Condenada Contigo - Capítulo 804
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804: Amor e desejo 804: Amor e desejo Este capítulo é dedicado à @Lola_13! Muito obrigado pelo superpresente!
Ela não sabia como conseguira dizer aquilo diretamente em seu rosto, mas era a última coisa com que estava preocupada no momento. Porque mesmo com o desejo e a luxúria e a necessidade inegáveis em seus olhos, esse homem ainda conseguia se conter, negando a si mesmo aquilo que queria ferozmente. Quão forte era seu maldito autocontrole? Ela queria destruí-lo. Quebrá-lo em pedaços e esmagá-lo até virar pó.
Ela sabia melhor do que ninguém. Que Ezequiel Reign era o epítome do autocontrole. Não seria exagero dizer que ele criou esse termo. O mundo inteiro poderia desabar e queimar, mas ele ainda conseguia se manter calmo e recolhido. Mas era um pouco difícil para ela acreditar que mesmo se queimando por dentro com o fogo que o consumia, ele ainda conseguia… este homem, ela agora conhecia a extensão do que ele realmente era. Ele era mais do que tudo o que ela tinha visto ou conhecido.
“Se você não quer fazer isso junto… então vamos parar por aqui.” Alicia acrescentou, ela nem tentou esconder a mágoa em sua voz. Sim, ela não podia deixar de se sentir ferida porque percebera que o desejo dele por ela parecia não ser suficiente. Seu autocontrole era mais forte, e ele ainda podia se segurar. E ela odiava isso.
Não, ela não o odiava por isso. Ezequiel tinha sido assim por centenas de anos. Ele não precisava revelar tudo, ela entendia o que ele passou por tantos anos para chegar até aqui. Ele tinha um objetivo e se entregasse agora, a poucos dias do Dia D, poderia arruinar tudo pelo que planejou durante toda a vida. Ela entendia isso e era por isso que não podia culpá-lo por nada. Ela só podia culpar a si mesma por querer loucamente, desejar alguém como ele. Alguém que podia negar até a si mesmo apenas para alcançar seu objetivo.
Retraindo as mãos, Alicia forçou um sorriso compreensivo para ele antes de se afastar dele.
Mas ele pegou seus tornozelos quando ela estava quase fora de alcance e, num movimento rápido, a puxou de volta para onde estava um momento atrás, sob ele. Ele estava rosnando enquanto amaldiçoava e falou com uma voz tão deliciosamente desoladora, “Não… faça isso comigo.”
E ele se inclinou e beijou sua boca com outro nível de selvageria. Como se tentasse transmitir a ela o quanto a queria. Um gemido ainda estava retumbando em seu peito enquanto ele devorava sua boca com um nível aumentado de ferocidade.
O controle e a gentileza já haviam evaporado e ele pressionou sua ereção grossa e dura contra a depressão entre as pernas dela, onde deveria entrar.
O atrito fez Alicia se contorcer inquieta sob ele. Ele balançava os quadris em um movimento suave, se chocando contra ela, enquanto sua boca se chocava na dela sem qualquer reserva. A força e a aspereza de tudo… ela não conseguia acreditar o quão glorioso tudo parecia.
E ela não conseguia se impedir de corresponder aos movimentos dele com tanta avidez. Nem percebendo como seus dedos já estavam cravando em seus ombros e na parte de trás de seu pescoço.
Cada investida e deslizar de sua ereção contra ela apenas a empurrava mais perto daquele limite. Suas respirações ficaram mais curtas enquanto ela tentava desesperadamente acompanhar sua ferocidade, apesar de saber que não era possível, porque Ezequiel tinha se tornado feroz, e sua força física não era páreo para a dele.
Mas isso não a impediu de chegar mais perto de se desfazer. Por ele. O fato de ele ainda estar usando suas malditas calças nem mesmo parecia importar naquele momento.
O nome dela saiu de seus lábios como um rugido antes dele enterrar o resto do som em sua boca. Enquanto isso, mantendo o ritmo, investindo mais rápido contra ela que seus corpos estavam se chocando um contra o outro.
Ela irrompeu sob ele, e seu gemido gutural ecoou alto em seus ouvidos, seguido por um choro quebrado de seu nome enquanto ele se juntava a ela no orgasmo avassalador.
Sua cabeça caiu no vão de seu pescoço enquanto ela descia do ápice. Seus olhos saciados perdiam o foco e eram puxados para a escuridão. E ela não conseguia mais lutar contra a fraqueza que vinha após aquela experiência incrível.
Ele rolou para a cama mas sem deixá-la ir. Ele a abraçou tão apertado, enterrando seu rosto em seu cabelo enquanto tremia. Não mais pelo orgasmo mas por uma emoção intensa que parecia abalar todo o seu mundo.
Sabendo que ela já havia desmaiado, Ezequiel abriu a boca e falou sem levantar o rosto. “Depois que eu prendi meu pai…” ele disse com uma voz fraca, “eu perguntei a ele por que ele fez todas essas coisas… Você sabe o que ele me disse?”
Houve um curto silêncio ensurdecedor. “Ele disse que é por causa do amor.” Sua voz se quebrou conforme essa linha saía de sua boca. “Ele disse que porque ele amava e desejava aquela bruxa tanto, ele estava disposto a fazer qualquer coisa por ela. Que ele renunciaria de boa vontade a qualquer coisa e destruiria tudo por ela.” ele sussurrou.
Seu aperto nela se intensificou. Seu tremor piorou. “Ele me disse que amor e desejo eram algo que ninguém poderia jamais controlar. Ele me disse com confiança que um dia… eu também, viria a entender. Então ele olhou para mim como se soubesse que haveria um dia em que eu… seria como ele no final.”
Um curto período de silêncio se passou após isso. Quando seu tremor estava sob controle, ele continuou. “Desde então, eu desprezei essas emoções chamadas amor e desejo. Eu era jovem naquela época quando decidi que elas eram a verdadeira raiz de todo mal e dor. Eu plantei essa crença em meu âmago e jurei nunca ser influenciado por nenhuma dessas emoções.”