Corações Renascidos: A Esposa Devotada do Bilionário - Capítulo 493
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Capítulo 493: Chapter 493: Um Compromisso de Cuidado
Neil não percebeu o que estava acontecendo antes que cinco homens ferozes saíssem correndo do canto.
Eles carregavam facões e pés-de-cabra, seus olhos cheios de intenção assassina.
“Chefe, corra!” Sharon reagiu instantaneamente, agarrando Neil e puxando-o com ela.
Se ela estivesse sozinha, poderia ter enfrentado esses homens de frente, talvez até derrotado-os. Mas ela não estava sozinha. Os atacantes estavam claramente atrás de seu chefe, e sua primeira prioridade era levá-lo para um lugar seguro antes de qualquer movimento.
Neil, recuperando a sobriedade rapidamente enquanto o álcool deixava seu sistema, entendeu o perigo e seguiu Sharon em direção à saída do porão.
Mas eles não foram longe. Outro grupo de homens apareceu à frente, bloqueando o caminho. Armados e prontos.
Eles estavam presos, cercados dos dois lados.
A emboscada tinha sido cuidadosamente planejada.
“Quem são vocês? Quem os enviou?” Neil exigiu, com o rosto sombrio, de costas para Sharon enquanto eles examinavam seus atacantes.
De uma van, um homem saiu. Um cigarro pendia de seus lábios, e em suas mãos ele carregava uma besta modificada. Sua voz era fria:
“Não importa quem somos. Tudo o que você precisa saber é que ofendeu a pessoa errada. Este é o fim para você.”
Valmani tinha leis rígidas de controle de armas, então era quase impossível obter armas de fogo. Os criminosos, em vez disso, confiavam em armas feitas sob medida com brutal letalidade.
Os olhos de Neil se estreitaram. O homem tinha uma tatuagem de cobra nas costas da mão.
O reconhecimento brilhou na mente de Neil, e ele soltou um sorriso irônico.
“Ah, então aquele chefe de carvão falido ainda não desistiu.”
Meses atrás, Neil havia assumido um caso envolvendo uma explosão mortal em uma mina de carvão. O proprietário corrupto da mina havia economizado, custando a vida dos trabalhadores. Neil o arrastou para o tribunal.
O homem foi tão arrogante que até zombou das origens de Neil, até que sua raiva o levou a contratar bandidos para mandar Neil para o hospital.
Esse incidente foi o motivo pelo qual Kendall, a irmã de Neil, havia apresentado Sharon como sua guarda-costas.
Mas Neil não parou por aí. Uma vez recuperado, ele reuniu provas suficientes dos crimes do proprietário da mina para arruiná-lo completamente.
Deveria ter terminado ali.
Mas, em vez disso, o homem alimentou seu rancor e contratou uma gangue local, a mesma marcada pela tatuagem de cobra, para acabar com Neil.
O cigarro do líder caiu no chão, esmagado sob o pé. Sua expressão endureceu. “Matem-nos!”
A seu comando, a gangue avançou.
Um homem balançou um facão diretamente para o pescoço de Neil.
As pupilas de Neil se contraíram, ele levantou o braço em um bloqueio reflexivo.
Mas antes que a lâmina pudesse atingir, o chute giratório de Sharon derrubou o atacante no chão.
Ela se abaixou, agarrou o facão dele e girou em um borrão. Sua lâmina interceptou a arma de outro atacante no meio do golpe, o aço ressoando contra o aço.
Clang! Clang!
O som de armas colidindo encheu o ar.
Os gângsteres hesitaram, abalados.
“Ela é habilidosa,” um murmurou.
Cabelo curto, feroz e destemida, essa mulher não era uma adversária comum.
“Parem de olhar!” gritou o líder. “Aqui é a capital. Matem-nos, ou será tarde demais!”
Eles avançaram novamente, a maioria deles mirando Neil.
Mas com Sharon o protegendo, não conseguiam alcançar facilmente.
Uma luta caótica se iniciou.
Sharon lutava com a precisão de uma ex-soldado das forças especiais, enfrentando múltiplos oponentes ao mesmo tempo. Mas seu foco em proteger Neil significava que ela recebia golpes que, de outra forma, poderia ter evitado.
“Sharon!” Neil gritou desesperadamente.
Ele agarrou uma arma que alguém havia deixado cair e balançou desajeitadamente, fazendo o que podia para não ser um fardo.
Ainda assim, Sharon foi cortada no braço e nas costas, o sangue manchando suas roupas. Ela empurrou Neil atrás dela, forçando os dois em direção ao canto.
Então…
“Polícia! Por aqui!” uma voz chamou da entrada do porão.
Alguém nos apartamentos deve ter relatado o barulho.
“A polícia! Corram!”
Os gângsteres se dispersaram instantaneamente.
Sharon finalmente teve a chance de olhar para Neil. Sua voz era urgente: “Chefe, você está…”
Ela nunca terminou.
O líder, fingindo fugir, deu meia-volta e bateu uma barra de ferro na parte de trás da cabeça de Sharon.
Os olhos dela se arregalaram, as pupilas dilatando, antes de seu corpo ficar mole nos braços de Neil.
“Sharon!” O grito desesperado de Neil ecoou enquanto ela desabava.
Os olhos dela piscavam e se fechavam. A escuridão a engoliu.
A polícia perseguiu a gangue, enquanto outros se apressavam para ajudar.
Sharon foi colocada em uma ambulância. Neil ficou ao seu lado, seguindo diretamente para o hospital.
No caminho para a cirurgia, Sharon se mexeu fracamente. Seus lábios se abriram.
“Chefe… Acho que machuquei alguns deles… mas deve contar como autodefesa… Não deixei que tocassem em você…”
Mesmo à beira do colapso, ela se preocupava com ele.
“Não é hora para isso!” Neil disparou, quase chorando.
“Familiares esperam aqui. A cirurgia está prestes a começar.”
As portas se fecharam entre eles.
Sharon acordou quem sabe quantas horas depois, envolta em bandagens, deitada em uma cama de hospital.
“Você está acordada!” Neil, que havia velado a noite toda, inclinou-se para frente. “Como você se sente? Alguma dor?”
“Não,” Sharon murmurou, sua voz fraca.
Seu olhar percorreu o quarto e pousou em uma figura familiar. “Srta. Parker? Por que você está aqui?”
Kendall estava ereta, elegância irradiando dela. Ela vestia um vestido de couro preto elegante, um casaco de lã combinando e botas até o joelho. Seu cabelo, antes curto de soldado, agora passava dos ombros, suavizando sua aura.
“Meu irmão não conseguiu entrar em contato com sua família, então ele me ligou,” Kendall disse friamente. “Felizmente, você está segura.”
“Desculpe por preocupar você,” Sharon sussurrou.
“Somos nós que devemos pedir desculpas. Descanse bem. O chefe do carvão não irá mais incomodar você.” Os olhos de Kendall cintilaram com um aço frio.
Sharon fechou os olhos, exaustão tomando conta dela.
Neil insistiu para que Kendall descansasse também, mas ela insistiu em ficar até que Sharon se estabilizasse antes de finalmente sair.
Pelos próximos três dias, Sharon permaneceu no hospital.
Ela não tinha contado à sua família, não queria que se preocupassem, então Neil assumiu a responsabilidade de cuidar dela. Ele tirou licença do trabalho, cuidando pessoalmente das suas refeições, medicamentos e necessidades diárias.
Muitos do escritório de advocacia foram visitá-la, não pelo bem de Sharon, mas para verificar Neil. Apenas Liam sinceramente importava-se com ela, trazendo suplementos caros por preocupação genuína.
Uma tarde, Sandra apareceu com presentes próprios. Ela usou a lesão de Sharon como desculpa para se aproximar de Neil, mas infelizmente para ela, ele estava fora comprando comida.
Deixada sozinha com Sharon, ela fingiu gratidão. “Srta. Sharon, eu realmente agradeço a você. Se não fosse por você, quem sabe o que teria acontecido com Neil…” Seu tom carregava o peso de uma anfitriã falando em nome de sua família.
Para a maioria, soaria como se Sandra tivesse algum direito sobre Neil.
Mas Sharon, nunca rápida para perceber tais sutilezas, simplesmente pensou que Sandra estava sendo sincera. Ela abriu a boca para responder educadamente
Quando Neil entrou.
Ele olhou para Sandra, sem ser impressionado. “Você não precisa agradecer a mim ou à minha família. Podemos falar por nós mesmos.”
Sandra congelou, suas emoções ensaiadas falhando. Ela gaguejou, “Neil, não foi isso que eu quis dizer. Eu só…”
“Bom,” Neil a interrompeu. “Se você terminou, deveria ir. Sharon precisa descansar.”
Dispensada, Sandra forçou um sorriso enquanto saía. Mas fora do quarto, sua máscara se quebrou, ciúmes piscando em seus olhos.
Lá dentro, Neil ajudou Sharon a sentar-se e ajustou sua cama. Ele pôs o almoço que havia comprado, pegou a sopa e soprou cuidadosamente na colher antes de levar aos lábios dela.
Sharon hesitou, constrangida. “Chefe, eu posso comer sozinha.”
“Não se force,” Neil disse firmemente. Seus olhos estavam firmes, seu tom quase exigente.
Ele sabia que as feridas, especialmente o trauma na cabeça, não eram algo que ela pudesse superar apenas com força de vontade.
“Você sempre foi independente. Eu respeito isso. Mas aqui não é o campo de batalha, e você não está sozinha. Está tudo bem estar vulnerável diante de mim.” Sua voz suavizou, mas suas palavras carregavam peso.
“Se você estiver doente por um dia, eu cuidarei de você por um dia.
Se você estiver doente por um ano, eu cuidarei de você por um ano.
Se você estiver doente para a vida toda, então cuidarei de você por toda a vida.”
Ele estendeu a colher novamente, sua expressão inabalável.
Para ele, isso não era apenas cuidado. Era uma promessa.
Sharon tinha sido ferida por causa dele. E por isso, ele seria responsável pelo tempo que fosse necessário.