Cuidadora de um Vampiro - Capítulo 123

123: Gosto Deles 123: Gosto Deles “Vou quebrar seus ossos se você ousar…”

“Com essas mãozinhas?” Valerio perguntou, divertido, quase explodindo em risada. “Aposto que você nem consegue quebrar meu dedo.” Ele riu alto, e Everly rapidamente agarrou sua mão.

“Quem disse que não?” Enquanto começava a examinar sua mão, ela questionou.

Os olhos dela piscaram rapidamente, e ela olhou fixamente para as mãos dele.

“Ehh… Tem algo de errado com as minhas mãos? Por que você está olhando para elas desse jeito?” Valerio perguntou, perplexo.

“Elas são tão bonitas… finas e com veias. Eu gosto delas.” Everly comentou e, surpreso com o comentário, Valerio recuou a cabeça.

“Como?” Ele arrancou sua mão dela e olhou para os próprios dedos. “Ninguém nunca me disse isso. Além disso, eu não vejo o que há de bonito nisso.” Ele balançou a cabeça em discordância.

“Acho que desenvolvi um fetiche por suas mãos. Eu realmente gosto delas.” Everly continuou com um largo sorriso no rosto, e ele deu uma gargalhada.

“Então elas são todas suas.” Ele disse, e os olhos de Everly brilharam.

“Ahahaahah.” Ela riu baixinho e lentamente se aproximou para um abraço.

“Você quer dormir ao meu lado hoje?” Valerio perguntou, e ela recuou a cabeça para olhar para ele. “Não é óbvio? Claro que sim.” Ela respondeu, e Valerio estreitou os olhos para ela.

“Que ousadia,” Ele disse com os lábios curvados em um sorriso enquanto pegava a mão dela na sua.

Eles caminharam para o quarto dele e entraram, fechando a porta atrás de si.

Everly deitou-se na cama, e Valerio deitou-se ao lado dela.

Ele envolveu os braços em volta da barriga dela e a puxou para muito perto dele.

“Eu amo o seu cheiro,” Ele disse a ela, aconchegando-se e inalando seu cheiro enquanto escondia o rosto no pescoço dela.

“Como cheira?” Everly perguntou, sem ter ideia de como era o seu cheiro.

“Quando eu saio para o jardim pela manhã, o cheiro fresco e encantador da chuva da manhã nas pétalas das flores – é assim que é o seu cheiro. Sinto como se estivesse naquele momento quando inalo seu cheiro,” Valerio explicou com os olhos fechados e o rosto escondido no pescoço dela.

“Sério? Nunca pensei nisso.” Everly riu e virou-se para olhá-lo.

“Você sabe como cheira?” Ela perguntou a ele, e Valerio abriu os olhos preguiçosamente para olhá-la. “Não.” Ele balançou a cabeça.

“Bem, você cheira a rosas, e eu amo isso. É calmante.” Ela esclareceu, passando a mão na bochecha dele, e um sorriso suave apareceu no rosto de Valerio.

“Provavelmente porque eu tomo banho com pétalas de rosas frescas.” Ele riu ao dizer isso, e Everly ficou olhando nos olhos dele.

“Você tem olhos tão bonitos. É tão surreal e encantador.” Ela o elogiou, e Valerio piscou os cílios.

“Você gosta deles?” Ele perguntou.

“Sim. Gosto muito.” Ela respondeu, e Valerio afastou os cabelos dela com a mão. “Você quer saber as coisas que eu gosto em você?” Ele perguntou.

“Sim. Me conta.” Everly assentiu.

“Bem, eu amo o seu sorriso. É tão alegre e de alguma forma faz meu coração palpitar mesmo quando não estou de bom humor.” Ele começou.

“Eu gosto dos seus olhos. Eles são tão bonitos e meio grandes. Mas combinam com seu rosto fofo. Eu também gosto do seu cabelo. São escuros, muito longos e sedosos. É tão bom brincar com eles, embora você me mataria por bagunçá-los.” Ele riu baixinho e colocou algumas mechas do cabelo dela atrás da orelha.

“E quanto a mim? O que você gosta em mim?” Ele perguntou, e Everly se aconchegou ainda mais para abraçá-lo com força.

“Tudo, Valerio. Eu amo tudo em você.” Ela disse, e, surpreso, Valerio empurrou a cabeça dela para trás para olhá-la.

“Sério? Não há nada que você desgosta em mim?” Ele perguntou.

“Não.” Everly balançou a cabeça. “Cada qualidade sua faz de você quem você é, Valerio, e eu não tenho motivo para desgostar delas. Mesmo que eu alguma vez desgoste, eu simplesmente as aceito.” Ela explicou com um sorriso no rosto, e Valerio a olhou, parecendo querer dizer algo.

“Everly.” Ele chamou por ela.

‘Hmm?” Ela respondeu.

“Você deve duvidar que eu seja um humano agora, certo?” Ele perguntou, e Everly pestanejou, a cena daquele dia piscando em sua memória.

“B-bem… sim…” Ela assentiu lentamente com a cabeça.

“Sua dúvida está certa. Eu não sou.” Ele balançou a cabeça para ela, e Everly ficou quieta em confusão e choque.

“O quê?” Ela perguntou.

“Sim, eu não sou humano, Everly. Sou como uma daquelas criaturas sobre as quais você lê em livros.” Ele respondeu, e Everly piscou os olhos para ele.

“V-você quer dizer como, ahn, vampiros, lobisomens e tudo mais?” Ela indagou, e Valerio assentiu com a cabeça para ela.

“Sim.”

“Q-qual deles é você?” Ela gaguejou enquanto perguntava, e Valerio, que podia notar a mudança em seu comportamento, suspirou.

“Você realmente quer saber? Se eu te contar, você vai me deixar? Você deixará de me amar?” Ele perguntou em um tom cínico, e o coração de Everly pulou um pouco.

Ela ama esse homem!!

Até agora, o pensamento de deixá-lo tinha feito o coração dela dar um salto.

E daí se ele não é humano? Isso importa?

Ele a ama também, certo?

Ela está com ele há muito tempo e ele nunca agiu de maneira inadequada ou tentou prejudicá-la.

Ele sempre até a protegeu, então do que havia a temer?

Um sorriso lentamente se formou em seu rosto, e ela balançou lentamente a cabeça para ele.

“Não, eu nunca deixaria de te amar, nem te deixaria.” Ela respondeu.

“Sério?” Valerio perguntou.

“Sim, sério.” Ela assentiu.

“Então, devo te dizer o que eu sou?” Ele indagou, e Everly acenou para ele.

“Sim, por favor, continue; eu adoraria saber.” Ela concordou.

“Ok.” Valerio sorriu meio sorriso e tomou uma longa e profunda respiração. “Um vampiro. Um vampiro híbrido, é o que eu sou.” Ele esclareceu, e Everly imediatamente ficou em silêncio.

V-vampiro… sugadores de sangue?

Isso significa que ele bebe… sangue humano?

O pensamento veio imediatamente à sua mente, e ela rapidamente agarrou o pescoço.

Um sorriso de diversão surgiu no rosto de Valerio, e ele balançou a cabeça para ela.

“Não, eu não tomo sangue humano. Eu me alimento do banco de sangue.” Ele explicou antes que os pensamentos dela pudessem ir mais longe, e Everly piscou os olhos.

“Eu nunca te vi beber sangue antes.” Ela afirmou.

“Porque eu não faço isso na frente das pessoas.” Ele elucidou a ela. “Faço isso durante o meu tempo sozinho.” Ele deu uma risadinha.

“Ahh… Entendi. Então… você tem presas, certo?” Ela perguntou, e ele assentiu com a cabeça para ela.

“Sim, tenho. Quer vê-las?” Ele perguntou, e ela concordou. “Quero.”

“Bem, não se assuste.” Ele sorriu para ela e abriu a boca enquanto suas presas lentamente se alongavam diante dos olhos de Everly.

‘Nossa…” Na verdade, surpresa em vez de assustada, Everly estendeu a mão para tocá-las, mas Valerio recuou a cabeça, não permitindo.

“Não toque. Você vai se machucar. É mais afiado que uma lâmina de barbear.” Ele sorriu para ela e as retractou. “Deixe-me mostrar mais uma coisa.” Ele disse isso enquanto estendia as mãos.

“Como minhas unhas são longas, se eu quiser matar alguém, posso esticá-las e elas ficarão muito mais longas do que estão agora. Assim eu posso cortar e matar em questão de um segundo.” Ele esclareceu, e Everly observou enquanto suas unhas se estendiam ainda mais. “Assim.”

Os olhos de Everly piscaram furiosamente em espanto, e ela as tocou com muito cuidado para não se cortar. “Tão único.” Ela elogiou.

“Então você não tem medo de mim?” Ele perguntou, e Everly virou a cabeça para olhá-lo.