Coração Amaldiçoado - Capítulo 102
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102: Por quê? 102: Por quê? Este capítulo bônus é dedicado a @edi_o e @Sacogun! Muito obrigado pelos Supergifts!!!
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Música de Fundo : Sol Menor Bach por Piano de Jacob
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Elle correu para o chuveiro e esfregou a marca no pescoço enquanto chorava silenciosamente. Ela podia sentir que havia um terremoto fraco acontecendo, mas isso mal chamou sua atenção. Naquele momento, ela não se importava com mais nada.
Elle só parou quando a pele dela foi esfregada até ficar tão vermelha que um pouco mais, e poderia sangrar.
Sem pensar, ela depois caminhou até a banheira e sentou-se ali, abraçando os joelhos firmemente contra seu peito. Ela ficou lá por longos minutos, até que seu tremor parou lentamente, conforme o calor do banho se infiltrava nela.
Ela não sabia quanto tempo havia passado quando foi despertada pelo som do chuveiro sendo ligado.
Sua cabeça levantou e se virou rapidamente para a direita.
Outro choque passou por ela quando viu quem havia entrado repentinamente no banheiro. Era… Sebastian e ele estava… todo ensanguentado. Se ela parecia um inferno há pouco tempo atrás, ele parecia um diabo miserável e aterrorizante das profundezas do inferno.
Elle saltou da banheira, sem se importar com o estado de estar totalmente despedida. O que no mundo…
Sebastian também olhou surpreso para ela, como se não esperasse encontrá-la no banheiro. Os olhos de ambos se cruzaram por um longo tempo antes de desviarem. O olhar de Sebastian parecia estar colado em seu corpo deslumbrante enquanto seus olhos acompanhavam o sangue sendo levado pela água. A água sob seus pés estava colorida com um vermelho tão profundo que doía nos olhos dela.
Ele parecia algum antigo deus de abate vestido com roupas modernas…
A tensão aumentou rapidamente no banheiro. Sebastian foi o primeiro a sair de seu transe e desviar o olhar. Seu queixo se mexeu enquanto ele olhava para a expressão no rosto dela.
Ele puxou violentamente suas roupas e as descartou como se fossem feitas de trapos.
“Não se preocupe. Eu não matei ninguém.” Disse ele com voz sombria e controlada.
Elle sentiu seus joelhos fraquejarem com suas palavras e lentamente afundou de volta na água morna da banheira. Um alívio completo a inundou, fazendo com que todo o seu ser se sentisse fraco e abatido. Ela se preocupava que o sangue fosse dele, mas ao vê-lo se despir, viu que não havia ferimentos nele. Mas então… de quem é esse sangue?
“Se eu te dissesse que matei alguém… o que você faria?” sua voz desta vez estava calma, mas sem emoção.
Elle olhou para ele. Aquele corpo divino estava completamente exposto aos olhos dela agora. Ele tinha uma mão apoiada na parede enquanto sua cabeça estava levemente inclinada e o chuveiro caía sobre ele. O sangue estava quase completamente lavado.
“Eu… eu…” ela sorriu impotente. “Se fosse… Elijah, talvez eu te ajudasse… a esconder o corpo dele.”
Ele se virou. Seu olhar através de seu cabelo molhado se alargou um pouco. Parecia que ele nunca esperou essa resposta dela.
Elle também se surpreendeu com isso. Ela não tinha certeza se realmente participaria de algo assim, mas… nesse momento, essa foi a resposta que saiu de seus lábios. Ela odiava Elijah pelo que ele havia feito com ela. Ela odiava Elijah por brincar com ela como se ela fosse um brinquedo e não um ser humano.
Ele estava de repente ao lado da banheira. Seu corpo se inclinou e sua boca estava agora presa no mesmo lugar que Elijah havia sugado. Parecia que uma explosão havia acontecido em sua cabeça. Sua mão estava agarrando seu cabelo, puxando-a um pouco, mas não o suficiente para machucá-la.
Fúria e emoções perigosas ainda se infiltravam nele. Ela sentia isso muito claramente, apenas contido pela força de vontade. Ele parecia mais calmo agora, mas dentro dele, parecia que a raiva ainda estava lá, ardendo silenciosamente. Ainda assim, Elle arqueou o pescoço, expondo mais para ele e fechou os olhos firmemente.
Elle gravou este momento em seu ser inteiro. Sebastian estava apagando a marca de Elijah nela, substituindo a chupada nojenta pela sua própria, apaixonada e ardente. Seu corpo estremecia ao sentir a ardência de sua sucção. Ela imaginou que talvez houvesse sangue saindo agora.
Sebastian se afastou bruscamente. Sua respiração de repente ficou afiada.
Ele se endireitou e virou as costas para ela. Ela olhou como seus músculos se contraíam e relaxavam enquanto ele respirava longa e profundamente várias vezes.
“Como você acabou naquele lugar?” veio sua pergunta. Sua voz estava novamente sem emoção, mas não dura. Ela percebeu que era ele tentando conter suas emoções.
Elle lutou pela calma e começou a explicar. “De repente, vi um pequeno pedaço de papel com uma nota escrita no chão do quarto. Havia apenas uma frase escrita, instruindo-me a girar o candelabro para baixo.”
Ele girou e apoiou os braços na banheira. Seus olhos transbordavam de raiva controlada. “E então, você seguiu a instrução sem pensar…?!!” ele disse incrédulo. “Por que… por que diabos você sempre adora ir contra minhas instruções? Por que não consegue ouvir o que eu digo? Hein? Izabelle? Por que não consegue…” ele parou quando Elle começou a tremer e tremer, com os olhos arregalados e brilhantes.
Então sua voz quebrada e trêmula saiu junto com suas lágrimas. “Por quê? Por quê?! Você demônio! Você me pergunta por quê?!” ela explodiu com raiva. A dor apertou seu coração, achando que poderia matá-la no local. “Alguma vez te perguntei por que você sempre me faz esperar e nunca vem?! Por que… por que não pode cumprir suas promessas para mim?! Por que não pode chegar na hora como prometeu?! Por que continua me fazendo esperar eternamente?! Eu pensei… eu pensei que a nota era de você. Eu pensei que era por isso que você estava atrasado de novo! Eu pensei …” ela desabou e enterrou o rosto nos joelhos. “… que você não iria me decepcionar de novo … mas eu estava errada. Eu estava… tão errada!”