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Corações Enredados - A Mama do Bebê do Alfa - Capítulo 278

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278: A verdadeira mãe do Kragen… 278: A verdadeira mãe do Kragen… Selene POV
No momento em que o pai de Kragen pôs os olhos em mim, senti o ar no jardim mudar. Seus olhos, tão frios e incisivos, cravaram em mim com um desdém impossível de não perceber. Era como se minha própria presença o ofendesse, como se eu não devesse estar aqui — neste lugar ou na vida de Kragen. Instintivamente, eu dei um pequeno passo para trás, mas antes que pudesse recuar mais, Kragen se moveu.

Num movimento fluido, ele ficou na minha frente, me protegendo atrás de si. Seus ombros largos bloquearam minha visão de seu pai, mas eu ainda podia sentir o peso do olhar do homem pairando sobre mim como uma nuvem escura.

“Estamos aqui apenas para fazer algumas perguntas,” disse Kragen, sua voz calma mas tensa. “Uma vez que conseguirmos o que precisamos, iremos embora.”

Seu pai debochou, o som amargo e cheio de escárnio. “Perguntas?” ele repetiu, seu tom carregado de desprezo. “Vocês acham que podem entrar aqui e fazer perguntas como se tudo estivesse normal? Vocês têm noção do risco que estão correndo? Sabem o quanto sua mãe tem estado preocupada? Como os ‘Destinos’ dobraram suas buscas por causa da sua idiotice?”

Kragen endureceu à minha frente. “Eu sei dos riscos,” ele respondeu, sua voz perigosamente baixa. “Não preciso de uma lição de moral sua sobre o que está em jogo.”

Os olhos do homem mais velho faiscaram de raiva. “Ah, você não precisa de uma lição, não é?” Suas palavras eram cortantes, atravessando a tensão. “Você está arriscando tudo — por quê? Para provar que é algum tipo de herói para essa simples lobisomem?” Seus olhos desviaram para mim novamente e senti o aguilhão de seu desprezo como um golpe físico.

As palavras doeram, e eu lutei contra o impulso de falar, de me defender, mas permaneci em silêncio. Ainda não era minha batalha. Ainda não.

Os punhos de Kragen se cerraram ao seu lado, os músculos de seus braços tensionados com uma raiva mal contida. “Não a chame assim,” ele rosnou. “Ela não é apenas uma lobisomem.”

“Então o que ela é, Kragen?” seu pai perguntou, sua voz zombeteira. “O que essa criatura é para você? Você ao menos sabe por que está fazendo isso? É porque você acha que está apaixonado por ela?” Ele debochou, se aproximando de Kragen. “Você não está pensando direito. Se estivesse, saberia que tudo isso — tudo — é maior que sua pequena infatuação.”

“Não é apenas sobre ela,” Kragen retrucou, perdendo o controle. “Isso é sobre mais do que isso, e você sabe. Se você não quisesse que eu me envolvesse, talvez devesse ter controlado suas emoções. Talvez não devesse ter sonhado em fazer amor com a Deusa da Lua, acima de todas as criaturas.”

O jardim caiu em um silêncio repentino e sufocante. A acusação pairava no ar, pesada e perigosa, e eu podia sentir a tensão entre eles atingindo seu ponto de ebulição. Eu encarei as costas de Kragen, chocada com a profundidade de sua raiva e a emoção crua em suas palavras.

O rosto do pai de Kragen se contorceu em uma máscara de fúria. “Você não entende nada, não é?” ele cuspiu. “Você acha que é o primeiro a se rebelar, o primeiro a desafiar o caminho traçado para você? Você não faz ideia do que está enfrentando. Você é apenas uma criança tola tentando ser um herói em um mundo que vai te devorar vivo.”

Kragen deu um passo adiante, seu corpo exalando fúria. “E talvez você não devesse ter me transformado em algo que eu nunca quis ser.”

“Tudo que eu fiz foi pela sua sobrevivência,” o pai dele retrucou. “Você deveria ser grato. Você não tem ideia de que tipo de sacrifício—”
“Chega!”

Minha voz saiu mais alta do que eu pretendia, ecoando pelo jardim e cortando sua acalorada discussão. Ambos os homens viraram-se para me olhar, surpresa piscando em seus olhos. Eu senti o peso de seus olhares, mas não vacilei. Eu tinha que dizer alguma coisa antes que o argumento deles se intensificasse ainda mais.

“Eu só estou aqui para fazer perguntas,” eu disse, tentando manter minha voz firme, embora meu coração batesse acelerado no peito. “Nada mais. Por favor, podemos todos apenas nos acalmar?”

Por um momento, nenhum deles falou. O pai de Kragen olhou para mim, realmente me viu, pela primeira vez desde que eu cheguei. A raiva em seus olhos fervilhava, mas ele permaneceu em silêncio, esperando.

Eu respirei fundo, virando-me para encará-lo plenamente. “Eu sei que você quer proteger Kragen,” eu disse, escolhendo minhas palavras cuidadosamente, “assim como eu quero me proteger. E minha família. Neste momento, estamos todos presos em algo maior do que nós, algo que não entendemos completamente. É por isso que preciso de respostas. Preciso saber a verdade sobre o que está acontecendo, sobre tudo — inclusive sobre seu relacionamento com a Deusa da Lua.”

Houve um longo silêncio tenso depois que terminei de falar. O pai de Kragen me encarou, sua expressão illegível. Eu segurei minha respiração, esperando por sua resposta, esperando que minhas palavras o tivessem atingido.

Finalmente, ele suspirou, um som cansado que parecia carregar o peso de séculos. Seus ombros se curvaram ligeiramente, como se a luta tivesse saído dele. “Você não sabe o que está pedindo,” ele disse, sua voz mais baixa agora, embora ainda tingida de amargura. “A verdade… a verdade não é o que você pensa que é.”

“Então me diga,” eu insisti. “Me diga tudo. Eu mereço saber.”

O pai de Kragen olhou para mim por um longo momento, e então seu olhar se voltou para seu filho. Havia algo não dito no olhar que ele deu a Kragen, algo que eu não conseguia identificar. Finalmente, ele assentiu, como se tivesse chegado a uma decisão.

“Você quer a verdade?” ele disse devagar. “Certo. Eu vou contar.”

Ele deu um passo para trás, olhando ao redor do jardim como se reunisse seus pensamentos. Quando ele falou novamente, sua voz era firme, mas havia uma profunda tristeza em suas palavras.

“Há muito tempo, a Deusa da Lua e eu cruzamos caminhos. Não era planejado, não deveria ter acontecido, mas nos envolvemos. Começou inocentemente, mas a conexão entre nós se fortaleceu, e em pouco tempo, se tornou algo que nenhum de nós podia controlar.” Seus olhos escureceram enquanto falava, as memórias dolorosas para ele reviver. “Mas ela nunca foi minha para ter. Os Destinos, os deuses — todos sabiam que era um erro, um perigoso. Nosso vínculo quebrou regras que nunca deveriam ter sido quebradas. Mas não nos importávamos. Estávamos consumidos demais pelo desejo um pelo outro.”

Eu escutei em silêncio atônito, tentando juntar as peças do quebra-cabeça do que ele estava dizendo. Era quase demais para acreditar — esse romance antigo e proibido que tinha mudado o curso do destino.

“Mas não durou,” o pai de Kragen continuou, sua voz se tornando mais áspera. “Não poderia. Os Destinos intervieram. Eles nos separaram, e em sua ira, me amaldiçoaram. Fui forçado a me esconder, a viver no exílio, enquanto ela… ela seguiu em frente.” Ele desviou o olhar, sua mandíbula apertada firmemente. “Ela se tornou a Deusa da Lua por completo. Sua conexão com este mundo se aprofundou, e suas responsabilidades aumentaram. Não havia lugar para mim nessa vida.”

Senti uma pontada de simpatia por ele, a despeito de tudo. A tristeza em sua voz, o arrependimento — era impossível ignorar.

“Mas se ela não está mais aqui, então por que ainda estamos presos nesta confusão?” perguntei, minha voz mal acima de um sussurro. “Por que você e Kragen ainda estão sendo caçados pelos Destinos?”

Ele me olhou então, seus olhos duros. “Porque os Destinos nunca esquecem. Eles querem apagar cada traço do que aconteceu entre nós. E eles não vão parar por nada para garantir que Kragen — meu filho — pague pelo que eu fiz.”

Eu pisquei, tentando processar tudo que ele estava dizendo. O peso disso tudo pressionava sobre mim, tornando difícil respirar. Mas ainda havia algo que não fazia sentido, uma peça do quebra-cabeça que não encaixava.

“Seu filho,” eu disse lentamente, minha voz tremendo levemente. “Se a Deusa da Lua foi sua amante…”

Eu parei, a implicação pairando no ar. Virei-me para Kragen, meu coração batendo forte no peito. Eu tinha assumido, como todos os outros, que ele era o filho da Deusa da Lua. Fazia sentido, dado seu poder e sua conexão com ela.

Mas o pai de Kragen balançou a cabeça, um sorriso amargo puxando o canto de seus lábios.

“A Deusa da Lua,” ele disse suavemente, seus olhos fixos nos meus, “Não é a mãe de Kragen.”

Meu fôlego se prendeu na garganta, a revelação me atingindo como um golpe físico. Olhei para ele, atônita, minha mente girando com as implicações de suas palavras.

Se a Deusa da Lua não era mãe de Kragen, então quem era? O que isso significava para Kragen, para todos nós?

Antes que eu pudesse perguntar, o chão abaixo de nós tremeu, um baixo rugido abalando os próprios alicerces do jardim. O ar ficou denso e opressivo, como se o próprio universo estivesse reagindo à verdade que acabara de ser revelada.

E eu soube, naquele momento, que tudo estava prestes a mudar.

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