca antes.
Mesmo que quisesse corrigir os erros que cometeu, por onde ele começaria?
Como ele poderia fazer isso?
Valerio algum dia o perdoaria, conversaria sobre… Léia?
Ele tomou um longo e profundo suspiro e levantou os olhos lacrimejantes para olhar o céu claro.
“Me desculpe,” Ele murmurou em voz baixa.
———-
Valerio chegou de volta em casa e estacionou o carro.
Desceu, fechou a porta e entrou em casa.
Subiu as escadas e, em vez de ir para o quarto que divide com Everly, escolheu o segundo quarto.
Entrou, fechou a porta atrás de si e trancou-a.
Encostou o corpo na porta e deslizou até o chão.
Abraçou os joelhos com os braços e enterrou o rosto neles.
Suas mãos tremiam enquanto se sentia profundamente quebrado e cansado.
Se antes eram apenas brigas e maldições, agora a família está completamente despedaçada.
Como Léia se sentiria se recuperasse a memória e percebesse que o próprio pai lhe causou tanta dor?
Ninguém merece ser odiado assim pelo próprio pai.
Ela não escolheu estar no mundo, então por que ele a estava fazendo sofrer por um crime que ela não cometeu?
Pensamento após pensamento o atingia como ondas do oceano batendo em uma rocha, e ele levantou a cabeça para encostá-la de volta na porta.
“Me desculpe, mãe,” ele disse.
“Eu pensei que poderia consertar tudo. Pensei que poderia dar a ele uma chance como você queria, mas… Realmente não consigo.” Ele balançou a cabeça.
“Eu me lembro todo maldito tempo que ele nunca vai mudar. Ele sempre será o mesmo e… Eu estou apenas sendo iludido, pensando que ele poderia ser um pai melhor.” Ele fungou e enxugou as lágrimas dos olhos.
Ele se levantou do chão, caminhou em direção à cama e desabou nela.
Com o lençol, cobriu-se, querendo um pouco de tempo a sós.
…
[21:30]
Everly virou-se na cama e abriu os olhos.
Sentou-se na cama, esticou o corpo e olhou em volta na esperança de ver Valerio, mas uma expressão de desânimo tomou conta de seu rosto ao não encontrá-lo.
“Hmmm?” Ela saiu da cama e caminhou até o banheiro.
Procurou por ele lá mas não o encontrou.
Poderia ele ainda estar na empresa?
Mas ele nunca se atrasa tanto. O mais tarde que ele já chegou foi oito da noite, nada além disso.
Ela pegou seu celular da mesa e olhou para a tela, esperando que ele tivesse deixado alguma mensagem, mas ao não ver nada, suas sobrancelhas se uniram.
Procurou seu número, ligou e esperou que atendesse.
Alguns segundos se passaram, e a ligação encerrou sem ser atendida.
Ela discou o número dele mais algumas vezes, mas todas as vezes, a chamada não foi atendida.
Agora seriamente preocupada, ela discou o número de Vincent e esperou que ele atendesse.
[Alô, Everly] Vincent falou assim que atendeu a chamada.
“Vincent, como você está?” Ela perguntou.
[Estou bem.] Ele respondeu. [Está tudo bem?]
Everly pensou por alguns momentos antes de tomar um respiração profunda. “Está tudo bem. Eu só… quero perguntar se Valerio está aí com você. Se estiver, você poderia passar o telefone para eu falar com ele?” Ela perguntou.
Alguns momentos de silêncio se passaram antes de Vincent falar [hum, não. Ele não está aqui comigo. Eu pensei que ele tivesse ido para o trabalho.]
“Sim, ele foi. Mas… Já são quase dez da noite e ele não voltou. Eu liguei várias vezes para ele também, e ele não atendeu,” Ela explicou.
[Ah, ele não está comigo. Talvez você devesse ligar para o Nix e ver se eles estão juntos. Eu tentarei ligar para ele também.] Vincent disse, e Everly encerrou a chamada.
Ela tentou o número de Nix, e uma vez que ele atendeu, conversaram sobre o mesmo problema, e acabou que Valerio também não estava com ele.
Agora extremamente preocupada e confusa, ela se sentou na cama e olhou fixamente para a tela do telefone.
Se ele não está com Nix ou Vincent, então com quem ele está?
Contemplou e beliscou a região entre as sobrancelhas.
Espera aí… Ele disse a ela pela manhã que iria à casa da família antes do trabalho, então… poderia ele estar lá?
Existe uma possibilidade de que ele ainda esteja lá, não é?
Ela pensou consigo mesma e suspirou profundamente, percebendo que, mesmo que quisesse descobrir, não tinha como fazê-lo.
Não há ninguém na casa da família com quem ela possa entrar em contato.
Um suspiro longo e profundo escapou-lhe pelo nariz, e ela decidiu esperar mais uma hora antes de sair para procurá-lo.
“Por favor, esteja seguro, Valerio,” Ela murmurou, com profunda apreensão em sua voz, e definiu um timer para lembrete.
Quando for dez e meia, ela não terá outra escolha a não ser sair para procurá-lo.
Não é do feitio dele se atrasar tanto.