Casamento Surpresa com um Bilionário - Capítulo 64
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- Capítulo 64 - 64 Dívidas 64 Dívidas No Clube do Cavalheiro
64: Dívidas 64: Dívidas No Clube do Cavalheiro
Alexandre afrouxou sua gravata e a jogou de lado, sentindo o peso da noite pesar sobre ele enquanto esperava na sala VIP mal iluminada. Ele havia chegado mais cedo do que o usual ao Clube do Cavalheiro, determinado a obter respostas de Chuva—respostas que ela vinha evitando por muito tempo. O lounge privativo apenas intensificava a tensão, sua silenciosa luxúria ampliando sua frustração.
Hoje à noite, ele estava decidido a confrontá-la, a descobrir a verdade por trás de suas ações. A ideia dela se apresentando para outros, dançando sedutoramente sob luzes tênues, fazia seu sangue ferver. Era uma imagem da qual ele não conseguia se livrar — um contraste gritante com a Chuva que ele conhecia, ou achava que conhecia.
Ele desabotoou sua camisa, tentando dissipar a onda súbita de calor e a sensação sufocante que apertava seu peito. Ele não tinha certeza se era raiva, ciúmes ou algo totalmente diferente, mas isso estava o enlouquecendo.
A porta finalmente rangeu ao abrir, e ele prendeu a respiração quando Chuva entrou, disfarçada de Crepúsculo. Seu vestido era mais uma peça de tentação, abraçando seu corpo nos lugares certos. Ele não pôde deixar de se lembrar da noite em que tinha visto o que estava por baixo daquele vestido — cada curva, cada centímetro dela gravado em sua memória.
Ele murmurou um palavrão em voz baixa, incapaz de controlar totalmente sua reação.
A voz de Chuva quebrou o silêncio, suave e provocativa enquanto ela se aproximava dele com aquele sorriso característico. “Ouvi dizer que você me reservou exclusivamente esta noite, mas você não quer que eu me apresente? Apenas para ficar aqui com você?”
Suas palavras eram carregadas de desafio, mas Alexandre podia ver as camadas por baixo — as muralhas que ela construíra ao seu redor. Ele não estava aqui para jogar. Ele queria a verdade, e estava preparado para fazer o que fosse necessário para obtê-la.
“Por que você está fazendo isso, Chuva?” ele perguntou, sua voz baixa e controlada, embora a tensão fosse evidente. “Você é melhor do que isso. Você não precisa se exibir na frente desses homens.”
O sorriso de Chuva não vacilou, mas havia um lampejo de algo em seus olhos — desafio, talvez. “Por que isso importa para você, Alexandre?”
Chuva já não discutia mais com Alexandre. Ela não confirmava nem negava que era Chuva, optando por manter suas emoções trancadas. Mas por dentro, uma tempestade estava se formando. As ações de Alexandre estavam rasgando sua determinação, deixando-a mais confusa do que nunca. Por que ele parecia se importar tanto?
O contrato deles sempre foi claro — eles eram livres para viver suas próprias vidas separadas, sem serem sobrecarregados pelos assuntos um do outro. No entanto, aqui estava ele, agindo como se ela significasse algo para ele. Isso não fazia sentido, e a contradição entre suas ações e o acordo que haviam feito estava consumindo-a.
Ela deveria estar no controle, manter distância, mas sua intensidade estava derrubando as paredes que ela cuidadosamente construíra. Chuva não conseguia deixar de se perguntar: Era uma preocupação genuína, ou havia algo mais em jogo?
Ele se levantou, dominando-a com sua altura, sua frustração transbordando. “Isso me preocupa porque você ainda é minha esposa, mesmo que apenas no papel. E a ideia de qualquer outra pessoa vê-la assim—” Ele se interrompeu, o maxilar apertado. “Isso precisa parar.”
Chuva piscou quando a realização a atingiu, suas últimas palavras ecoando em sua mente. O contrato deles declarava que eles eram livres para fazer o que quisessem, contanto que não manchassem o nome um do outro. O acordo era simples, oferecendo a ambos a liberdade que desejavam, ainda assim, aqui estavam eles, emaranhados em uma teia de emoções e expectativas não ditas.
Por que ele estava reagindo tão fortemente? Era realmente sobre proteger a imagem deles, ou havia algo mais profundo motivando sua preocupação? Os pensamentos de Chuva giravam em confusão.
Chuva inclinou a cabeça, seu sorriso desaparecendo enquanto ela estudava seu rosto. “E se eu recusar? E então, Alexandre? Você vai me arrastar daqui? Me obrigar a ficar longe?”
Ele deu um passo mais perto, sua mão alcançando para segurar levemente seu braço. “Eu não vou deixar você continuar fazendo isso, Chuva. Precisamos conversar, e eu quero a verdade. Por que você realmente está aqui?”
Por um momento, Chuva hesitou, sua defesa caindo enquanto ela encontrava o olhar intenso de Alexandre. Seus olhos pareciam perfurá-la, procurando por algo que ela não tinha certeza se poderia dar. Ela finalmente suspirou, desviando o olhar enquanto suavizava seu tom. “Tudo bem, eu só posso parar de fazer isso depois que eu terminar a última tarefa. Então você vai me ajudar a fazer isso?”
Um silêncio desconfortável se estendeu entre eles, denso com tensão. Chuva podia sentir o calor de seu olhar sobre ela, e isso fazia seu coração acelerar. A intensidade de sua presença era quase avassaladora, e ela se perguntava se poderia derreter sob o peso disso.
“Eu prometo que vou explicar tudo depois de completar a tarefa esta noite. Vou responder a todas as suas perguntas,” ela acrescentou, sua voz quase implorando.
“Por favor?” ela implorou quando ele não respondeu, apenas continuou a encará-la com aquela expressão escura e indecifrável.
Finalmente, a voz de Alexandre quebrou o silêncio. “Certo. Diga-me o que você quer que eu faça.”
Os lábios de Chuva se curvaram em um sorriso aliviado. “Nós vamos apenas jogar verdade ou desafio.”
“O quê?!” Alexandre explodiu, sua voz ecoando pela sala.
“Jogue verdade ou desafio comigo, mas em vez de escolher verdade, você só escolherá desafio,” Chuva acrescentou, um sorriso travesso se espalhando pelo seu rosto.
“E por que diabos eu faria isso?” Alexandre sibilou, irritação clara em seu tom.
Chuva deu de ombros casualmente e se aproximou dele. Ela se inclinou, sua respiração quente contra seu ouvido enquanto sussurrava, “Porque se eu não tiver sucesso esta noite com sua ajuda, não posso parar de vir aqui. Eu continuarei aparecendo até terminar a tarefa.”
A expressão de Alexandre se aprofundou enquanto ela recuava para encontrar seus olhos. Ele a estudou, tentando avaliar suas intenções.
“Se eu te ajudar com isso,” ele rosnou, “você ficará me devendo novamente. E eu estou mantendo registro dessas dívidas, Chuva. Quando eu decidir cobrar, é melhor você estar pronta para pagar.”
Os lábios de Chuva se esticaram em um sorriso amplo enquanto ela exclamava, “Feito!”