895: Três palavras 895: Três palavras Vários minutos antes…

O silêncio reinava no quarto dos gêmeos. A atmosfera permanecia quente e gentil, mas havia uma tensão pesada brilhando nos olhos de Alicia e Zeke enquanto se olhavam sem falar.

O coração de Alicia continuava batendo forte e incapaz de se acalmar. Ela podia sentir que ele estava prestes a dizer algo que com certeza iria chocar todo o seu ser. No entanto, ela não conseguia discernir se seria uma boa ou má notícia.

“Acho que… vou colocar Alice de volta na cama primeiro. Não quero que ela acorde de repente agora que está dormindo.” Alicia disse em voz baixa, desviando o olhar de Zeke e olhando para baixo, para o pequeno pacote de alegria que ainda dormia pacificamente em seus braços.

Zeke concordou silenciosamente e ambos se levantaram. Ele foi cuidadoso e silencioso enquanto ajudava Alicia a colocar o bebê de volta no seu berço.

Depois disso, eles apenas ficaram ali parados, mãos segurando uma da outra enquanto observavam Alice chupar o polegar para se acalmar enquanto dormia.

Eles pareciam tão aconchegantes e quentes, todos enfiados em seus berços individuais, cada um coberto com um cobertor de flanela de bebê. Alexis estava coberto com um cinza peltre enquanto Alice estava coberta com um verde pistache. Ambos os bebês devem ter claramente desfrutado de sua sensação macia e aconchegante, já que estava fazendo um bom trabalho mantendo-os perfeitamente quentes e confortáveis conforme continuavam sonhando na terra dos sonhos.

“Boa noite, vocês dois.” Ela sussurrou aos gêmeos, dando-lhes um sorriso suave e gentil antes de levantar seu olhar de volta para Zeke.

Ele parecia estar fora de si novamente por um momento enquanto olhava para os bebês.

Alicia apertou a mão dele para chamar sua atenção. Ela gostava de vê-lo aparentemente fora de contato com a realidade enquanto olhava para os bebês ou para ela. Simplesmente porque era muito raro este homem ter esse olhar em seus olhos. Pena que ela teve que interromper este momento maravilhoso e instigá-lo a dizer o que quer que fosse que ele quisesse dizer.

Ela estava morrendo de vontade de saber o que era. E ela não podia esperar mais porque temia que pudessem ser interrompidos novamente. De algum modo, isso parecia ser a tendência das coisas sempre que estavam prestes a falar sobre assuntos importantes.

Zeke voltou-se para ela. O olhar dele estava fixo diretamente no dela.

Então lá estava, a rara vulnerabilidade que ele só mostrava quando era apenas entre os dois. Ele olhou para ela como se o coração dele agora estivesse totalmente aberto, sua alma completamente exposta a ela. Ele não tinha nada a esconder e nenhum segredo a manter dela.

“Alicia…” o nome dela saiu de seus lábios em uma voz baixa, mas clara.

Ela fez um pequeno som, deixando-o saber que ela o tinha ouvido enquanto inclinava a cabeça um pouco enquanto esperava. Tentando o melhor para se manter composta.

Zeke baixou o olhar e encarou suas mãos conectadas por um longo tempo. Ele mexeu nos dedos dela enquanto mantinha seus olhos baixos.

Quando mais de alguns segundos se passaram e ele ainda não havia continuado a falar, Alicia piscou para ele, insegura se deveria interromper sua contemplação silenciosa. Ele ainda estava olhando para os dedos dela, ainda mexendo neles gentilmente. Ela não pôde evitar de pressionar seus lábios para parar o sorriso que ameaçava explodir. Ele parecia tão fofo com a maneira como estava agindo naquele momento.

Seu rosto parecia extremamente sério. As linhas entre as suas sobrancelhas poderiam até ser mais profundas do que a Fossa das Marianas agora.

Na verdade, isso não deveria fazê-la querer sorrir como o Gato de Cheshire. Mas… era Ezequiel que ela estava olhando. É só que… esse homem nunca agiu assim quando tem algo a dizer! Ele sempre foi decisivo e direto ao ponto, nunca um de arrastar as coisas nem de adiar o inevitável. Então, vê-lo se comportar assim era realmente uma rara ocorrência, ainda mais rara do que ver a flor-cadáver desabrochar.

“Ezequiel?” ela chamou suavemente para chamar sua atenção, erguendo a sobrancelha para ele. “Você não está esperando que alguém nos interrompa novamente, está?” ela não pôde deixar de provocá-lo.

Ele prendeu os lábios entre os dentes perfeitamente brancos e os soltou de forma tão sensualmente lenta.

“Certo.” ele concordou como se encorajando a si mesmo. “Preciso te dizer agora antes que alguém apareça e nos interrompa novamente.”

Ele esfregou a parte de trás do pescoço como se estivesse lutando para dizer o que queria dizer e depois colocou sua palma levemente cerrada perto de sua boca. Depois de limpar a garganta, Zeke baixou a mão e a enfiou no bolso. Seus olhos cinzentos profundos se ergueram e se encontraram com os dela enquanto ele tomava um par de respirações como se para se acalmar.

Sua mão que segurava a dela se levantou e ele trouxe a mão dela aos seus lábios. Um beijo suave pousou no dorso de suas juntas enquanto ele a olhava através de seus longos cílios escuros.

Uma vez que ele baixou lentamente a mão dela, ele disse…

“Casa comigo, Alicia.” Sua voz estava baixa enquanto vibrava com profundas emoções.

O tempo parou. Os lábios de Alicia se entreabriram enquanto seu corpo ficou completamente catatônico. Ela estava abalada com aquelas três palavras que haviam sido repentinamente lançadas a ela.

“F*da-se…” ele de repente amaldiçoou em voz baixa, como se tivesse percebido que acabara de cometer um erro irreversível, fazendo Alicia imediatamente sair do imenso choque que ainda abalava seu sistema.

“Hã?” foi tudo o que ela pôde responder, considerando que sua mente ainda estava girando com o que ele acabara de dizer. O fato de ela já conseguir responder e não estar congelada já era uma coisa boa.

“Me desculpe.” Ele beliscou a área entre suas sobrancelhas enquanto espremeu os olhos juntos antes de inclinar a cabeça para cima e olhar para Alicia de forma um tanto culpada. “Isso… isso pode ter soado como uma ordem…”

Alicia só pôde piscar novamente enquanto ele se recomposta.

Destra vez, seu olhar sobre ela se tornou mais focado, mais intenso e mais aberto para ela ao mesmo tempo.

“Alicia… você quer casar comigo?”