Coração Amaldiçoado - Capítulo 92

92: Vermelho 92: Vermelho Este capítulo bônus é dedicado a @MonstroDebaixoDaCama! Muito obrigado pelo super presente!! <3
Sebastian ainda não conseguia relaxar mesmo depois de Lorna ter dado seu diagnóstico.

Sua própria reação naquele momento em que ele viu as lágrimas dela foi… foi chocante. Simplesmente inexplicável. Ela tinha feito isso de novo. Pensa que ele seria capaz de sentir isso só de vê-la chorar. Só com aquelas lágrimas, elas foram suficientes para evocar uma emoção tão violenta dentro dele. E pensar que ele quase entrou em pânico só porque… só porque ele sentiu a pele dela tão fria ao toque. Merda… ele estava realmente ferrado. Esta mulher realmente o havia f*dido muito mal.

E agora lá estava ele, sem saber exatamente o que fazer. Não sabendo nem o que dizer. Ele só podia ficar parado e segurá-la perto dele, transmitindo o máximo de calor possível para o corpo frio dela. Porque ele estava com medo de que qualquer coisa que ele fosse fazer ou dizer, só faria ela se sentir pior. Ele nunca quis ver aquele olhar no rosto dela chorando como… como se ele a tivesse tornado tão infeliz. Merda… será que ele tinha realmente a feito tão infeliz? Tudo que ele queria era protegê-la. Tê-la como sua.

Ele já havia decidido reivindicar esta mulher para si. Porque ele realmente a queria, e estava com medo de que ela fugisse gritando assim que descobrisse a verdade. Ele não queria que isso acontecesse porque… porque ele não seria capaz de deixá-la ir! Ele podia sentir que nunca seria capaz de soltá-la se ela de repente decidisse partir depois de saber a verdade. Era assim que ele estava louco por ela agora.

Ele pensou que estava tudo bem se ela ficasse com raiva dele. Ele poderia e faria tudo o que ela quisesse para amenizar a raiva dela mais tarde. Ele também sabia que ela poderia ficar solitária e entediada e talvez até mesmo se machucar. Mas ele pensou que isso era normal. Ele já havia pensado em compensá-la mais tarde por isso também. Ele estava confiante de que poderia lidar com a infelicidade dela, com os caprichos dela. Ele estava confiante de que um dia poderia fazer com que ela nunca mais quisesse sair do seu lado. Ele a faria dele. Totalmente dele e somente dele.

Mas quando ele a viu chorar mais cedo, e aquela dor nos olhos dela criou uma rachadura séria em sua confiança. Ele estava tão errado em pensar que poderia suportar qualquer reação ou emoção que ela mostrasse a ele. Ele não suportava. A ideia de que ele estava inconscientemente deixando ela tão infeliz era… o sentimento era sufocante. Ele nunca pensou que se sentiria assim. Ele nunca pensou que as coisas acabariam assim.

O quarto ficou em silêncio por muito tempo. Ele sinceramente não sabia quanto tempo. Ele tinha perdido a noção do tempo – pelo menos por enquanto. A única coisa que se podia ouvir era o estalar da lareira de vez em quando, a respiração constante dele e a dela que às vezes eram pontuadas com um soluço aqui e ali.

Ele não fazia nenhum barulho e apenas a segurava perto dele. Segurando-a firmemente enrolada no cobertor. Ele também não se moveu, até que a pegada firme dela na camisa dele de repente afrouxou, indicando que ela deve ter adormecido. Lentamente inclinando a cabeça para olhar para ela, ele viu que os olhos dela estavam fechados.

Sebastian ouviu os batimentos cardíacos dela enquanto continuava a segurá-la, ainda sem se mover. Ele não queria perturbar o descanso dela. Enquanto ouvia, percebeu que a respiração dela estava constante, mas às vezes ainda tremia um pouco. Ele sabia o quanto ela tinha chorado pela mancha molhada que ainda estava lá em sua camisa.

Um bom tempo depois, ele a colocou em uma posição mais confortável. Mas ela ainda estava em seus braços.

Ele olhou em silêncio e pensativo para o rosto manchado de lágrimas dela. Ela parecia tão lamentável e como se tivesse sido tão injustiçada. Seu rosto escuro e duro se suavizou um pouco enquanto ele começava a afastar o cabelo flamejante dela, embora um pouco distraído.

“Eu… sinceramente não sei como lidar com você a partir daqui…” ele murmurou de repente. “Você é como uma encrenca inesperada que eu simplesmente me descobri caindo e…” ele sorriu sem acreditar, “eu sou geralmente muito bom em lidar com encrencas. Mas merda, essa é a primeira vez que me deparo com uma encrenca do seu calibre. Você é uma… criaturazinha perigosa, Izabelle. Nada e ninguém poderia sequer chegar perto de ser comparado a você. Eu já posso dizer que você é um enorme problema que me deixará louco. Você é um vermelho tão vivo para mim, bebê… e eu sei que eu também sou uma bandeira vermelha sangrenta para você. Mas merda, eu ainda quero você tanto mesmo sabendo disso tão claramente. Estou com medo de começar a ficar obcecado por você. Ou talvez eu já estou. Acho que já estou… Izabelle…”

Ele fechou os olhos com força. Suas sobrancelhas se franzindo e se encontrando no meio da testa como se algo o tivesse feito sentir-se em turbulência.

“Eu não quero que você fique infeliz. Não acho que eu aguente isso…” Ele murmurou suavemente para si mesmo antes de abrir os olhos e soltar uma respiração longa e profunda.

Após outro longo período de silêncio total, Sebastian percebeu que o corpo de Elle estava ficando cada vez mais quente.

Ela também começou a fazer pequenos e quase inaudíveis sons em seu sono enquanto tentava se mexer nos braços dele.

Pensando que ela poderia estar começando a ficar desconfortável naquela posição um tanto quanto ereta em que ele a segurava, Sebastian relutantemente se levantou e foi colocá-la de volta na cama.

Ele a colocou com todo cuidado e a cobriu com o cobertor. Então ela parou de se mexer.

“Estar em meus braços era tão desconfortável para você?” ele perguntou um pouco amargamente ao se lembrar de como ela tinha abraçado aquele lobo tão feliz em seu sono, como um travesseiro. Ele ficou tão chateado que mandou o lobo sair do quarto deles por enquanto.

Ele então caminhou em direção à janela e olhou para a escuridão. Ele pegou seu cigarro, mas de repente apagou o isqueiro antes que ele pudesse tocar seu cigarro.

Ele pensava no que faria, no que diria, quando ela acordasse. Ele deve tomar uma decisão esta noite se deveria finalmente revelar tudo a ela ou não. No momento, não havia escolha melhor do que essa e ele não podia deixar de se sentir incomodado, imaginando se acabaria se arrependendo ou piorando novamente entre eles.

Demorou um tempo antes de ele finalmente voltar para a cama deles, apenas para franzir a testa ao ver Elle suando profusamente.

____
Meta para o mês de setembro: top 1 no ranking GT = lançamento em massa