- Home
- Corações Renascidos: A Esposa Devotada do Bilionário
- Capítulo 446 - Capítulo 446: Chapter 446
Capítulo 446: Chapter 446
Ela estava no exército, mas todos sentiam sua falta—como uma pipa que, não importa quão longe voa, está sempre atada a casa por um fio.
“Damien!” Kendall chamou ao descer do ônibus.
Entre as provocações e olhares invejosos de seus colegas soldados, ela caminhou em direção a ele.
“Semana difícil?” Damien perguntou, puxando-a para seus braços. Seus olhos afiados passaram por ela, verificando se havia alguma lesão.
Kendall balançou a cabeça, seus olhos escuros brilhando como estrelas. Estar separada apenas fazia com que valorizasse ainda mais o tempo juntos.
O amor bruto e sem filtro em seu olhar aqueceu o coração de Damien. Ele pegou sua mão e a levou ao cinema.
Eles comeram o bolo que ele havia trazido enquanto assistiam a um curta-metragem romântico.
Na fila abaixo deles, jovens casais choravam pelo sacrifício do herói.
Mas Kendall não se comoveu.
Afinal, ela tinha Damien. Ele era melhor do que qualquer herói de cinema.
Quando o filme terminou, eles passearam pela rua comercial da pequena cidade.
Diferente das grandes cidades com shoppings de vários andares, as lojas aqui eram simples—apenas roupas exibidas ao longo da estrada para chamar a atenção dos clientes.
Kendall encontrou uma roupa que gostou.
O lojista elogiou seu gosto:
“Srta., você tem um ótimo olho! Este vestido estava originalmente por 188 dólares, agora está por 200. Mas para você, eu baixo mais 100. Não conte a ninguém!”
Damien respondeu de forma plana: “cem.”
O chefe ficou sem palavras. “Isso não é um pouco baixo demais? Já vi pessoas cortarem os preços pela metade, mas nunca até chegar a nada!”
Kendall acrescentou calmamente: “Sessenta e cinco.”
O chefe ficou boquiaberto. “Este é um produto de primeira!”
Vendo que eles estavam prestes a sair, ele entrou em pânico.
“Ok, ok! Sessenta e cinco está feito! Estou perdendo dinheiro aqui!”
Ele rapidamente embalou as roupas, fazendo cinquenta dólares de lucro com lágrimas nos olhos.
Damien e Kendall caíram na gargalhada enquanto saíam com sua pechincha.
De volta ao hotel, Kendall vestiu as novas roupas e girou em frente a Damien.
“Como estou?”
Damien estava esparramado na cama. Ele entortou um dedo. “Está muito escuro. Chegue mais perto.”
Kendall obedeceu, mas ao se virar, ele a puxou possessivamente para seus braços.
Sua voz era baixa e rouca.
“Você fica ainda melhor sem isso.”
O rosto de Kendall ficou vermelho vivo.
Antes que pudesse protestar, seu beijo caiu como chuva.
Sabendo que seu tempo de folga era curto e que ela estaria exausta do treinamento, Damien se conteve. Ele só pediu uma vez, depois deixou que ela descansasse.
Quando chegou a hora de partir, Damien a acompanhou até o ônibus. Ele ficou do lado de fora da porta, dando infinitos lembretes para que ela ficasse segura, sua voz apertada com relutância.
Quando o ônibus se preparava para partir, o coração de Kendall doía. Ela pulou, ficou na ponta dos pés e pressionou um beijo em seus lábios.
Assim que ele estava prestes a abraçá-la, ela se esquivou para dentro, acenando adeus pela porta que se fechava.
Damien ficou abraçando o ar.
Ele balançou a cabeça, um sorriso indefeso no rosto.
Aquela garota tonta e tímida corre rápido.
Tudo bem. Eu lidarei com ela na próxima vez.
Enquanto isso, seu assistente Aiden se aproximou com um tablet.
“Senhor Damien, o negócio de aquisição está finalizado. O contrato está pronto.”
Damien limpou a calor dos olhos e o substituiu pelo foco frio de um magnata dos negócios.
“Dê-me isso.”
Aiden entregou e observou enquanto Damien começava a trabalhar, depois olhou para o ônibus que partia.
Ele não pôde deixar de se sentir um pouco emocionado.
Tanto Senhor Damien quanto Srta. Kendall estão caminhando para um futuro brilhante.
É só que… eles têm tão pouco tempo juntos.
Kendall voltou ao exército e retomou seu treinamento de recruta.
Seu desempenho de tiro tornou-se assunto da companhia.
Até o líder do esquadrão insinuou que vários oficiais estavam interessados em transferi-la para suas unidades.
Mas Kendall não se deixou levar.
Ela estava focada em uma grande questão: qual ramo ou unidade escolher. Reconhecimento? Infantaria blindada? Artilharia?
Nathan tinha dito que ela era boa o suficiente para seguir ordens ou escolher por si mesma.
Além do treinamento diário, ela também tinha que fazer uma rotação na equipe de cozinha, como todos os recrutas eram obrigados.
Quando chegou sua vez, um grande anúncio abalou a base.
As 2ª e 3ª Companhias do 507º Regimento da 112ª Divisão estavam prestes a realizar um exercício militar conjunto.
O HQ do regimento de Kendall era o 507º, compartilhando a mesma base de treinamento com a 3ª Companhia.
A diferença? A 3ª Companhia era composta por todos veteranos. Ela era apenas uma nova recruta.
Mesmo assim, a equipe de cozinha apoiou todo o exercício.
Quando ela estava prestes a sair da cozinha, o líder do esquadrão chamou-a.
“Kendall, não vá. Você participará do exercício com a unidade de cozinha.”
Kendall piscou.
“Recrutas podem participar de exercícios de veteranos?”
“Normalmente não, mas você pode. Comandante de Companhia Bruce fez um pedido especial.”
Bruce acreditava nela. Ele queria que ela visse como os veteranos treinavam e aprendesse com eles.
O ponto de partida de Kendall era diferente da maioria dos recrutas.
“Ok,” disse ela, ansiosa.
Ela já tinha lutado e sobrevivido a muitas situações antes, mas nunca tinha visto um exercício militar formal de perto. Ela estava animada.
Aquela noite, Bruce a encontrou e explicou mais sobre o exercício.
Kendall sinceramente agradeceu-lhe pela oportunidade.
Bruce queria dizer mais, mas se conteve. Ele precisava planejar cuidadosamente e encontrar as palavras certas se quisesse recrutá-la para sua unidade.
No dia seguinte, Kendall se reuniu com a 3ª Companhia, ouvindo enquanto o comandante e o instrutor delineavam os objetivos e o local do exercício.
Diferente de seus colegas novos recrutas, esses veteranos tinham uma presença intimidante.
Três dias depois, o exercício começou.
Como membro da unidade de cozinha da 3ª Companhia, Kendall juntou-se à equipe azul para enfrentar a equipe vermelha, representando a 2ª Companhia.
Este exercício foi realizado em uma montanha a quase 2.000 metros acima do nível do mar.
O terreno vasto e aberto fez Kendall se sentir desconfortável.
Não é esse espaço grande demais para apenas duas companhias? ela se perguntou. Afinal, uma companhia tem apenas 120 pessoas. Duas companhias totalizam apenas 300. Será que uma área tão grande pode realmente ser designada apenas para isso?
Mas suas dúvidas não duraram muito.
Quando a terceira companhia, representando a equipe azul, se moveu, eles inesperadamente encontraram outra unidade – também parte da equipe azul.
Os dois grupos se encararam em confusão.