Coração Amaldiçoado - Capítulo 170
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170: Preparado 170: Preparado Mais tarde, enquanto Elle estava no banheiro escovando os dentes, ela não conseguia parar de pensar sobre o que acabara de acontecer entre Sebastian e ela. Tudo o que ele fez, sua atenção, sua gentileza, e todas as suas ações durante todo o tempo em que ele estava a alimentando. Tudo isso parecia tão surreal.
Elle nunca imaginou um momento em que ambos teriam uma experiência tão emocionante. Foi tão encantador que ela teve dificuldade de acreditar que não era um sonho. E que o Sebastian que estava com ela naquele momento era o verdadeiro.
Inconscientemente, um largo sorriso se formou nos cantos de seus lábios quando ela imaginou o rosto dele enquanto ele a alimentava mais cedo.
Mas quando ela se viu tão feliz e emocionada no espelho, o sorriso de Elle desapareceu lentamente. Uma emoção negativa começou a se insinuar dentro dela, advertindo-a de que ela não deveria ficar tão feliz.
Elle se encarou por um longo tempo e decidiu ouvir esse lado pessimista de si mesma. O medo de que algo ruim aconteceria se ela ficasse muito feliz rapidamente a dominou. O que aconteceu recentemente depois dos seus momentos mais felizes durante todo o festival e as coisas que aconteceram depois a fizeram sentir medo de se permitir ser feliz novamente.
Um suave batido ressoou, puxando-a de seus pensamentos.
“Izabelle? Estou entrando…” a voz de Sebastian ecoou, fazendo-a arregalar os olhos. Ela ainda não havia terminado de escovar os dentes! Mas ela preferia não ser vista por ele com um monte de espuma branca na boca e se envergonhar. Sendo assim, ela imediatamente cuspiu a espuma e enxaguou a boca com água para limpar a espuma residual do creme dental. No entanto, a sua versão humana aparentemente não foi rápida o suficiente em comparação ao Sebastian vampiro.
Quando ela se virou, ele já estava dentro.
Encostado na porta, ele perguntou, “Você vai tomar banho? Eu vou te ajudar.”
Os olhos de Elle se arregalaram um pouco. Ela abriu a boca para recusar, mas ele já estava de repente à sua frente. Seu polegar já estava sobre seus lábios. Senhor… ele estava demostrando todas as suas habilidades vampíricas bem diante dela agora sem qualquer reserva!
“Parece que eu realmente preciso ficar com você a cada segundo, porque você é péssima em obedecer as regras, Izabelle.” Ele disse e Elle desejava que ele parasse de abaixar tanto a voz. Fazia-a sentir como se ele estivesse tentando seduzi-la o tempo todo!
Seu polegar escovou o canto dos lábios dela como se fosse remover algo. Ele já tinha feito isso algumas vezes enquanto a alimentava há pouco tempo e toda vez, ela se pegava olhando para os lábios dele. Ela simplesmente não conseguia evitar. Ele, tocando seus lábios de forma tão sensual, realmente a tentava. Seus toques a faziam imaginar como seria se não fosse seu polegar que a estivesse tocando, mas seus… lábios.
Ela se obrigou a desviar o olhar, com medo de que acabasse roubando um beijo dele. Ela realmente precisava dizer a ele para parar de tocar seus lábios assim.
“Iza… você está me ouvindo?” sua voz sinuosa ecoou. “No que você está pensando? Não… não responda.” Ele suspirou, sorrindo um pouco. “O médico disse que você precisa caminhar sob o sol da manhã, pois será bom para você e ajudará na sua recuperação. Então, já que você está vestida, vou te levar para fora agora enquanto o sol ainda não está muito quente.”
Inclinando-se, ele olhou para cima e falou. “Não proteste. Eu a colocarei no chão assim que chegarmos ao jardim.” E então ele a pegou no colo, ignorando seus lábios entreabertos pois ela queria dizer algo.
Em um instante, eles chegaram ao jardim e Sebastian cumpriu a sua palavra e a colocou no chão. Em seguida, eles começaram a caminhar silenciosamente. Sebastian parecia deliberadamente manter-se um passo atrás dela enquanto se moviam ao longo do tranquilo e bonito jardim. O sol era brilhante o suficiente e apenas lançava um calor suave sobre eles, pois ainda era de manhã. Agora, Elle entendeu por que quase não havia ninguém no jardim durante o dia. Eles tomavam chá da manhã aqui, mas sempre era organizado debaixo do gazebo, onde havia sombra.
Elle já se perguntou antes por que a mesa de chá não estava localizada em um lugar onde o agradável sol da manhã pudesse tocar. Agora ela finalmente entendeu. Porque as pessoas neste castelo eram… todos vampiros.
O pensamento dessa realidade fez Elle sorrir levemente em descrença. Ainda parecia surreal apesar de tudo o que ela já tinha visto e experienciado. E então ela começou a se perguntar o que aconteceria se o mundo acabasse descobrindo esse segredo inacreditável. O que aconteceria com os vampiros? Com este país? Como o mundo inteiro reagiria quando descobrissem que os vampiros realmente existiam neste mundo?
Elle de repente tremeu ao formular algumas possíveis respostas para essas perguntas.
Sua mão foi agarrada por outra mais quente e maior, fazendo-a se virar.
“Você está bem?” ele perguntou e a primeira coisa que Elle notou foi o suor que cobria sua têmpora. Ela o tinha visto andando durante o dia, mas agora que pensava nisso, percebia que ele estava sempre andando debaixo de alguma sombra na maior parte do tempo, dificilmente sendo exposto ao sol direto. “Sua pele… parece que você está com frio, Iza.” Ele continuou.
Elle olhou para o braço e viu que realmente estava com ‘pele de galinha’. Ele tinha notado isso…?
Ela balançou a cabeça e sorriu para ele para dizer que estava bem. Depois, alcançou com seu lenço e gentilmente secou seu suor enquanto ele permanecia muito quieto, apenas a encarando.
Quando seus olhos se encontraram, Elle também congelou.
Ele levantou a mão e ajeitou um fio solto de cabelo vermelho dela atrás da orelha. “Eu… me preparei para ser odiado por você assim que acordasse… mas aqui está você…” sua garganta mexeu um pouco antes de ele dar um pequeno sorriso rápido, “… ainda me tratando como se eu não tivesse feito nada de errado.”
De repente, ele a puxou para perto e enterrou o rosto em seu cabelo. “Fico aliviado que você não pareça me odiar… ainda. Mas… pelo menos… fique brava comigo, Izabelle. Culpe-me… machuque-me de volta… seja má comigo, bebê…”