Coração Amaldiçoado - Capítulo 336

336: Voz fraca 336: Voz fraca Este capítulo é dedicado a @MonstroDebaixoDaCama!! Muito obrigado pelo super presente!!!

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A postura de Gav relaxou, um toque de divertimento cruzando suas feições. “Lá vai você de novo, agindo de forma atípica e sendo inesperadamente gentil,” ele comentou, suas palavras permeadas por um toque de provocação. Porém então, Gav deu de ombros elegantemente, passando os dedos pelo seu cabelo escuro.

Enquanto Gav se virava para ir embora, Zeke estendeu a mão para Elle.

No momento em que Elle olhou para a mão estendida de Zeke, ela não pode deixar de fixar seu olhar na luva de couro preto que a cobria. Um turbilhão de memórias inundou sua mente, fragmentos de seu passado onde ela havia segurado uma mão enluvada. Foi uma sensação peculiar, um déjà vu que a deixou momentaneamente sem palavras.

Porém, quando ela depositou a mão na de Zeke, ela sentiu uma familiaridade confortante. Seu aperto era forte e tranquilizador, envolvendo a mão menor dela na sua maior. O calor que radiava de seu toque mandou uma onda de conforto através dela.

“Você fez bem,” Zeke elogiou, e Elle imediatamente sorriu. O simples elogio tinha tanto peso, enchendo-a com um senso de orgulho e realização.

“Obrigada,” Elle respondeu, sua voz cheia de gratidão. “É tudo graças àquele professor impiedoso, no entanto. Ele me ensinou tanto em tão pouco tempo. Eu nem mesmo sei como consegui absorver tudo sem que meu cérebro explodisse.” Ela riu, a animação com seu progresso evidente em sua voz enquanto ela andava ao lado de Zeke.

Um pequeno sorriso puxou o canto dos lábios de Zeke, seu olhar fixado à frente. “Gav vem de um mundo onde criaturas mágicas como fadas dominam. Sua esposa, é a mais poderosa e a rainha das fadas da luz,” ele explicou.

Os olhos de Elle se arregalaram surpresos com o que Zeke disse. “Gav tem uma esposa? E ela é uma rainha?!” ela exclamou, sua voz cheia de uma mistura de curiosidade e assombro.

Zeke assentiu. “Sim, e uma família,” ele respondeu, suas palavras carregando um senso de complexidade subjacente.

Antes que Elle pudesse perguntar mais, Sebastian apareceu, correndo até ela e envolvendo-a num abraço apertado. Seus olhos escanearam seu corpo, procurando por qualquer sinal de feridas invisíveis. Elle o tranquilizou de que estava bem, e com o apoio de Sebastian, ela tirou um momento para descansar e juntar suas forças.

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Finalmente, chegou o momento de Elle entrar no quarto de Alicia. Enquanto ela entrava, uma mistura de antecipação e temor percorria seu corpo. O quarto estava preenchido com uma atmosfera de tensão silenciosa, e Elle se aproximou da cama de Alicia com uma mistura de reverência e determinação.

Gav e Zeke se posicionaram ao lado de Elle enquanto ela se preparava para começar o processo de cura. O resto do grupo esperava do lado de fora da casa, dando a ela o espaço que ela precisava.

A voz de Zeke ressoou com um tom calmante enquanto ele falava, oferecendo palavras de encorajamento. “Não se pressione demais, Izabelle. Não tenha pressa, apenas faça o seu melhor.”

Elle assentiu, grata pela presença tranquila de Zeke. Suas palavras a tranquilizaram, aliviando um pouco do nervosismo que havia se instalado nela.

O olhar incisivo de Gav encontrou o de Elle, seus olhos refletindo expectativa. “Lembre-se do que eu lhe ensinei,” ele disse, sua voz clara e firme. “Confie em suas habilidades, e mantenha-se focada e centrada.”

Elle assentiu. Ela deu um respiração profunda, enraizando-se no momento.

Enquanto seu olhar se fixava na forma inconsciente e pálida de Alicia, as memórias de seu passado se entrelaçaram com sua determinação para acorda-la e curá-la, mesmo que temporariamente, alimentando uma chama dentro de Elle. Alicia era a esposa amada de Zeke, Zeke, o homem que havia salvado sua vida e dado a ela uma segunda chance. Se não fosse por ele, ela não estaria aqui hoje.

No fundo de seu coração, perguntas sem respostas perduravam, em particular sobre o enigmático estado de seu próprio coração. Ela ansiava por uma conversa com Zeke, uma chance de desvendar os mistérios que residiam dentro dela. Mas por agora, essas perguntas teriam que esperar. A urgência do momento presente exigia sua atenção total. Nesse quarto, nesse momento exato, nada tinha maior significância que o sucesso da cura de Alicia.

O quarto parecia pulsar com antecipação, uma corrente elétrica que combinava com o fervor ardendo dentro de Elle. Com os olhos fechados, ela bloqueou o mundo externo, focando todos seus pensamentos, intenções e energia no bem-estar de Alicia. O ar crepitava com uma intensidade que ecoava a profundidade de sua resolução.

Respirando deliberadamente e profundamente, Elle se centrava em meio ao profundo silêncio que envolvia o quarto. Cada inspiração trazia consigo um renovado sentido de propósito, enquanto cada expiração levava embora quaisquer dúvidas ou distrações.

O mundo parecia segurar a respiração, como se em antecipação síncrona do que estava prestes a acontecer. Elle canalizou sua força de vontade, permitindo que ela fluísse através de suas veias, infundindo seu próprio núcleo. Finalmente, com um sentido de reverência profunda, ela levantou suas mãos e as posicionou com precisão gentil sobre o peito de Alicia, iniciando o ritual de cura.

…
Fora do quarto, todos sentiram uma mudança na atmosfera. Esperanças e preces se entrelaçaram, enquanto eles aguardavam ansiosamente que Elle despertasse Alicia de seu sono. O tempo se esticava, cada momento passando parecendo uma eternidade.

E então, como se respondendo aos anseios fervorosos de quem estava fora, uma luz brilhante irrompeu do quarto de Alicia, banhando tudo em seu brilho etéreo.

À medida que a luz dissipava gradualmente, deixando para trás uma atmosfera de tranquilidade, a ansiedade de Sebastian o impulsionou para a frente. Ele irrompeu no quarto, seus olhos escaneando a cena até que pousaram em Elle, aconchegada nos braços de Gav. Sem hesitação, ele correu até ela, sua voz permeada de preocupação enquanto a levantava gentilmente do contato com Gav. “Iza!” ele chamou, sua voz cheia de uma mistura de alívio e preocupação.

Com os olhos cansados, Elle se forçou a abri-los, buscando a tranquilização de Sebastian. Seu olhar encontrou o dele, e com um tremor em sua voz, ela proferiu seu pedido. “Por favor, Seb, me diga que eu… eu consegui.” Seu coração acelerava enquanto os olhos de Sebastian se moviam em direção à cama, onde Alicia estava.

Mas antes que Sebastian pudesse responder, uma voz fraca preencheu o quarto. “Ez… Ezequiel?”

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