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- Capítulo 397 - 397 Luz e Escuridão - Parte 15 397 Luz e Escuridão - Parte 15
397: Luz e Escuridão – Parte 15 397: Luz e Escuridão – Parte 15 No momento em que Zeke retornou à base e se reuniu com Gav, a grande guerra do Submundo irrompeu.
Zeke e Gav enfrentaram os dois príncipes restantes separadamente. Zeke confrontou o primogênito e mais evasivo príncipe. Gav, por sua vez, enfrentou o mais letal e forte.
A batalha entre os quatro príncipes foi extrema, cada choque enviando ondas de choque pelo campo de batalha. Inúmeros soldados e monstros caíam a cada momento que passava, seus gritos de dor e fúria enchendo o ar.
À medida que o chão continuava a ser coberto de sangue e corpos mortos, o próprio ar se tornava espesso com o cheiro da morte. Os gritos de guerra e os rugidos dos moribundos abafavam todos os outros sons, criando uma sinfonia de carnificina e desespero.
Zeke lutou com uma astúcia que correspondia ao seu oponente evasivo. O príncipe das sombras torcia e virava, misturando-se à escuridão, mas os sentidos de Gav eram aguçados, sua resolução inabalável. Sempre que o príncipe evasivo tentava desaparecer, Zeke estava lá, atacando com letal precisão.
Gav, por outro lado, lutou para enfraquecer seu inimigo. Seu duelo era uma tempestade de poder e força, cada golpe ressoando com a força de mil tempestades. Os ataques do príncipe eram implacáveis, mas a pura força e escuridão de Gav não estavam perdendo.
A batalha rugia, um redemoinho de sangue e aço. O tempo parecia confuso, cada momento se estendendo em uma eternidade de violência e carnificina.
Durou o que parecia uma eternidade, cada segundo se arrastando com o peso de mil vidas.
Mas logo, à medida que o chão se tornava mais saturado de sangue e os corpos se empilhavam mais altos, Zeke e o príncipe primogênito finalmente chegaram a um ponto crítico. O príncipe primogênito, sentindo sua iminente derrota, desencadeou um último ataque desesperado. Mas Zeke contra-atacou com um golpe devastador, sua lâmina cortando as defesas do príncipe e encontrando seu alvo.
O príncipe primogênito caiu, seu corpo desmoronando no chão. Zeke ficou sobre ele, respirando pesadamente, seus olhos ardendo com triunfo e exaustão.
Ele olhou pelo campo de batalha e viu Gav, emergindo vitorioso das ruínas, o outro príncipe agora jazendo imóvel a seus pés.
O ar se tornou estranhamente silencioso, os sons da batalha desaparecendo à medida que a realização da vitória inundava os soldados sobreviventes.
Os dois príncipes inimigos caíram afinal, e um rugido de vitória irrompeu das fileiras das forças de Zeke e Gav.
Mas a celebração foi breve, um mero lampejo de triunfo na dura realidade da guerra, porque agora…
Estava na hora da batalha final.
Os últimos dois príncipes restantes estavam prestes a se enfrentar. Apenas um se tornaria rei; o outro deve morrer.
Os soldados largaram suas espadas. Os monstros imobilizados, apenas esperando pelos comandos de seus príncipes.
No meio deles, Zeke e Gav estavam, ambos cobertos de sangue.
Gav deu uma risada de desprezo, um sorriso amargo se espalhando por seu rosto. “Então, pelo visto realmente não há outra maneira senão essa no fim, né?” disse ele, sua voz tingida de incredulidade. Então Gav jogou sua espada no chão.
“Eu já te disse isso antes, Zeke,” Gav continuou, tirando sua armadura peça por peça enquanto falava. “Que se você não conseguir encontrar outro caminho e ainda tivermos que lutar para que isso termine, eu vou apenas deixar você levar minha cabeça.”
Zeke também começou a tirar sua armadura, o peso de cada peça caindo pesadamente no chão encharcado de sangue. “E eu te disse que veríamos isso até o fim, não foi?” Sua voz era firme, inabalável.
Com um movimento rápido, Zeke apontou sua espada para Gav. “Seja homem e pegue sua espada, Gav.”
Gav encontrou seu olhar. “Zeke,” ele disse friamente, “pare de ser teimoso. Isso não é sobre ego ou qualquer coisa mais. Se você esqueceu, você tem uma esposa e um filho esperando por você.”
“E você não?” Zeke rebateu.
Os olhos de Gav se arregalaram surpresos.
“Você tem uma esposa e um filho esperando por você também, seu tolo,” Zeke disse enquanto jogava algo em direção a Gav.
Instintivamente, Gav pegou. Era um pingente.
“Abra-o,” Zeke ordenou, e Gav, ainda atônito, obedeceu.
Assim que olhou a foto dentro dele, ele congelou. A imagem de uma mulher de cabelo prateado e olhos familiares o encarava. Ao lado dela estava um garoto de cabelo escuro e olhos cor de avelã, um rosto que ele também havia visto em seus sonhos.
“Essa mulher é sua esposa, o nome dela é Evielyn,” Zeke continuou. Gav cambaleou para trás, agarrando sua cabeça dolorida. “Você esqueceu deles. Eles ainda estão esperando por você até agora, esperando e torcendo pelo seu retorno. E aqui está você, me pedindo para simplesmente pegar sua cabeça?”
Gav olhou para Zeke pelos fios de seu cabelo, seus olhos agora ardendo com algo perigoso.
“Eu sei que seu coração os conhece, mesmo que você não consiga se lembrar. Então lute, Gav… lute por eles. E eu lutarei pelos meus.”
Zeke estendeu sua mão e cortou sua palma com sua espada. Enquanto seu sangue pingava no chão, ele declarou, “Estou rompendo nosso juramento de sangue, Gav. A partir daqui, você está livre do meu controle.”
Uma dor tão intensa pareceu pulsar dentro de Gav que ele caiu de joelhos, rangendo os dentes e agarrando seu coração. A agonia sentida como se estivesse rasgando-o, mas logo, a dor começou a diminuir. Sua visão embaçada se clareou, e a primeira coisa que ele viu foram as imagens dentro do pingente. Minha… esposa? Meu… filho? Ev… Evie?
Seu coração se apertou, doendo tão intensamente que parecia estar sangrando.
“Pegue sua espada e levante-se, Gav,” veio a voz de Zeke. Gav desviou o olhar do pingente e olhou para Zeke.
Seu juramento foi rompido. Agora, Gav podia sentir seu poder, sua escuridão, girando e tomando controle de todo o seu ser.
“Apenas um de nós vai vencer. Um de nós deve morrer,” Zeke disse. “Leve minha cabeça se puder, Gav.”
Gav agarrou o pingente e então sua espada, levantando-se com um sorriso maléfico. Um de seus olhos já tinha virado totalmente preto.
Então uma risada malévola ecoou de Gav. “Tudo bem então, Zeke. Já que é isso que você deseja. Eu lutarei com você até a morte e levarei a sua cabeça!”