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- Capítulo 916 - 916 Prometo 916 Prometo Leve-me Ezequiel... ela o agarrou
916: Prometo 916: Prometo “Leve-me, Ezequiel…” ela o agarrou firme, segurando-o como se soltá-lo fosse matá-la enquanto o implorava para levá-la junto. “Não me deixe sozinha. Por favor…!”
Com sua soluçagem e tentando falar ao mesmo tempo, Alicia mal conseguia respirar quando ele segurou seu rosto em suas mãos e a fez olhar para ele. A maneira carinhosa como ele segurava seu rosto, seus olhos profundos e escuros apenas indicavam a ela muito claramente o que ele estava prestes a dizer. E seu coração sangrou mesmo enquanto seus olhos devoravam avidamente a visão de seu amado. Aquele pequeno e suave sorriso só podia significar uma coisa… que ele estava prestes a se despedir dela.
“Alicia… Eu acredito que você já está grávida do nosso filho.” Ezequiel lhe deu a notícia o mais gentilmente que pôde.
O mundo pareceu tremer violentamente antes de subitamente congelar por um momento. Um momento que parecia uma eternidade para Alicia. Ela abriu os lábios. Depois fechou-os antes de abri-los novamente. Mas ainda assim, nada saiu. Ela ainda estava muito abalada com a notícia.
Ele colocou a mão dela em seus lábios e a beijou tão ternamente. “Perdoe-me… Eu tenho que deixar você e o nosso…” sua voz então se quebrou, e ele a envolveu amorosamente em seu abraço mais uma vez.
Alicia chorou. Ela não sabia o que mais sentir no momento. Parecia haver uma sensação de entorpecimento que se espalhava do centro dela, em direção a suas extremidades.
“Você não pode vir comigo, minha esposa.” Ele continuou sussurrando em seus ouvidos. Ele já podia sentir os laços que eram como correntes em torno dele, puxando-o para longe dela. “Não posso arriscar você. E não há garantia de que um não-demônio possa sobreviver lá. Ainda não tenho ideia se isso é possível não importa o quão poderoso alguém seja. Mas eu vou descobrir. Vou descobrir tudo.”
Afastando-se para olhá-la, ele lhe deu um beijo suave cheio de promessa. “Espere por mim, Alicia. Eu prometo que voltarei para você e dessa vez… Eu juro não falhar. E não… Não vou fazer você esperar setecentos anos. Farei de tudo para voltar para você o mais rápido possível. Então não chore…”
Seu coração tremeu, doeu e se partiu de uma só vez, mas suas lágrimas agora haviam parado de fluir de seus olhos. Isso era suficiente para ela. Ela esperaria não importa quanto tempo. Esperar por ele, sabendo que ele voltaria um dia para o seu lado era… suportável. Perdê-lo para sempre não era. Ela esperaria… mesmo que isso acabe levando-o setecentos anos. Ela ainda esperaria…
Estendendo a mão, ela acariciou seu rosto como se memorizando cada detalhe dele. Não que ela já não tivesse feito isso. Ela podia sentir no seu coração que esse era o momento deles. Pelo menos por agora. Ela de alguma forma sentira os sinais mesmo antes, de que isso não iria bem para eles. Mas ela escolheu permanecer calada e não admitir isso. Nem para si mesma.
Ela entendeu agora que não havia nada que ela pudesse fazer a não ser continuar confiando nele e acreditando em suas capacidades. Seu marido é o único e inigualável Ezequiel, o poderoso e renomado príncipe herdeiro dos vampiros. Ela continuaria confiando que mesmo no inferno, ele seria de alguma forma capaz de criar um milagre.
Um sorriso compreensivo, embora dolorido, finalmente se formou em seus lábios e então ela assentiu. “Está bem…” sua voz estava rouca, “… Eu vou esperar por você, Ezequiel. Eu vou esperar não importa quanto tempo demore. Então não se esforce demais, tá bom? Eu não quero que você sofra mais. Eu não quero que você se machuque. Então não faça nada perigoso, está me ouvindo?” ela não pôde evitar de lhe dar um sermão gentilmente.
“Vou lembrar disso,” ele respondeu, um esboço de sorriso passando por seu rosto. “O mesmo vale para você, Alicia.” Sua expressão se tornou séria e preocupada. “Por favor nunca mais se coloque em risco. Agora você tem mais alguém em quem pensar.”
Alicia assentiu, enxugando a lágrima silenciosa que caía do canto de seus olhos. “Eu prometo, meu marido. Eu serei cuidadosa a partir de agora. Agora eu tenho nosso filho que precisa da minha proteção e cuidado. Então por favor não se preocupe comigo. Você também me fez poderosa, lembra?” ela tentou dar uma risada, embora até mesmo essa pequena ação causasse uma dor roedora que bocejava como um buraco negro dentro dela.
“E você também não precisa se preocupar comigo. Nada pode me machucar nem mesmo do outro lado. Você deveria saber o quão capaz seu marido é, certo?” Ezequiel acariciou o cabelo dela com carinho, saboreando esses últimos momentos que teria com ela. A próxima vez que poderia fazer isso seria daqui a muito tempo.
Ela só pôde sorrir com sua absoluta confiança. “Você verá sua mãe lá?”
“Não estou cem por cento certo, mas estou esperando vê-la.”
“Posso te pedir para fazer uma pergunta a ela por mim?”
“Claro.”
“Quero que você pergunte a ela sobre sua adaga. Quero saber se há uma conexão entre essas duas coisas que temos.”
Ele assentiu. “Claro. Vou perguntar a ela. Também tenho outra dúvida que quero tirar. Estou curioso para saber por que ela me enviou àquela falésia naquela época.”
“Ah sim! Eu também estou muito curiosa sobre isso!”
Então seus olhares se encontraram, sorrisos desvanecendo, enquanto as sombras atrás dele começavam a girar ainda mais ferozmente.
Zeke puxou Alicia de volta para seu abraço novamente e seu olhar caiu sobre os homens parados ali, olhando. Eles não podiam dizer nem fazer nada. Todos estavam impotentes. E já que não podiam ajudar, não queriam perturbar o tempo que ele tinha restante com sua esposa. Seu olhar passou por todos e finalmente parou em Alex.