Coração Amaldiçoado - Capítulo 175
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- Capítulo 175 - 175 Monstro 175 Monstro O rosto pálido da mulher de cabelos
175: Monstro 175: Monstro O rosto pálido da mulher de cabelos prateados invadiu a visão de Sebastian. Ele estava de repente dentro daquele pesadelo recorrente – um pesadelo que era pior do que qualquer inferno em que ele pudesse ser jogado.
Ela estava sorrindo para ele com aqueles olhos imundos dela, cheios de luxúria e malícia. O monstro feminino nu lambia seus nojentos lábios molhados lentamente, como se estivesse de olho em algo tão delicioso que não podia esperar para devorar.
E então lá estava ele, movendo-se roboticamente em direção à cama dela, como se estivesse sendo controlado por um feitiço sujo. Ele se viu subir na enorme cama dela e depois não conseguia ver mais nada além de sujeira… Ouvia apenas a voz do monstro feminino ecoando em sua cabeça.
“Agora venha, meu brinquedo príncipe favorito… Esse é meu menino obediente… agora me beije, jovem rapaz… mais, jovem príncipe… beije-me mais… eu quero essa deliciosa língua sua dentro da minha boca… se você parar, você sabe o que vai acontecer… você e suas irmãs serão punidos… sua boca é minha favorita… ah, como eu amo beijar…”
Sua visão escureceu em seguida e, em pouco tempo, ele se viu caído tão lamentavelmente no canto escuro de uma prisão, vomitando com força como se quisesse jogar tudo para fora de seu corpo. Suas unhas afiadas castigavam seu peito, sem se importar que suas garras estavam cortando sua própria carne, enquanto sangue vermelho e vivo escorria. No entanto, parecia que ele não sentia a dor que infligia ao seu próprio corpo.
“Sebastian!” uma voz rouca e fraca que não pertencia ao monstro ecoou repentinamente em sua consciência. Essa qualidade gentil, com mais do que um toque de urgência, dizia-lhe que isso era realidade e vinha de fora desse pesadelo. Era como a voz de um anjo, tentando ao máximo alcançá-lo e tirá-lo dessa escuridão suja em que estava preso.
Quem… quem era? Aquela voz… Iza!
E com isso, ele conseguiu se libertar imediatamente das garras pegajosas daquele pesadelo. E no segundo seguinte, Sebastian se viu envolvido pelo abraço dela. Ela estava de pé, abraçando-o firmemente ao seu peito.
Sebastian levantou a cabeça e se olhou no espelho. O reflexo que o cumprimentava era assustador. Seus olhos estavam vermelhos de sangue e seu rosto molhado de suor. Merda! Parece que ele tinha estragado tudo de novo.
Passando os dedos pelos cabelos encharcados, Sebastian riu um pouco ironicamente quando sentiu o aperto dela se tornar mais forte ao redor dele.
“Me solte, Iza… Eu preciso me afastar por um momento.” Ele falou. Ele sabia o que viria a seguir, toda vez que isso acontecia. Ele já havia experimentado isso algumas vezes quando uma mulher aleatória e descarada tentava enganá-lo ao tentar roubar um beijo dele. Ele quase havia matado o vampiro quando começou a ver aquela mulher como o mesmo monstro de seus pesadelos. De seu passado.
Agora, tudo o que ele queria fazer era extravasar violentamente. Fazer algo brutal e selvagem até que sua raiva, desprezo e tudo mais que o pesadelo havia despertado dentro dele se acalmassem novamente. Ele tinha que sair agora. Antes que as coisas fiquem feias quando ele não conseguir mais controlar sua violência reprimida.
Ele não podia fazer nada na presença dela. E ele não podia olhar para o rosto dela agora. Ele tinha medo de ver o rosto daquele monstro sobreposto ao da sua própria Izabelle.
“Eu disse solte-me, Izabelle.” Ele sibilou, apertando os olhos fechados enquanto se movia e segurava os ombros dela com as mãos trêmulas. No entanto, ele tinha cuidado com a quantidade de força que estava colocando ao apertar os ombros dela. Com sua força vampírica, seria muito fácil ser descuidado e esmagar seus ossos frágeis.
“Sebastian!!” Ela chamou com sua voz quase inaudível e rouca. Ele podia sentir os dedos dela se agarrando desesperadamente à sua camisa. “Olhe para mim, Sebastian…”
“Pare! Não… fale comigo por enquanto!” ele deveria estar desaparecendo diante dela já. Mas sua preocupação com o fato de ela poder continuar chamando e machucar a garganta novamente o impediu. Merda! “Não me chame. Fique aqui e não -”
“Por favor…” ela o interrompeu com aquela voz rouca, não o ouvindo. Ele podia sentir seu coração sendo arranhado toda vez que a ouvia falar. “Não vá! Pode olhar para mim -”
“Pare.”
“Sebasti -”
“Eu disse para parar de falar!” seus olhos se abriram, e sua mão voou até o rosto dela, formando uma taça e cobrindo imediatamente os lábios dela. Ele não queria que ela falasse e o distraísse.
E então o mundo pareceu parar quando ele percebeu que tinha aberto os olhos e estava olhando para ela. Era o rosto de Iza que ele estava vendo. Não aquele… pesadelo!
Incredulidade e choque o abalaram porque a visão que o recepcionava não era aquele rosto infernal indesejado que ele esperava ver… Em vez disso, ele estava vendo olhos azuis claros e cabelos vermelhos quentes – o rosto da mulher pela qual ele destruiria o mundo de bom grado.
Ele tinha estado com medo de ver o rosto do monstro no dela, como o que havia acontecido antes com as outras mulheres. Foi por isso que ele se recusou a abrir os olhos até que pudesse se acalmar. Mas ele acabou abrindo os olhos sem perceber e lá estava… Izabelle… o rosto de sua Izabelle ainda parecendo o mesmo… Aquele rosto que estava se tornando cada vez mais precioso para ele era o que o recebia ao abrir os olhos.
Completamente perplexo e aliviado ao mesmo tempo, Sebastian lentamente removeu a mão que cobria a metade inferior do rosto dela. Deuses… não aconteceu… o que ele mais temia não aconteceu!
“S-seb…” ela murmurou com sua voz rouca e quebrada, e ele vacilou e cambaleou em direção a ela. Ele xingou baixinho enquanto descansava a cabeça no pescoço dela.