918: Alicia & Zeke História Paralela 1 918: Alicia & Zeke História Paralela 1 [NOTA: POR FAVOR, CERTIFIQUE-SE DE LER <HISTÓRIA LATERAL PARTE I ATÉ A PARTE IV> ANTES DE LER <HISTÓRIA LATERAL DE ALICIA & ZEKE>. A HISTÓRIA LATERAL DE ALICIA & ZEKE ACONTECEU UM ANO APÓS A ÚLTIMA CENA NA PARTE IV DA HISTÓRIA LATERAL.]
Um ano depois…

Era uma noite tempestuosa em Quesa. A tempestade era estranhamente poderosa e o coração dela parecia estar centrado sobre o próprio Castelo Reigns. Toda vez que o som de um trovão retumbava, o castelo inteiro parecia tremer e vibrar. As portas e janelas chocalhavam em suas molduras. Os lustres se agitavam e os pedaços de cristal tilintavam uns contra os outros enquanto a coisa toda balançava levemente pendurada no teto. Até os móveis se mexiam um pouco e balançavam quando os trovões mais fortes rugiam.

A estranha e forte tempestade faria alguém se lembrar daquela noite tempestuosa que aconteceu seis anos atrás. Raios caiam por todo o lado, iluminando o céu sem fim enquanto os trovões rugiam um atrás do outro. Era como se alguém tivesse acabado de enfurecer um deus da tempestade e agora o deus descontava sua ira no reino dos mortais.

Dentro da masmorra do castelo, algo escuro rastejava para fora dos corredores. Um longo rastro de fumaça que parecia ter vida própria serpenteava pelo chão, seguindo o caminho como uma cobra à procura de sua presa.

Nas partes mais profundas da masmorra, luz e escuridão piscavam alternadamente, iluminando um círculo mágico desenhado no chão. Zerez e Sebastião estavam de pé no meio daquele círculo, executando um feitiço.

Seu sangue pingava no chão enquanto um poder forte irrompia e crescia ainda mais forte.

“Está acontecendo!” Sebastião falou através dos dentes cerrados. Seu corpo começava a ser envolvido pela magia negra demoníaca. A aura aterrorizante de sua magia demoníaca era tão forte que era palpável. Seus olhos vermelhos começaram a pulsar para algo mais escuro. Como se a escuridão estivesse tentando o seu melhor para sobrescrever a cor vermelha de suas pupilas.

Nos anos passados, Sebastião havia procurado incansavelmente uma maneira de Zeke retornar para sua família. Quando descobriu a verdade sobre o que havia acontecido, que Ezequiel, seu irmão, foi arrastado para o Inferno como consequência de ter sido libertado de sua prisão, Sebastião não pôde aceitar inicialmente. Na verdade, ele estava mais irritado do que agradecido porque seu irmão havia feito isso por si mesmo.

Ele não estava feliz. Ele estava bravo e ficava cada vez mais irritado com o que seu irmão fez quanto mais pensava sobre isso e cada vez que via sua cunhada e sobrinho. Embora ele tenha aprendido de alguma forma a controlar suas emoções e se adaptar, graças à sua cunhada e sobrinho que se tornaram a razão de sua existência, Sebastião sentia-se mais irritado à medida que o tempo passava. E cada vez que via Alicia e Azy, sempre que os ouvia falar sobre sentir falta de Zeke, toda vez que Azy perguntava quando seu pai retornaria, o desejo de Sebastião de trazer Ezequiel de volta do Inferno escalava. Então, ele fez tudo o que pôde para tornar aquele desejo uma realidade. Ele estava até disposto a fazer o que outros consideravam impossível. E para isso, ele procurou Zeres. Surpreendentemente e felizmente também, Zeres concordou em ajudar.

Depois de cinco anos desde que procurou a ajuda de Zeres, os dois encontraram uma maneira de forçar os portões do inferno a se abrir. Isso tudo foi por causa de um feitiço antigo que nem as rainhas bruxas sabiam sobre o qual Zeres encontrou com a ajuda de Iriz.

O plano de Sebastião era invocar Zeke de volta do portão e o sacrifício seria o próprio Sebastião. Ele seria o único preso no Inferno. Para trocar Sebastian pelo lugar de Zeke. Isso funcionaria porque Sebastião também tinha sangue de demônio nele, assim como Zeke.

Sebastião queria ser aquele que ficaria preso no Inferno para sempre. Para ele, Zeke precisava estar com sua família. Sua família precisava dele com eles. Zeke tinha uma razão para ficar neste mundo. Ao contrário dele próprio. Sebastião acreditava que ele não tinha razão para viver neste mundo moderno que lhe era tão estranho. Também não havia ninguém que precisasse dele ali. Ninguém dependia dele.

Foi por isso que decidiu seguir em frente com isso. E ele nunca se arrependeria. Porque isso era o que ele queria há muito tempo. Ele não tinha mais desejo de ficar neste mundo. Ele sinceramente achava que era melhor para ele estar no Inferno. Pelo menos naquele lugar, ele poderia ser livre para se tornar o monstro que era. Era apenas uma questão de libertá-lo daquela prisão que ele mantinha cuidadosamente trancada dentro de si mesmo. Ele desejava sangue e carnificina, algo que já não era mais aceitável no mundo moderno. Ele havia dormido por tanto tempo que já havia perdido o contato com como viver e sobreviver nesta era moderna. Era desconfortável para ele e também não havia um motivo real para ele ficar. Então, ele queria muito isso e faria qualquer coisa para fazer isso funcionar.

Logo, os portões finalmente começaram a se abrir, fazendo Sebastião sorrir de prazer.

Ele abriu outra ferida em seu pulso, deixando mais sangue fluir de seu corpo. Quanto mais sangue ofereciam, mais largos os portões se abririam.

E quando a escuridão demoníaca saiu, Sebastião começou a rir. Tudo estava funcionando!

Mas justo quando os dois estavam prestes a fazer o feitiço de invocação, algo impensável aconteceu.

Azy de repente apareceu bem na frente deles.

O menino de seis anos ainda estava de pijama e havia se teleportado! Isso era algo que eles não haviam considerado. Na verdade, não deveria haver ninguém por perto. A entrada havia sido trancada e bloqueada.

Sebastião ficou tão chocado que mal podia acreditar em seus olhos.

Ele não podia acreditar que Azy pudesse usar teletransporte. Ele era uma criança vampira normal apenas algumas horas atrás. Como isso aconteceu? Ele não deveria despertar seus poderes demoníacos ainda! Ele ainda era um maldito garoto de seis anos! Até Zeke e ele nunca haviam despertado seus poderes demoníacos em uma idade tão jovem!