Condenada Contigo - Capítulo 797
- Home
- Condenada Contigo
- Capítulo 797 - 797 Traquinas 797 Traquinas Este capítulo é dedicado à
797: Traquinas 797: Traquinas Este capítulo é dedicado à @Sacogun! Muito obrigado pelo superpresente!
“Não. Não estou com medo.” Ele respondeu. Ela quis recuar para olhar seu rosto, mas ele não permitiu. Então, ela tentou interpretar sua emoção através do elo entre eles. Mas por mais que tentasse, havia apenas calma e certeza. Ele devia estar cem por cento seguro do que estava dizendo ou sentindo sem sombra de dúvida.
“Então por quê?” ela insistiu.
“Simplesmente não tem sentido. Eu sei que é definitivamente algo que nunca fez parte dos meus planos. Agora chega de perguntas e compre-se, Alicia.”
Ela cedeu e não perguntou mais, apenas descansou quieta sobre ele e escutou o ritmo constante dos batimentos do seu coração. Então seus pensamentos voltaram às palavras dele. Agora ela suspeitava que ele poderia estar pensando em ir para o submundo. Isso não era tão surpreendente para ela, honestamente, porque ele possui seus poderes demoníacos. Alguém como ele não deveria estar aqui, vivendo no reino mortal como o resto deles.
Demônios não deveriam poder vagar livremente pela superfície da terra. Eles só podem deixar o submundo se forem invocados por uma bruxa forte. Isso significa que, uma vez que Ezequiel vá para lá, ele será condenado a permanecer lá para sempre. E como ele era muito forte, nem mesmo Zeres poderia invocá-lo de volta ao reino mortal.
Alicia sentia que Ezequiel estava decidido em seu coração a fazer isso. Era como se ele soubesse desde sempre que estava destinado a partir e nunca poderia voltar. Agora ela não conseguia evitar de pensar que essa era a razão pela qual este homem nunca considerou construir uma família própria pelos muitos longos anos de sua vida que passou na terra.
Quando ela estava espionando-o, ela nunca encontrou nenhuma informação sobre ele ter sequer uma amante oficial. Ela descobriu que ele tinha um grande apetite como a maioria dos vampiros, especialmente a realeza, mas parecia que ter uma amante oficial nunca foi do seu agrado. Seria porque ele nunca se apaixonou por alguém até agora? Ou talvez ele tenha se apaixonado, mas nunca permitiu a si mesmo seguir em frente ou reconhecer isso porque acreditava não valer a pena, já que era alguém destinado a partir?
Alicia achava que, conhecendo Ezequiel, sua teoria fazia muito sentido. Então seus pensamentos avançaram para as palavras que a fizeram parar de respirar. Como ele poderia lhe dizer aquelas palavras vulgares?
Ela tentou manter a calma, para não perturbar o descanso dele se seu coração começasse a acelerar como louco novamente. Ele estava mesmo falando sério sobre aquelas palavras?! Não podia ser, certo?
Talvez ele realmente pensasse em querer fazer aquilo, mas Alicia sabia que isso nunca poderia acontecer. Isso era simplesmente impossível. Em breve, ela também se iria embora. E ela nem poderia ir a qualquer lugar. Nem mesmo para o além. Uma vez que Ezequiel a abandone, ela simplesmente deixaria de existir, e ela já havia aceitado há muito tempo o seu destino que escolheu no dia em que morreu.
Faltam menos de nove dias… e depois disso, ela não seria capaz nem mesmo de abraçá-lo, senti-lo e tocá-lo como agora. Seus momentos íntimos de hoje ao amanhecer vieram novamente à tona. Esses sentimentos que a preencheram. O êxtase e o puro prazer disso. E pensar que ele só tinha usado seu… seu dedo para dar-lhe prazer. O que aconteceria se… se…
“Alicia…” ela o ouviu chamar seu nome com uma voz grave e roncante, e ela prendeu a respiração. Seu rosto corou de repente como se ela tivesse sido pega fazendo algo errado.
*Cof!* Ela tentou soar inocente. “Sim? Algum problema? Você… precisa de algo?”
“Não. Mas eu preciso que você pare de pensar no que quer que esteja pensando agora.” Ezequiel tinha um pequeno, mas sabido sorriso nos lábios.
Seu rosto esquentou ainda mais e ela mordeu suas próprias lábios envergonhada. “Você consegue dizer exatamente no que eu estava pensando?” ela retrucou, ainda mantendo sua fachada de inocência.
Ele levou algum tempo para responder. “Sim.” E o coração dela pulou uma batida em resposta.
Alicia se afastou, sua mão pressionando contra o peito largo e firme dele – algo que ela apreciou completamente enquanto mantinha contato. “Ah, é? Eu não acho.” ela falou, erguendo sua sobrancelha para ele, convencendo-se de que ele definitivamente não poderia saber exatamente no que ela estava pensando. Ele poderia dizer que ela estava pensando nele. Mas não haveria maneira dele saber exatos pensamentos que ela estava refletindo agora, certo? Certo…?!
Ele abriu seus olhos e Alicia ficou instantaneamente paralisada com o olhar que viu refletido naquela profundeza de seus olhos.
“Você está pensando em coisas… safadas, Alicia.” Ele disse diretamente, seus olhos penetrando intensamente nos dela. “Menina tonta. Eu lhe disse para se comportar, não disse? Mas aqui está você… sendo safada. De novo.”
“E de quem você acha que é a culpa? É totalmente sua culpa por dizer todas aquelas… aquelas palavras vulgares e gloriosamente exageradas!” Alicia deixou escapar. Sua voz trêmula quando ela se sentiu um pouco desequilibrada pelo olhar extremamente imponente dele que não se desviou dela nem um pouco.
Ele segurou o queixo dela e pressionou seu polegar em seus lábios novamente. “Eu não exagero em minhas palavras, Alicia. E vou te fazer dormir agora já que você provou que não consegue se comportar.” Sua voz saiu suave, mas cheia de promessa.
“O quê?! Es… espera! Não se atreva, Ezequiel!” Ela pressionou com força as palmas em ambos os lados de seu rosto, empurrando-se para cima com os joelhos enquanto pressionava as palmas em seu rosto. Com força. “Eu te disse que não quero dormir! Não sou uma criança que você pode forçar a dormir quando e onde quiser!” Alicia protestou alto, os olhos faiscando em indignação.
Um curto silêncio se passou. Então ele suspirou em rendição.
“Certo. Eu só vou fazer você desmaiar por um pouco de novo, então.” Ele disse, fazendo o queixo de Alicia cair. “Acredito que você prefira dessa forma, certo? Minha menina safada…”