Coração Amaldiçoado - Capítulo 94

94: Cristalino 94: Cristalino Este capítulo bônus é dedicado a @Sacogun! Muito obrigado pelo super presente!

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“Você não pode tirar isso ainda! Só se a médica disser que está tudo bem.” Ele disse isso quando a porta se abriu de repente e uma médica entrou. Ela tinha ouvido o que Sebastian acabara de dizer.

“Uhm… na verdade, está tudo bem ela tirar… Senhor.” A médica informou a eles, e Elle arqueou a sobrancelha para ele. Seus olhos pareciam estar gritando a palavra ‘viu?’
Sebastian suspirou pesadamente e cedeu. “Então você deve deixar a médica fazer isso.” Ele afirmou antes de sair do quarto.

Depois de tudo resolvido e Elle pronta para sair, Sebastian conversou com a médica. Quando ele a viu de pé, Sebastian rapidamente correu até ela e a levantou nos braços, surpreendendo Elle e a médica também.

“Espere… Seb… você não vai me carregar assim todo o caminho, vai?” ela sussurrou envergonhada ao ver como a médica a observava com um sorriso. “Eu posso andar. Sério!! Ou eu poderia usar a cadeira de rodas –”
“Apenas seja boazinha e me deixe cuidar de você, Izabelle.” Disse sua voz firme e controlada. Ele obviamente não gostou que ela estava insistindo em que ele a pusesse no chão. Elle olhou para ele com curiosidade e uma pitada de confusão. No entanto, quando ela ouviu alguns suspiros e viu todos olhando para eles, Elle percebeu que Sebastian estava apenas cumprindo sua parte do acordo novamente. Certo… eles precisavam manter as aparências já que estavam do lado de fora agora.

Então, ela só pôde encostar a cabeça obedientemente no peito dele e seguir o fluxo. Sua mente sussurrava cínica para si mesma as palavras ‘se vocês ao menos soubessem…’. E ela não pôde evitar um sentimento amargo surgindo das profundezas de seu coração.

…
Sebastian nunca a colocou no chão. Mesmo quando chegaram ao carro, ele a manteve em seus braços. Até que finalmente voltaram ao castelo. Ele a carregou e a levou diretamente ao quarto deles e a sentou gentilmente na cama.

Elle viu seu telefone na mesa lateral e olhou para Sebastian surpresa. Será que ele finalmente desistiu do confinamento e da restrição no quarto dela?

Ela se lembrou das palavras dele na noite passada dizendo que ela agora poderia fazer o que quisesse antes de sair dizendo que não queria se importar com os assuntos dela.

Assim que ela estava prestes a falar, uma batida suave soou na porta.

Sebastian imediatamente abriu a porta e saiu, deixando-a sozinha novamente. Ela teve cuidado para se mover devagar com medo de sua tontura voltar e pegou seu telefone.

Estava desligado. Apertando o botão de ligar, seu telefone piscou forte com a mensagem de boas-vindas.

Uma série de vibrações de repente encheu o quarto e Elle não sabia por que, mas seu coração começou a acelerar. Ela pôde ver inúmeras mensagens de números desconhecidos.

Desbloqueando seu telefone, Elle engoliu nervosa enquanto seus dedos se moviam lentamente para tocar nas mensagens e lê-las.

O telefone foi arrancado de sua mão antes que ela pudesse ver do que se tratavam as mensagens. Ela se virou e, como esperava, era Sebastian quem segurava seu telefone.

“S-sebastian!” ela não conseguiu se conter e gritou seu nome um pouco mais alto que o normal. “Você disse… você tinha dito que eu posso fazer o que eu quiser agora a partir de ontem à noite. Lembra disso?! Você não vai continuar me trancando, certo?” seus olhos começaram a ficar vermelhos e lacrimejantes ao se emocionar novamente.

“Izabelle…” Ele sussurrou gentilmente, tentando tocar sua cabeça, mas Elle recuou. “Escute. Eu não vou mais te trancar. No entanto, preciso que você me escute. Eu decidi revelar tudo a você… mas só depois que eu voltar. Não vou demorar muito. Só preciso resolver essa última coisa em primeiro lugar. Assim que eu voltar, eu vou revelar tudo a você pessoalmente. Eu quero ser aquele de quem você aprende as coisas. Então, ainda não posso permitir que você use seu telefone. Vou permitir que você vá até o jardim. E Rion e Raven devem estar ao seu lado o tempo todo. Você aceita isso?”

Elle encarou ele. Ela podia ver o quão sério ele estava. Ela percebeu que sua expressão mudou desde que ele saiu pela porta. Como se tivesse ouvido uma notícia ruim. Ela podia perceber que o que quer que fosse isso com o qual ele estava lidando, deveria ser bem sério, apenas pela mudança imensa do ar ao seu redor.

“Quanto… tempo? Quanto tempo vai demorar antes de voltar?” ela perguntou, tentando o melhor para se manter calma e composta.

“Me dê mais dois dias.”

“Você promete que me contará todos os detalhes quando voltar?”

“Sim.”

A falta de hesitação em seus olhos brilhantes fez Elle se acalmar lentamente. Dois dias… ela já esperara cinco dias. Mais dois dias não faziam mal, certo? Contanto que ele cumprisse sua promessa.

“Está bem, tudo bem… vou esperar mais dois dias.” Ela concordou.

Ele pareceu aliviado. Então ele desligou o telefone dela novamente. “Vou ficar com este telefone por enquanto. A Internet ainda ficará inacessível para você. E… aquele… lobo, eu não vou permitir que você durma com ele de novo. Combinado?”

Elle não conseguia acreditar que o lobo ainda fosse um ponto sensível para ele nessa situação!

“Você pode visitá-lo no outro quarto. Mas nunca o traga aqui. E nunca o visite à noite. Estamos entendidos? Além disso… quero que você recupere sua força total quando eu voltar. Se você adoecer de novo… eu posso omitir alguns detalhes de você. Então, certifique-se de cuidar de si mesma, entendeu?”

Elle queria argumentar, não gostando de todas essas condições intermináveis de Sebastian, mas vendo como ele obviamente precisava sair correndo, ela decidiu segurar a língua. Ela se certificaria de se vingar dele quando ele retornasse.

“Entendido, Príncipe Sebastian.” Ela disse a ele.

Ele sorriu. Ela não esperava que ele mostrasse aquele sorriso esquivo. “Boa menina.” Ele disse e, de repente, seus lábios estavam em sua garganta.