Casamento Surpresa com um Bilionário - Capítulo 74
- Home
- Casamento Surpresa com um Bilionário
- Capítulo 74 - 74 Uma Concussão Leve 74 Uma Concussão Leve Chuva se sentiu um
74: Uma Concussão Leve 74: Uma Concussão Leve Chuva se sentiu um pouco tonta enquanto observava Matt sair do carro para confrontar o motorista do veículo que acabara de bater neles por trás. Ela olhou para o relógio de pulso, depois de volta para Matt, que estava envolvido em uma conversa tensa com o outro motorista.
Seus pensamentos foram interrompidos pelo toque de seu celular. O identificador de chamadas mostrava um número desconhecido, mas ela atendeu mesmo assim.
“Ouvi dizer que você está assumindo o caso Ordem Obsidiana. Como você está se sentindo, Promotora Clayton? Espero que ainda esteja inteira,” a voz barítona e profunda de um homem provocou do outro lado, seguida por uma risada sinistra.
A mão de Chuva apertou o telefone enquanto o homem continuava, sua voz pingando ameaça. “Confio que você fará uma escolha sábia ao lidar com este caso, Promotora Clayton. Seria uma pena se este se tornasse seu primeiro e último caso como promotora.”
Um calafrio percorreu a espinha de Chuva, mas ela manteve a voz firme. “Quem é você?”
O homem deu uma risada sombria. “Vamos dizer que sou alguém que valoriza a discrição. Lembre-se, nem toda luta vale a pena. Cuide-se, Promotora.”
A ligação terminou abruptamente, deixando Chuva olhando para o celular com a mandíbula apertada. Ela olhou pela janela, observando enquanto Matt continuava sua conversa com o outro motorista.
Esse não foi um acidente comum. Alguém já estava observando-a, e queriam que ela soubesse disso. Ela respirou fundo, se fortalecendo. Quem quer que estivesse por trás disso não a intimidaria tão facilmente. Ela tinha um trabalho a fazer, e não iria recuar. Mas uma coisa era clara: o caso Ordem Obsidiana era ainda mais perigoso do que ela havia previsto.
Matt voltou para o carro, sua expressão séria. “O motorista alega que os freios falharam, mas eu não acredito nisso. Você está bem?”
Chuva assentiu lentamente, sua mente ainda no telefonema perturbador. “Sim, estou bem. Mas isso não foi um acidente.”
Os olhos de Matt se estreitaram enquanto ele processava suas palavras. “Aconteceu alguma coisa?” ele perguntou, percebendo o quanto Chuva estava segurando firmemente o celular. Seu olhar voltou para ela. “Você recebeu uma ligação?”
Chuva hesitou por um momento antes de decidir compartilhar. “Acabei de receber uma ligação de alguém, mais como uma ameaça. Preciso que você rastreie o número.”
A expressão de Matt mudou de preocupação para alarme. “O que eles disseram?”
“Eles insinuaram que este caso poderia ser meu primeiro e último como promotora se eu não lidar com isso com sabedoria,” disse Chuva, sua voz firme apesar da situação perturbadora. “Certifique-se de verificar o motorista e o carro que nos atingiu também—”
As palavras de Chuva falharam enquanto uma onda repentina de tontura a dominava. Ela instintivamente tocou sua têmpora, tentando se estabilizar, mas sua visão se turvou.
“Eu cuidarei disso, mas primeiro, vamos levá-la ao hospital. Precisamos ter certeza de que você está bem,” Matt insistiu, seu tom firme.
Antes que Chuva pudesse argumentar, o mundo ao seu redor escureceu, e ela desmaiou.
Quando Chuva recuperou a consciência, ela se encontrou na sala de emergência familiar do Hospital Universitário Clayton.
“Como você está se sentindo?” uma voz perguntou. Chuva piscou várias vezes, tentando focar.
“Alexandre?” ela respirou, olhando para o homem à sua frente de cima a baixo. Ele estava vestido com jeans e uma camiseta que estava manchada de graxa e poeira. Seu visual usualmente polido foi substituído por uma aparência robusta, mais típica de alguém que trabalha com carros ou maquinário.
Em vez de responder à sua pergunta, ela exclamou, “O que aconteceu com você?”
Ele olhou para suas roupas sujas e então de volta para ela com um leve sorriso irônico. “Longa história. Digamos que eu precisei dar uma mão onde era necessário.”
Chuva franziu o cenho, seus pensamentos ainda turvos. “Você parece que esteve consertando carros.”
“Não exatamente, mas perto disso. Como você está se sentindo? Você se lembra do que aconteceu?”
Ela tocou sua cabeça, sentindo uma dor surda. “Lembro do acidente… e então…” Seus olhos se arregalaram levemente conforme a lembrança da ligação ameaçadora voltava com força. “Preciso falar com o Matt. Onde ele está?”
“Ele está lá fora, cuidando do motorista e de alguns documentos,” Alexandre explicou, seu tom se tornando mais sério. “Mas não se preocupe com isso agora. Os médicos dizem que você vai ficar bem, apenas uma leve concussão.”
Chuva suspirou aliviada, mas sua mente já estava acelerada. “Eu preciso voltar para o caso. Há algo… Acho que isso foi mais do que um acidente.”
A expressão de Alexandre endureceu. “Eu tinha a sensação de que você diria isso. Mas primeiro, vá com calma. Podemos resolver tudo assim que você estiver um pouco mais firme.”
Chuva olhou para Alexandre com os olhos apertados, sua mente lutando para processar a visão diante dela. Ela beliscou a própria pele, estremecendo com a dor. Ela estava realmente acordada e não sonhando. “Por que você está aqui? Como você me encontrou?” ela perguntou, sua voz tingida de confusão.
Antes que Alexandre pudesse responder, uma voz familiar e provocativa cortou o quarto. “Olha só quem está aqui! Ouvi dizer que minha meia-irmã foi levada às pressas para a nossa sala de emergência, mas não esperava ver o marido dela também.”
Chuva virou para ver Dina se aproximando de sua cama, seu sorriso tingido de zombaria enquanto olhava entre Chuva e Alexandre. O jaleco branco impecável de Dina, um símbolo de seu papel como estagiária médica no hospital de seu pai, contrastava fortemente com a aparência suja de Alexandre. Chuva não podia deixar de se perguntar como alguém com a atitude de Dina poderia ser confiável para salvar vidas.
“Então, você é o suposto marido da Chuva,” Dina zombou, sua voz pingando desprezo. “De que adianta ter boa aparência se está coberto de sujeira assim? Você veio correndo para cá direto de trabalhar em carros velhos?” Seus olhos brilhavam com uma diversão cruel enquanto ela menosprezava Alexandre. “Bem, eu suponho que isso é de se esperar da minha irmã ilegítima. Pelo menos ela conseguiu alguma coisa com isso—alguma beleza, eu admito.”
“Dina!” a voz de Chuva estava áspera, seu rosto ruborizado de raiva.
Os olhos de Dina se arregalaram em inocência fingida enquanto ela flutterava seus cílios e inclinava levemente a cabeça. “O quê?”
“Já que você está aqui, por que não apresenta seu marido ao Papai? Tenho certeza de que ele ficará encantado e pode até deixar você ver a Tia Melanie,” Dina disse, seus lábios se curvando em um sorriso malicioso enquanto ela saboreava o desconforto que estava causando.
Chuva se virou para Alexandre, que estava com a mandíbula tensa e as sobrancelhas franzidas. Sua postura estava rígida, seus olhos escuros de frustração. Ela mordiscava o lábio inferior, seu olhar alternando entre Dina e Alexandre, seus dedos mexendo na beirada do cobertor do hospital.
“Você está enganada,” Chuva disse baixinho, sua voz mal ultrapassando um sussurro.
As sobrancelhas de Dina se juntaram em confusão. Ela inclinou a cabeça e ergueu uma sobrancelha, seus lábios se curvando em um meio sorriso questionador. “Ele não é seu marido?”