Casamento Surpresa com um Bilionário - Capítulo 70
- Home
- Casamento Surpresa com um Bilionário
- Capítulo 70 - 70 Conseguiu uma liderança 70 Conseguiu uma liderança Chuva
70: Conseguiu uma liderança 70: Conseguiu uma liderança Chuva bocejou novamente ao entrar em seu apartamento, tentando afastar a sonolência. Clifford estava sentado no sofá, sua expressão sombria, enquanto Sanya estava acomodada ao lado dele, completamente absorta no que estava passando na televisão.
“Você finalmente voltou,” Clifford comentou, seu tom carregado de preocupação.
“Eu já disse a ele que você deixou propositalmente o seu celular porque hoje à noite você precisava fazer um trabalho secreto com Brandon,” Sanya interveio sem desviar o olhar da tela. “Mas ele ainda assim ficou louco de preocupação, mesmo depois de termos ligado para o Brandon e confirmado que você estava segura e que Alexandre te deixaria em casa.”
Chuva riu, olhando para o relógio na parede. “Vocês dois planejam ficar acordados até tarde novamente?” ela perguntou, mais um bocejo se escapando.
“Vá dormir logo,” Sanya respondeu, fazendo um sinal para que ela saísse.
“Ah, por falar nisso…” Chuva murmurou, caindo preguiçosamente em um dos sofás vagos.
“O que foi?” Clifford perguntou, sua voz afiada de preocupação.
“Eu preciso arrumar algumas das minhas coisas,” Chuva disse, abafando outro bocejo. “Eu vou ficar com o Alexandre na propriedade da família dele pelos próximos quatro meses.”
“O quê?! Eu acabei de chegar e você já vai embora?” Clifford explodiu, incapaz de ocultar sua frustração.
Sanya riu, provocando-o, “Você tem seu próprio apartamento, então por que está insistindo em ficar aqui afinal?”
Clifford coçou a cabeça, envergonhado. “Bem, eu pensei que seria legal morarmos juntos, como nos velhos tempos. Eu moro sozinho e fica muito solitário.”
Chuva lhe ofereceu um pequeno sorriso de desculpas. “Me desculpe, Clifford, mas isso faz parte do meu acordo com o Alexandre. Além disso, o pai dele é uma pessoa muito boa, e eu realmente gosto dele. Eu acho que minha estadia lá será prazerosa.”
“Vocês dois já são próximos? Ele sabe do acordo?” Sanya perguntou, sua curiosidade aguçada.
“Sim, ele está ciente,” Chuva confirmou.
“E ele está só de acordo com isso?” Clifford exclamou, ainda lutando para entender a situação.
Chuva assentiu, suas bochechas corando ligeiramente enquanto acrescentava, “Ele disse que gosta de mim para o filho dele.”
Clifford gemeu, recostando-se no sofá. “Não passou pela sua cabeça que ele possa ser o responsável por esse plano?”
Chuva deu de ombros, descartando a ideia com um gesto da mão. “Clifford, não há nada com o que se preocupar, tá? Meu casamento ainda está sob investigação e logo descobriremos como as coisas acabaram assim.” Então ela se voltou para Sanya, buscando apoio. “Certo, Sanya?”
Chuva notou Sanya encolher-se, seu rosto subitamente empalidecendo. “Sanya, você está bem?” Chuva perguntou, sua preocupação evidente.
Clifford, alheio à reação de Sanya, continuou a reclamar. “Certo, Sanya? Por que essa investigação está demorando tanto? Brandon não costuma enrolar desse jeito. Quem é o investigador que ele designou? Eles devem estar relaxando!”
Sanya assentiu rapidamente, sua voz um pouco trêmula. “C-certo, exatamente hoje de manhã, o investigador conseguiu uma pista sobre quem poderia ter se passado por Alexandre, mas ele queria ter certeza de que é a pessoa certa…”
Chuva se inclinou para a frente, suas suspeitas crescendo. “Quem?” ela perguntou, embora já tivesse um palpite.
Sanya hesitou, então finalmente respondeu, “Você estava certa. É o William Lancaster, o irmão mais novo do Alexandre.”
“O quê?” Clifford exclamou, seu rosto escurecendo. “E quem é a mulher que teve a audácia de se passar por Chuva?”
O rosto de Sanya empalideceu ainda mais. “Uh, ainda não temos uma atualização sobre isso,” ela gaguejou.
Chuva franziu a testa, notando as gotas de suor formando na testa de Sanya. “Você tem certeza de que está bem?” ela perguntou, sua preocupação aumentando.
“Sim, é só… meu estômago. Eu realmente preciso ir!” Sanya exclamou antes de correr para o seu quarto e bater a porta atrás dela.
Clifford olhou para a mesa cheia de petiscos e embalagens vazias. “Não é de se admirar que ela esteja com dor de estômago, comendo todo esse lixo,” ele murmurou.
Chuva, ainda com uma expressão séria, ficou olhando para a porta fechada de Sanya. Algo parecia errado, mas ela decidiu dar tempo. Não adiantaria pressionar Sanya quando ela claramente não estava pronta para conversar.
Clifford quebrou o silêncio com um suspiro. “Tem alguma coisa que eu possa fazer para te impedir dessa loucura?” ele perguntou, sua voz agora mais suave.
Chuva sorriu tranquilizadora. “Nada, Clifford. Eu sei o que estou fazendo. Puxa, já estamos juntos há mais de dez anos. Você já deveria me conhecer de cor.”
Clifford suspirou novamente, exasperado. “Quando você quer que eu marque a visita ao laboratório? O Dr. Ivan quer discutir muitas coisas com você antes do lançamento do nosso novo medicamento durante o aniversário.”
Chuva assentiu, abafando outro bocejo. “Vamos fazer isso na próxima semana, no Sábado e no Domingo.”
“Tudo bem, eu vou organizar o voo então!” Clifford disse, animando-se.
Chuva apenas balançou a cabeça, divertida com seu entusiasmo. “Eu vou me deitar,” ela anunciou, levantando-se e indo para o seu quarto.
Uma vez dentro, ela se arrastou preguiçosamente para a cama, ainda envolta no casaco de Alexandre. O cheiro familiar a envolvia, confortante e quente. Ela sabia que deveria se levantar e se limpar, mas seu corpo se recusava a se mover. O calor do casaco parecia um abraço protetor, como se o próprio Alexandre estivesse lá, segurando-a perto.
“Eu deveria me limpar,” ela murmurou, mas seus olhos já estavam fechando, sua mente se desviando para um sono tranquilo, envolvida na confortante ilusão do abraço de Alexandre.
Chuva subitamente acordou, seus olhos arregalados com a realização. “Eu estou enlouquecendo!” ela murmurou, dando um leve tapa em seu rosto para afastar a sonolência e as emoções ameaçadoras que a sobrecarregavam.
Sem perder mais um momento, ela apressadamente desabotoou e removeu o casaco de Alexandre, jogando-o de lado como se fosse a fonte de sua confusão. Ela precisava focar, manter a guarda alta, ou arriscava se machucar de novo—tal como aconteceu com o Paulo.
Ao se postar em frente ao espelho do banheiro, escovando os dentes, Chuva franziu a testa para o seu reflexo.
Memórias de Paulo brilharam em sua mente, a traição, a dor. Porém, ao examinar seu rosto, ela notou algo estranho. A dor que ela havia sentido quando descobriu a infidelidade de Paulo parecia agora distante, quase atenuada. Era mais como uma dor surda do que a picada aguda que ela havia antecipado. Na verdade, ela se deu conta com alguma surpresa que sentia mais alívio do que tristeza.
“Por que eu não estou tão magoada quanto deveria estar?” ela se perguntou, enxaguando a boca e enxugando o rosto com uma toalha.