Condenada Contigo - Capítulo 73

73: Demolidor 73: Demolidor Abi permaneceu imóvel como uma estátua enquanto ouvia atentamente o que estava acontecendo atrás dela. Ela ouviu um estalo, como se algo – talvez um punho? – tivesse atingido com força o rosto de alguém. Ela já tinha ouvido ossos quebrando antes quando Alex havia pisado na mão de um homem no bar, e isso soava parecido com aquilo. Segundos depois, ela ouviu o som de mais ossos quebrando, pancadas e baques. As auras assassinas que vinham de trás dela eram extremas. Ela nunca tinha sentido uma intenção assassina tão incrivelmente sombria em sua vida!

O coração de Abi começou a bater selvagemente, porque ela percebia que a luta acontecendo atrás dela era muito perigosa. Havia tantos sons vindo de trás dela, mas ela não conseguia mais compreender o que eram, e quando estava prestes a cobrir os ouvidos, tudo ficou em silêncio.

“A-alex? Você está bem? Eu vou abrir os olhos”, disse ela, quando não aguentou mais. Ela estava muito preocupada com ele e queria desesperadamente saber se Alex estava bem. Ela sabia que ele não era fraco – na verdade, ela já tinha visto o quão perigoso ele era quando derrubou aquele homem no bar – mas, ainda assim, ela não conseguia deixar de se preocupar.

“Alex!” ela chamou novamente e, quando não ouviu resposta, se virou, mas antes que pudesse abrir os olhos, um par de mãos grandes cobriu seus olhos.

“Que cordeirinho desobediente.” Ela ouviu a voz de Alex e percebeu que era ele quem a segurava.

“O que está acontecendo?” ela perguntou, mas o homem não respondeu.

Depois de meio minuto, Alex finalmente tirou as mãos dos olhos dela. Abi olhou para ele e depois olhou atrás dele. Não havia ninguém por perto.

“Onde está…” ela olhou para ele confusa e com um milhão de perguntas em seus olhos. Seus olhos brilhantes e seu longo casaco preto o faziam parecer o vilão mais bonito. Ela o examinou e ele não tinha nenhum ferimento, nem mesmo sujeira nas roupas.

O homem apenas passou os dedos pelos cabelos e soltou um suspiro.

“Ah. Ele fugiu”, respondeu. Sua expressão voltou ao seu habitual olhar relaxado como se nada tivesse acontecido.

“E-ele?”

“Mm. Seu perseguidor.”

“Meu perseguidor? Eu não tenho um perseguidor”, ela argumentou. Ela já trabalhava ali há anos e nunca havia vivenciado uma perseguição antes – isso acontecia porque Kelly já havia lidado com todos eles antes que ela descobrisse – mas, mesmo assim, essa foi a primeira vez ela sentiu aquele tipo de sensação arrepiante, como se alguém realmente tivesse intenções assassinas em relação a ela.

“Você tem… mas eu acabei de derrotá-lo, então ele escapou”, ele insistiu casualmente. Abi olhou para ele com desconfiança, mas o homem de repente pegou-a no colo e a colocou dentro de um carro, antes de caminhar em volta e se sentar no assento do motorista.

Ele ligou o motor e olhou para a Abi.

“O quê, você não está feliz por eu ter voltado?” perguntou ele, ostentando aquele sorriso travesso e encantador que Abi havia sentido tanta falta.

Abi foi forçada a devolver a atenção a ele.

Se ajoelhou no banco do passageiro e se virou em direção a ele. Apoiou as mãos em seus ombros enquanto olhava profundamente em seus olhos. Aquela expressão infernal havia sumido, sem deixar rastro de que estivera lá.

“Eu estou… achei que você não viria”, disse a ele enquanto mordia o lábio. “Obrigada por me salvar”, acrescentou e o abraçou.

O sorriso travesso de Alex desapareceu. Por algum motivo, o que ela disse fez ele parecer descontente, como se não gostasse que ela o agradecesse porque ele não merecia isso.

Mas então, seu humor mudou rapidamente novamente.

“O quê? Você achou que eu morri ou algo assim?” ele perguntou arrogantemente e os olhos de Abi se arregalaram.

Ela o encarou com olhos arregalados e, no momento seguinte, seus lábios tremeram.

“Eu… eu nunca… nunca pensaria assim… eu nunca pensaria que você… que você estaria…” ela gaguejou e então lágrimas começaram a cair de seus olhos.

Alexander ficou sem palavras. Ele não entendia essa menina. Por que ela estava chorando de repente?

“Ah… não acredito nisso.” Ele passou os dedos pelos cabelos enquanto olhava para o cordeirinho chorão que o encarava. “Minha namorada não é apenas um cordeirinho ingênuo e uma frutinha verde. Ela também é chorona.” Ele balançou a cabeça, embora não parecesse irritado nem frustrado. Segurou o rosto dela e limpou as lágrimas com o polegar.

“Como uma criatura como você acabou com alguém como eu?” ele perguntou e Abi bufou. “Sigh… pare de chorar agora –”
“É porque você está dizendo coisas tão horríveis. Por que você acha que eu pensaria dessa maneira?!” ela discutiu como uma criança injustiçada.

A boca de Alex se abriu. “Então você está realmente chorando não por causa do que aconteceu, mas por causa do que eu disse? Você é tão inacreditável, Abigail. Não tenho palavras para você.”

“Por favor, não diga coisas assim novamente!”

“Ei, aquilo foi uma piada, certo? Eu sei que um cordeirinho como você nem pensaria nisso. Eu sei que você provavelmente até gostaria de dar um enterro decente para os mosquitos mortos, então… ah, o que estou dizendo?” Ele balançou a cabeça e beliscou a pele entre suas sobrancelhas.

“Sente-se, Abigail, e coloque o cinto de segurança”, disse em seguida e a menina fez o que lhe foi pedido.

No momento seguinte, ele acelerou o carro e o carro disparou como uma bala.

Alex estava esperando que ela gritasse ou implorasse para ele desacelerar, mas isso não aconteceu. Ele olhou para ela e, para sua surpresa, a boca da menina até formou um’ O’ como se não pudesse acreditar no que estava acontecendo. Na verdade, ela parecia emocionada!

Ele balançou a cabeça novamente. Essa era a mesma menina que tinha chorado por causa de uma piada há pouco tempo. A mesma menina… essa frutinha…
Todas as meninas com quem Alex dirigiu assim choraram e gritaram, e algumas até ficaram traumatizadas e nunca mais quiseram andar com ele, mas esse cordeirinho… como ela podia ser tão corajosa e tão fraca ao mesmo tempo? O que era ela?

Alex acelerou ainda mais para avaliar sua reação, mas a menina não mostrou nem uma ligeira ponta de medo. Ela realmente era uma destemida, ele estava certo disso agora.

O carro então parou no meio de uma bela ponte com vista para o horizonte da cidade.

Ele olhou para Abi e pegou sua mão.

“Seus arranhões finalmente cicatrizaram?” ele perguntou e Abi assentiu.

“Sim.”

Alex examinou sua mão e ficou contente ao ver que realmente estava melhor. Ele então olhou para ela com o olhar mais sexy, mais sedutor em seus olhos e aquele maldito sorriso irresistível e maravilhoso nos lábios e disse, “Bom. Porque eu vou fazer você pagar suas dívidas hoje à noite.”