Cuidadora de um Vampiro - Capítulo 233
- Home
- Cuidadora de um Vampiro
- Capítulo 233 - 233 Ele Poderia Ser Não-Humano 233 Ele Poderia Ser Não-Humano
233: Ele Poderia Ser Não-Humano? 233: Ele Poderia Ser Não-Humano? Levian piscou os olhos nervosamente e devagar olhou para ela, “Eu… fui trancado. Não me deixavam sair. Eu só podia… ver o exterior pela janela do meu quarto.” Ele respondeu.
“Espera, o quê? Quem fez isso com você? Seus pais? Por quê?” Léia perguntou em choque profundo, seu rosto cheio de grande preocupação.
“N-não, não foram meus pais.” Levian balançou a cabeça para ela.
Léia recuou a cabeça e franziu a testa para ele. “Então…quem?”
“Meus… pais me venderam para alguém, então… ele fez tudo isso. Eu sou..um..prisioneiro.” Levian esclareceu, com a cabeça ainda mais baixa, sem querer olhar para ela.
Os olhos de Léia cintilaram em mudez. “P-por quê…? Por que eles te venderam? Eles não te amavam?” Ela perguntou.
“Eu não sei…” Levian balançou a cabeça. “Provavelmente não.” Ele deu de ombros e encostou sua cabeça na janela.
“Para quem eles te venderam?” Léia se recostou no assento, uma expressão nada feliz no rosto.
“O Sr. Rafael.” Levian respondeu.
“Quem diabos é esse?” Uma carranca surgiu no rosto de Léia, nunca tendo ouvido falar desse nome antes.
“V-você não o conhece?!” Surpreso, Levian virou a cabeça para olhá-la diretamente nos olhos pela primeira vez.
Léia piscou vigorosamente os cílios, sem esperar por isso, e um sorriso lento apareceu em seu rosto. “Não, eu não conheço.” Ela respondeu, seu sorriso se ampliando.
Ao perceber o que tinha feito, o rosto de Levian ficou completamente vermelho e ele imediatamente desviou o olhar dela, baixando a cabeça.
“Não precisa ter vergonha. Você está melhorando na comunicação agora.” Léia gargalhou, divertida, e o rosto dele ficou ainda mais vermelho, quase como um tomate maduro.
Ela balançou a cabeça, entretida pelo comportamento dele, e olhou para frente, para a estrada.
O motorista parou o táxi, tendo chegado ao local.
Léia desceu, e Levian também.
Ela pagou o motorista e eles caminharam em direção ao portão.
“Onde… é isso?” Levian perguntou, ficando muito perto dela, como se tentasse se esconder.
“É um parque de diversões,” Léia respondeu com um sorriso caloroso no rosto e segurou a mão dele.
Ela o levou para dentro e pagou a taxa dos ingressos, depois caminharam em direção ao parque.
“Você já foi a um parque de diversões antes?” Ela perguntou abruptamente.
“N-não…” Levian balançou a cabeça para ela.
“Eu já, muitas vezes. Meu irmão me leva na maioria das vezes. Por algum motivo desconhecido, eu sempre amei parques muito. Eles me fazem feliz sem necessidade.” Ela explicou com uma expressão alegre no rosto e Levian finalmente levantou os olhos, olhando ao redor da enorme área com brinquedos gigantescos e coisas divertidas.
“O que você quer fazer? Comer lanches? Andar naquilo?” Ela apontou para a roda-gigante.
À vista disso, Levian estremeceu e rapidamente balançou a cabeça para ela.
“Eu prefiro… comer.” Ele murmurou.
“Então vem.” Léia agarrou a mão dele e começou a puxá-lo em direção à barraca de cachorro-quente. “Eu pessoalmente gosto de algodão doce, mas hoje vou passar.” Ela disse enquanto eles pararam em frente à barraca.
Levian observava enquanto ela comprava e um meio sorriso surgiu em seu rosto, no momento em que ela lhe entregou um.
“Oh… então cachorros-quentes te fazem sorrir.” Ela riu, percebendo o meio sorriso no rosto dele.
Embaraçado, Levian imediatamente baixou a cabeça, cobrindo o rosto com o cabelo.
“Bobo!” Ela passou por ele e começou a caminhar em direção a outra barraca.
“Você já viu shows de marionetes?” Ela se virou para olhá-lo e começou a andar para trás.
“Não…” Levian balançou a cabeça.
“Você gostaria de assistir um?” Ela perguntou, esperando sua resposta.
Levian olhou para ela e seus olhos ligeiramente se arregalaram ao vê-la prestes a esbarrar em alguém sem saber.
“Le—”
Ele fechou a boca, tarde demais para avisá-la.
“Ai!” Léia exclamou quando esbarrou em um peito musculoso e rapidamente se virou para ver quem era.
Seus olhos piscaram rapidamente e ela ficou encarando a pessoa cujos olhos verdes intensamente escuros a olhavam para baixo como se estivessem irritados.
Ele era um homem de aparência robusta com cabelos escuros longos presos num coque.
Suas sobrancelhas estavam ligeiramente franzidas, mostrando que estava carrancudo por baixo do cachecol que cobria metade de seu rosto.
“Um…desculpa. Eu não queria esbarrar—”
“Léia…” O homem falou abruptamente seu nome, fazendo com que ela ficasse paralisada no lugar em confusão.
Ela piscou os olhos furiosamente e o olhou de cima a baixo, certa de que nunca o havia encontrado antes. “C-como você sabe meu nome? Quem… é você?” Ela perguntou e observou enquanto um brilho de dor piscava nos olhos desse homem.
O que… No mundo estava acontecendo?
Quem era ele?
Como ele sabe o nome dela?
Será que ele é talvez alguém que conheça sua família?
Ela contemplava, incapaz de dar sentido a isso.
“Você… é Léia… certo?” O jovem perguntou com sua voz profunda e rouca.
O espanto no rosto de Léia se aprofundou ainda mais e ela prosseguiu para falar, mas no entanto parou quando sentiu Levian se posicionar ao lado dela.
“V-você está bem?” Levian sussurrou para ela, intimidado pela presença pesada do homem que estava diante deles.
“Sim…” Léia assentiu com a cabeça. “… Estou bem.” Ela disse e virou-se para olhá-lo.
“Seu cachecol está prestes a cair.” Ela estendeu as mãos e ajustou o cachecol em seu pescoço corretamente.
Ela se virou para olhar o homem, mas um brilho de surpresa passou por seus olhos ao ver que não havia ninguém.
“Hã?!” Ela exclamou. “Onde ele está?” Ela perguntou, seus olhos percorrendo toda a área, procurando por ele.
“Você viu ele?” Ela perguntou.
“Não…” Levian balançou a cabeça para ela.
“Mas… ele estava aqui agorinha.” Ela murmurou, incapaz de compreender como ele havia escapado de sua vista sem ela sequer saber.
‘Será que ele não é humano?’ Ela pensou.
“Tem… algo errado? Ele é uma p-pessoa má?” Levian perguntou em um tom muito baixo, e Léia virou-se para olhá-lo.
“Eu não sei. Eu nunca o encontrei antes. Não o conheço.” Ela esclareceu com um olhar perplexo no rosto.
Levian piscou os cílios e se aproximou dela. “Então… por que… você está procurando por ele? Ele provavelmente s-saiu como qualquer um teria feito.”
“Ah…” Percebendo que ele tinha razão, Léia assentiu levemente com a cabeça. “Você está certo. É só que há algo… familiar nele. Sinto como se… eu o conhecesse mas que não o conheço ao mesmo tempo…” Ela suspirou profundamente, incapaz de fazer sentido disso, e se virou para olhar Levian.
“Você gagueja?” Ela perguntou.