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- Capítulo 385 - 385 Luz e Escuridão - Parte 3 385 Luz e Escuridão - Parte 3
385: Luz e Escuridão – Parte 3 385: Luz e Escuridão – Parte 3 Enquanto Alicia e Zeke dançavam, eles criavam uma imagem de tirar o fôlego.
A mão de Zeke descansava suavemente, mas firmemente, nas costas de Alicia, a outra segurando a mão dela enquanto deslizavam sem esforço pelo ar. Seus movimentos fluíam de forma perfeitamente sincronizada, lembrando um balé de almas dançando em perfeita harmonia.
Ao redor deles, o vasto e íntimo salão da caverna do castelo era iluminado pela fraca luz dos candelabros, gerando um brilho suave que os envolvia numa aura quase mágica enquanto as sombras pareciam dançar junto com eles.
Eles simplesmente pareciam figuras de um sonho enquanto dançavam lá em cima. Sua dança poderia ter sido o objeto de uma pintura magistral, uma que capturasse a essência da luz e da escuridão entrelaçadas num eterno vals. E se alguém desse um título a essa pintura, ‘A Dança da Luz e da Escuridão’ teria se ajustado perfeitamente.
O rosto de Zeke e Alicia, enquanto continuavam sua bela dança surreal, estava repleto apenas de felicidade. Eles podem estar no submundo agora, um lugar de escuridão, caos e sangue … mas neste momento, nos vastos corredores sombrios deste colossal castelo, eles criaram seu próprio santuário, um lugar onde só existia seu amor.
Alicia sabia que isso não duraria para sempre. Ela sabia que essa felicidade terminaria em breve. Mas ela estava simplesmente grata por esses momentos. Dançar com Zeke desta maneira, nesta escuridão, perdidos um no outro e na música de seus corações, foi um alívio que ela não percebeu o quanto precisava desesperadamente.
“Eu amo isso …” ela sussurrou. Seus olhos, luminosos e cheios de emoção, estavam fixos em Zeke.
O sorriso de Zeke em resposta foi terno. “Eu também,” ele sussurrou de volta, antes de fazer uma volta graciosa com ela. O vestido e o cabelo de Alicia se espalharam ao redor dela como uma aureola. Então, com igual graça, ele a trouxe de volta para seus braços. “Estou… tão feliz agora”, ele acrescentou.
Alicia se aninhou mais perto no abraço de Zeke e descansou a cabeça no ritmo constante de seu coração.
“Eu também, Ezequiel”, ela ecoou, sua voz um murmúrio suave contra o tecido de suas roupas.
E com isso, sua dança continuou, cada passo, cada giro, um apelo silencioso para que o momento se prolongasse um pouco mais.
Naquele momento, ambos desejavam prolongar essa dança o máximo que pudessem. Mas a dança, como todas as danças, chegou à sua inevitável conclusão.
Flutuando suavemente entre os candelabros resplandecentes, seus lábios se encontraram numa união que era tão natural como a junção de duas metades de um todo.
Ao descerem graciosamente, como penas caindo suavemente em direção ao chão, os dedos de Alicia traçaram brincalhona os lábios de Zeke.
“O que você fez desta vez, hm, meu marido?” ela perguntou, sua voz carregada de uma suavidade de curiosidade genuína misturada com preocupação.
“Hm?”
“Sobre meu poder retornando”, Alicia continuou. “Eu sei que você deve ter feito algo, e enquanto estou grata, não posso deixar de me preocupar com o que isso possa custar a você.”
O sorriso de Zeke era de confiança e tranquilidade. “Estou muito mais poderoso agora do que antes, minha esposa. E nesse mundo, restaurar o próprio poder não é difícil, desde que se conheça a maneira correta de fazê-lo.”
Alicia reprimiu um sorriso. “Por que não estou mais surpresa?”
“Porque você sabe que seu marido é simplesmente incrível”, ele respondeu com uma arrogância brincalhona.
“Arrogante, belo príncipe demoníaco”, ela riu, apertando a bochecha dele de forma carinhosa. Em resposta, Zeke a pegou sem esforço em seus braços.
“Bem, então… este arrogante e belo príncipe demoníaco vai te levar para a cama agora.”
“Podemos tomar um banho primeiro?” Alicia sugeriu, a ideia acendendo uma luz em seus olhos.
“Agora que você menciona… eu tenho algo para te mostrar, Alicia.”
Levantando uma sobrancelha inquisitiva, Alicia observou Zeke a carregando em direção a um imponente par de portas duplas. Com um movimento fluido, ele as empurrou para abri-las.
E quando as portas se abriram, Alicia e Zeke foram recebidos por uma visão de beleza de tirar o fôlego. À frente deles estava uma piscina tranquila, cuja superfície brilhava com uma suave e etérea luz turquesa que parecia emanar da própria água. Este brilho sereno banhou a área ao redor numa luminescência mágica, conferindo uma qualidade de outro mundo à cena.
A borda da piscina era marcada por degraus de pedra, que desciam graciosamente nas águas claras. Esses degraus pareciam quase esculpidos, suas bordas suavizadas pela luz radiante e suave.
De cada lado da escada estavam duas imponentes torres de pedra. Entre estas duas torres sentinelas se erguia um magnífico portal, seu pico curvando-se elegantemente para o céu. O arco emoldurava uma vista pitoresca de uma cascata que caía de uma fonte invisível acima. As águas da cascata, infundidas com a mesma cativante luminosidade turquesa, pareciam dançar e brincar enquanto desciam, fundindo-se perfeitamente com a piscina abaixo.
Havia também lanternas espalhadas pela área. Estavam penduradas em pontos estratégicos, sua luz suave lançando um brilho dourado e quente. Esta iluminação suave complementava a luz mística da água, criando um ambiente que era ao mesmo tempo mágico e convidativo.
Alicia ficou impressionada, seu olhar varrendo o local. “Eu não sabia… que um lugar como este existia aqui”, ela disse, sua voz um sussurro de admiração e surpresa.
Zeke, observando suas reações com uma expressão indecifrável, concordou. “Há muitas águas no submundo também, mas encontrar uma tão pura e clara como esta é realmente raro. Esta piscina é excepcional. Eu ainda não encontrei águas mais claras do que estas.”
Alicia se virou para ele, com uma suspeita brincalhona nos olhos. “Por que eu sinto que você decidiu tomar este castelo colossalmente insano apenas por esta água clara aqui?”
Em resposta, Zeke se aproximou, seus lábios encontrando o lóbulo da orelha dela em um gesto brincalhão e terno. “Este lugar”, ele murmurou suavemente, “me lembra aquela pequena fonte onde tomamos banho juntos na noite em que fizemos amor pela primeira vez.”
As bochechas de Alicia coraram com a lembrança. O lembrete, neste cenário de beleza surreal.
“Você está certo…” ela disse suavemente, seus olhos bebendo a serena beleza que os cercava.
“Devo?” Zeke perguntou, seus dedos habilmente brincando com a barra do vestido dela.
Alicia sorriu e assentiu. “Você vai realmente me mimar demais, Ezequiel.”