Condenada Contigo - Capítulo 63

63: Algodão doce 63: Algodão doce “Você gostou do sorvete?”

“Sim, eles são super deliciosos! Obrigada, Abi,” O sorriso dela era tão radiante que Abi não pôde evitar apertar a menininha super fofa em seus braços.

“Fico feliz. Tem mais algum lugar que você quer ir ou algo que quer fazer?”

“Acho que gostaria de ter um encontro com você no parque,” ela disse fofamente.

“Só isso? Tem certeza?” Abi insistiu.

“Mn,” a menina pequena disse com um aceno.

Abi só podia balançar a cabeça com o simples pedido da menina. Ela se perguntava se Pequena Betty tinha algum sonho maior enquanto pegava a mão da menina e seguia em direção ao parque.

Abi foi puxada de volta ao presente quando a menina começou a falar sobre um livro que a cuidadora do orfanato leu para ela na noite passada. A história era da Chapeuzinho Vermelho. A menina continuou seu monólogo em meio a lamber o sorvete derretido em sua mão até encontrarem um banco no parque.

“Abi, obrigada por ficar comigo hoje. Estou tão feliz. Não estou triste por não ter pais. Estou feliz contanto que eu tenha você.” Então ela abraçou Abi com força e Abi a abraçou de volta.

Pequena Betty era uma menina tão doce e preciosa. Desde que Abi descobriu sobre a condição da Pequena Betty, ela desejava que um milagre acontecesse para que essa menina pudesse pelo menos ser salva, mesmo que parecesse que milagres realmente não existiam mais – não houve milagre para sua mãe, afinal e ela sabia que não haveria milagre para ela também. Ainda assim, ela desejou isso porque talvez, apenas talvez, um milagre acontecesse para Pequena Betty.

Enquanto abraçava a menina, Abi viu uma barraca de algodão doce do outro lado da rua. Ela se afastou do abraço e perguntou à menina.

“Você quer algodão doce?”

A menina adorava comida como ela, então, é claro, ela acenou com entusiasmo. Abi olhou em volta e viu que não havia muitas pessoas no parque, então decidiu que era seguro para Pequena Betty ficar no banco. Ela não gostava de esgotar Pequena Betty, especialmente com sua condição. Além disso, a barraca não estava muito longe. Ela voltaria em pouco tempo.

“Fique aqui, tá? Espere por mim e não se mexa enquanto eu vou comprar o algodão doce,” Abi disse a ela. Assim que a menina acenou e prometeu esperar por ela no banco, Abi finalmente se levantou e caminhou em direção à barraca de doces.

Abi continuou checando a menina enquanto chegava à barraca de algodão doce e viu que a menina também estava olhando para ela enquanto sentada no banco com suas perninhas balançando para dentro e para fora. Abi acenou para ela e recebeu um aceno de volta.

O céu estava começando a mudar de cor, do amarelo para um tom avermelhado, indicando que estava quase crepúsculo, mas Abi, que agora estava ocupada com o vendedor, ainda não prestava atenção na hora.

Assim que o algodão doce rosa estava em sua mão, Abi sorriu para a menina que ainda aguardava pacientemente no banco enquanto caminhava em direção à faixa de pedestres.

No entanto, ela deu apenas três passos quando, de repente, um carro em alta velocidade passou por ela, quase a atingindo.

Não a atingiu, mas Abi caiu para trás como uma folha sendo levada por um vento forte. Ela, junto com o algodão doce, caiu no chão enquanto o carro que apareceu do nada se afastava rapidamente da cena.

“Oh, céus! Qual é o problema daquele motorista?!!” As pessoas que viram o que aconteceu começaram a xingar o motorista daquele carro, que nem se incomodou em parar, enquanto algumas senhoras se aproximaram para ajudá-la a levantar.

“Você está bem?” perguntaram e Abi finalmente se recuperou do susto. Seu coração ainda batia forte com a adrenalina enquanto o que aconteceu finalmente entrou em sua mente. Tudo aconteceu tão rápido! Um segundo ela estava sorrindo, caminhando em direção à menina com algodão doce nas mãos e no momento seguinte, estava sentada depois de quase ser atingida por um carro! Ela viu o algodão doce coberto de poeira no chão e virou a cabeça em direção ao banco onde deixou Pequena Betty.

Quando viu que Betty já estava correndo em sua direção, ela forçou um sorriso para as senhoras e bateu a poeira de seu traseiro.

“Estou bem. Muito obrigada.” Ela agradeceu com um sorriso enquanto Betty finalmente chegava até ela.

“Abi! Você está bem?!” ela perguntou, preocupada enquanto se agarrava na perna de Abi.

Abi imediatamente se agachou e abraçou a menina. Fazer essa menina se preocupar era a última coisa que ela queria.

“Estou bem, querida. Na verdade, evitei o carro, não sou ótima? Haha” Ela sorriu para a menina preocupada para mostrar que estava bem. Ela viu o peito da menina subindo e descendo rapidamente como se fosse ter um ataque de pânico, então Abi imediatamente a acalmou. “Esta sua irmã mais velha pode evitar até o carro mais rápido. Olha, nem me machuquei,” continuou ela e deixou a menina examiná-la. Quando Pequena Betty viu que ela não tinha feridas, seu rosto começou a relaxar e sua respiração começou a diminuir, fazendo Abi suspirar aliviada.

“Ah oh, o doce… Vou comprar outro para você!” Abi imediatamente concentrou sua atenção no doce. A menina olhou para ele e mordeu os lábios antes de se virar para Abi.

“Tudo bem, Abi. Eu não quero mais algodão doce,” disse ela enquanto acariciava o rosto de Abi como se estivesse tentando acalmar sua irmã mais velha, fazendo Abi rir.

“Awn… você é a mais doce. Mais doce do que qualquer algodão doce.” Abi sorriu e a abraçou e, enquanto fazia isso, sentiu seu batimento cardíaco se estabilizar, então finalmente se levantou.