Coração Amaldiçoado - Capítulo 31

31: Noite de casamento 31: Noite de casamento O que Elle queria era que Sebastian tirasse sua virgindade, sua primeira vez. Não importa o tipo de casamento que eles acabem tendo, não poderia haver disputa, ele era agora seu marido, e nenhum outro homem tinha o direito de levá-la para a cama além dele. Ela já sabia sobre seus desejos pervertidos e foi por isso que teve que admitir que estava um pouco nervosa. Mas, como ela havia dito a ele, era apenas para aquela noite. Apenas desta vez. Ela só precisava passar por isso uma vez. Ela conseguiria. Depois de hoje à noite, nunca mais teria sexo.

Essa decisão era sua maneira de se proteger. Ela já havia experimentado como esse homem facilmente podia fazê-la sentir um intenso desejo carnal que nunca havia sentido antes. Ele já era perigoso para ela de todas as maneiras, e ela sabia que, se não fosse cuidadosa, poderia se apaixonar por ele sem nem saber como e quando aconteceu. Ela via o ato sexual com ele como uma das armadilhas mais perigosas que deveria evitar a todo custo.

Ela sabia que a primeira vez para as mulheres não era tão boa experiência, já que diziam ser dolorosa. Ela pensou que era melhor para ela dessa maneira, pois eliminaria a futura possibilidade de desejar mais depois de uma só vez. Então, ela nunca deveria ter relações sexuais com ele novamente após essa única vez. Ela concordou em permitir que ele continuasse vivendo seu estilo de vida usual e isso já estava declarado no contrato. Cedo ou tarde, ele poderia dormir com outras mulheres e ela não teria como opinar.

O simples pensamento disso já causava um efeito terrível nela, então ela estava se preparando para isso agora. E uma das primeiras coisas que ela deveria fazer era ter certeza de eliminar qualquer possível intimidade que pudesse levá-la a querer ele ou a se apaixonar por ele.

O som do copo de Sebastian batendo contra a mesa lateral soou alto no silêncio espesso. Então ela viu os cantos de seus lábios se curvarem para cima. “Apenas para esta noite…” ele ecoou misteriosamente, seus olhos ficando mais escuros enquanto acariciava o corpo dela com o olhar ardente.

“Sim.” Elle confirmou rigidamente, nunca vacilando apesar do calor que seu olhar ardente causava. “E apenas uma vez.” Sua voz tremeu um pouco no final., mas ela levantou o queixo, não cedendo ao seu nervosismo.

Seu sorriso fez sua pequena covinha aparecer enquanto a observava com um olhar misterioso e divertido. Mas Elle não se moveu de sua posição. Ela o encarou de volta, mostrando a ele o quão séria estava com a sua decisão.

“Tudo bem”, ele levantou seus longos braços e os apoiou na parte de trás do sofá. “Como você deseja, consumaremos nosso casamento esta noite. Mas apenas se você estiver pronta.”

“Estou pronta, Sebastian.” O jeito que ela disse era como se estivesse pronta para ser levada para a forca. Os lábios de Sebastian se curvaram ainda mais enquanto a observava com muita diversão.

“Isso é para eu decidir, minha pequena vadia.” Sua voz soava áspera, mas deliciosamente escura enquanto falava. E os olhos de Elle se arregalaram diante do apelido que ele usou para ela. Seu coração parou por um momento e seu rosto ficou vermelho.

Ela já havia se preparado para ouvir tais coisas, já que ele deixou bem claro para ela na primeira vez que se conheceram que ele chama suas mulheres por nomes. Ele já a havia chamado de “cadela” antes e, honestamente, ela não gostou. Ela odiava, na verdade. Mas isso… ela não sabia por que não conseguia descrever exatamente o que sentia naquele momento. Ela odiava ou gostava? Era um sentimento estranho.

Depois de se repreender mentalmente por até mesmo questionar se gostava de ser chamada de vadia, Elle respirou fundo para se acalmar. Ela se disse para ignorar suas provocações, para que pudessem terminar isso rapidamente.

“Agora princesa… tire essa desagradável camisola.” Ele ordenou. “Eu quero você completamente nua para mim.”

Sem hesitação, Elle puxou o laço na cintura da camisola de chiffon que tinha amarrado em um laço e suas ações expuseram sua frente a ele. Só com um leve encolher de ombros, a camisola escorregou de seus ombros alvos. Quando o tecido suave e translúcido se acumulou em torno de seus tornozelos, ela podia ouvir o batimento cardíaco em seus ouvidos. Seus olhos percorreram lentamente cada curva, e ela pôde ver algo intenso agora passando por seu olhar escurecido.

“Na cama, princesa. Agora.” Foi seu segundo comando e Elle se virou lentamente, tomando um passo de cada vez enquanto resistia à vontade de escalar na cama e se esconder embaixo dos lençóis para se esconder. Ela conseguia sentir seu olhar ardente perfurando-a, seguindo todos os seus movimentos.

De alguma forma, ela conseguiu subir na cama em um ritmo normal. Ela não se sentou no meio, mas no lado mais distante e se encostou na cabeceira da cama.

Quando ela levantou os olhos e voltou seu olhar para ele, ele ainda estava sentado em seu sofá preto, os olhos brilhando na luz fraca. Ela percebeu que a iluminação do quarto dele não era moderna como os quartos no Palácio de Eves, então a iluminação ainda trazia a sensação de que estavam de volta aos velhos tempos. Ela se perguntou se era porque esse príncipe a não usa este quarto muito, ou talvez haja protocolos ou regras para não modernizar nada? Seja como for, agora, Elle estava feliz que o quarto não estava muito iluminado.

Ele finalmente se levantou do sofá e, conforme se aproximava da cama, o coração de Elle acelerou. Ela o viu se aproximar cada vez mais da cama. Dele.

Parando no pé da cama, ele ficou ali, olhando para baixo, para ela. E sua voz calma e autoritária ecoou no silêncio.

“Rasteje até mim, princesa.”