Casamento Surpresa com um Bilionário - Capítulo 72
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- Capítulo 72 - 72 Caso da Ordem Obsidiana 72 Caso da Ordem Obsidiana Rain
72: Caso da Ordem Obsidiana 72: Caso da Ordem Obsidiana Rain acordou cedo e seguiu para o Gabinete do Promotor de Cidade Meta, esperando o costumeiro monte de casos pendentes em sua mesa. Ao passar pelos arquivos, um em particular chamou sua atenção. Ela estava à frente da Unidade de Crime Organizado, então não conseguia entender por que um caso de furto em loja tinha acabado em sua mesa.
Ela pegou o arquivo e o mostrou para Marlon, que estava ocupado organizando mais documentos em sua mesa. “Este caso não deveria estar com a Unidade de Crimes Violentos?” Rain perguntou, franzindo a testa.
Marlon coçou a cabeça, parecendo um pouco envergonhado. “O Promotor Karl Brown pegou o caso da Ordem Obsidiana e trocou pelo esse.”
A expressão de Rain escureceu. “Sem me perguntar primeiro?”
“Sim, ele costuma fazer isso com os recém-chegados. Ele fica com os casos mais complicados e deixa os mais simples,” Marlon explicou.
Rain tamborilou os dedos na mesa, frustrada. Por que eles haviam sequer dividido a unidade de crimes graves em equipes especializadas se iriam apenas trocar os casos a bel-prazer? Não teria sido um problema se o Promotor Karl Brown a tivesse consultado antes. Um simples ato de cortesia, como verificar se a troca de casos era aceitável, já seria suficiente.
“Devo me sentir grata ou ofendida?” Rain murmurou, balançando a cabeça.
Marlon sorriu. “Depende. Se você for preguiçosa, vai ficar grata. Se gosta de um desafio, provavelmente vai se ofender?”
Rain sorriu sem jeito para Marlon, que estava batendo os cílios e exibindo seus dentes brancos para ela. Ela podia dizer que Marlon estava passando mais tempo em seu escritório do que o necessário, possivelmente tentando testar as águas com ela. Ela não era tola e percebia claramente suas intenções.
“Volte para sua mesa, Marlon. Eu te chamo se precisar de alguma coisa, certo?” ela disse firmemente. Alguns homens simplesmente não sabiam se comportar perto de mulheres casadas. Será que ele não via sua aliança de casamento? Mesmo que ela não tivesse anunciado seu casamento, o anel no seu dedo deveria ter sido um claro indicativo de que ela já estava comprometida.
Ela se levantou da cadeira, arquivo do caso em mãos, e se preparou para resolver o problema.
Marlon hesitou. “Você vai sair?”
“Sim, eu preciso recuperar meu caso,” ela respondeu com um sorriso antes de sair. “Acho que não sou do tipo preguiçosa,” ela murmurou enquanto caminhava em direção às portas.
Ela seguiu em direção à Unidade de Crimes Violentos no andar de cima, onde tinha sido apresentada à equipe no dia anterior. Infelizmente, o Promotor Karl Brown não estava em seu escritório ontem; ele estava em um julgamento.
A determinação de Rain só cresceu. Ela não iria permitir que outra pessoa ditasse sua carga de trabalho. Aquilo não estava certo para ela de jeito nenhum. Ela subiu as escadas para a Unidade de Crimes Violentos, seus saltos clicando contra o piso de mármore a cada passo.
O caso que ela segurava em sua mão estava queimando um buraco em seus pensamentos, e ela não conseguia sacudir a sensação de que o Promotor Karl estava olhando para baixo querendo tirá-lo dela. Ela não era de recuar diante de um desafio, e queria provar que poderia lidar até mesmo com os casos mais difíceis.
Ao chegar à porta da Unidade de Crimes Violentos, ela respirou fundo antes de bater. A porta estava entreaberta, e ela podia ouvir o zumbido baixo de vozes lá dentro. Sem esperar por uma resposta, ela abriu e entrou.
O ambiente estava movimentado, com promotores e investigadores reunidos em torno de mesas, discutindo casos em andamento. A presença de Rain atraiu alguns olhares curiosos, mas a maioria estava ocupada demais em suas tarefas para notá-la.
“Com licença,” Rain disse, sua voz cortando o barulho do ambiente. “Estou procurando pelo Promotor Karl Brown.”
Um homem alto com uma expressão séria levantou os olhos de sua mesa. “Ele não está aqui agora. Ele está em tribunal,” ele disse, olhando para o arquivo na mão de Rain. “Posso ajudá-la com algo?”
“Eu sou Rain Clayton,” ela se apresentou mais uma vez, oferecendo um sorriso educado. “Sou a nova promotora designada para a unidade lá embaixo. Notei que o Promotor Karl trocou um dos meus casos com este,” ela ergueu o arquivo, “sem me consultar primeiro.”
Ela viu que não havia razão para não ser direta com eles para garantir que ninguém, como o Promotor Karl, trocasse seus casos sem consultá-la primeiro.
O homem levantou uma sobrancelha. “Você deve ser a nova estrela sobre a qual todos estão falando. Eu sou o Promotor Han,” ele disse, estendendo a mão. Rain apertou-a educadamente.
Ele continuou, “O Promotor Karl tende a se inclinar para os casos de alto perfil, então ele provavelmente pensou que estava fazendo um favor ao te dar algo mais… gerenciável.”
O sorriso de Rain apertou. “Agradeço o pensamento, mas prefiro lidar com meus próprios casos. Estou aqui para trocar de volta.”
O homem riu, balançando a cabeça. “Bem, você tem coragem, vou conceder isso. Mas o Karl não gosta que mexam nos casos dele. Tem certeza de que quer mexer com as penas dele no seu segundo dia?”
Rain encontrou seu olhar firmemente. “Tenho certeza. Não vim aqui para jogar pelo seguro.”
Ele a observou por um momento, depois acenou com a cabeça. “Certo, eu respeito isso. Você encontrará o Karl na sala do tribunal 3B. Boa sorte.”
“Obrigada,” Rain respondeu, girando nos calcanhares e saindo pela porta.
***
Quando Rain saiu, quase todos os olhos estavam voltados para ela.
“Isso é uma novidade, certo?” um dos promotores comentou. “Sim, é a primeira caloura que não gostou de ter seus casos mexidos,” o Promotor Han respondeu.
A Ordem Obsidiana era um caso significativo, envolvendo tráfico de drogas, tráfico humano, homicídios, cibercrime, violações da Lei RICO e lavagem de dinheiro.
“Ela ainda é nova, então está praticamente em sua fase de ‘teste pelo fogo.’ Vamos ver quanto tempo ela dura. Aposto que não dura mais de uma semana. Já fez sua aposta?” outro promotor provocou.
Han riu, “Você sabe se o Promotor Karl fez uma aposta?”
“Ah, ele fez. Surpreendentemente, ele é o único que apostou na duração mais longa—cinco anos, para ser exato. O suficiente para ela se tornar juíza, talvez?” o promotor zombava.
“Hmm, isso é interessante…” Han refletiu, esfregando o queixo. Seus pensamentos foram interrompidos pelo toque de seu celular. Ele rapidamente se desculpou para atender a ligação.
No outro extremo, uma voz falou com urgência, “Quero que você monitore o caso da Ordem Obsidiana.”
Han sussurrou de volta, “Sim, o Promotor Karl Brown pegou, mas a nova promotora da Unidade de Crime Organizado, Rain Clayton, está planejando recuperar o caso.”
Houve uma breve pausa, então a voz continuou, “Entendido. Mantenha-me atualizado.”