Casamento Surpresa com um Bilionário - Capítulo 59
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- Capítulo 59 - 59 Zona de Amizade 59 Zona de Amizade Chuva sentou-se no chão
59: Zona de Amizade 59: Zona de Amizade Chuva sentou-se no chão de seu apartamento aconchegante, cercada por Sanya e Clifford. Os três haviam se reunido para uma sessão de bebidas improvisada, com latas de cerveja e garrafas de vinho espalhadas ao redor. Sanya havia trazido alguns petiscos, mas a conversa estava leve.
Chuva deu um gole em sua cerveja depois de compartilhar a situação atual com sua Tia Melanie. “Preciso tirar a Tia Melanie do controle do meu pai. Ela não está segura lá.”
Sanya suspirou profundamente, mordiscando uma bolacha. “Mas você não pode simplesmente entrar lá e levá-la,” ela apontou.
Chuva sabia que Sanya estava certa. O caminho legal era difícil, mas não era impossível. Ela precisava provar que seu pai não estava apto a ser o tutor da Tia Melanie, o que significava reunir evidências de seu mau trato e negligência. Chuva tinha algumas provas, mas o verdadeiro desafio estava em outro lugar.
“A Tia Melanie… ela está com muito medo de testemunhar contra ele,” disse Chuva, com a frustração evidente em sua voz. “Não posso começar nada sem a cooperação dela.”
Clifford, que havia escutado atentamente, se inclinou para frente. “Precisamos encontrar uma maneira de ajudá-la a se sentir segura o suficiente para falar. Talvez possamos tirá-la de casa temporariamente, apenas o tempo suficiente para que ela tenha espaço para pensar com clareza.”
Sanya concordou com a cabeça. “Se conseguíssemos afastá-la dele, mesmo por um pouco, ela pode perceber que não precisa viver sob o domínio dele.”
Chuva respirou fundo. Ela sabia que isso exigiria um planejamento cuidadoso, e tinha que pesar os prós e os contras. “Vou discutir isso com Brandon assim que concluir minha parte em sua operação atual amanhã,” ela disse, com a voz firme apesar da incerteza.
Clifford franziu o cenho, sua preocupação transbordando. “Por que você continua pegando esses casos perigosos?” ele exclamou, sem conseguir esconder sua frustração.
Sanya revirou os olhos e lançou um olhar direto para ele. “Clifford, pare de ser tão protetor. Nós dois sabemos que Chuva não vai parar de ajudar Brandon, não importa o que você diga. Além do mais, você era do mesmo jeito antes,” disse ela, com um tom ousado e intransigente.
Chuva engoliu em seco, sentindo a tensão aumentar entre seus amigos. Ela deu de ombros, não querendo ser pega no meio de mais uma de suas discussões. “Vou descansar agora,” ela disse rapidamente, levantando-se do chão. “Preciso chegar cedo para meu novo trabalho amanhã. Boa noite, vocês dois.”
Sem esperar uma resposta, ela se retirou para o quarto. Se arrumou e se preparou para a cama, mas o sono era difícil de vir. Havia pensamentos demais girando em sua cabeça.
Ela pegou seu celular e tentou ligar de novo para sua tia Melanie, mas novamente sem resposta. Seu pai havia sido enfático sobre não permitir que ela se comunicasse com sua tia a menos que ela levasse o marido até ele.
Chuva suspirou pesadamente. “Não é como se eu pudesse arrastar o Alexandre por aí sempre que eu quiser,” ela murmurou. O contrato deles era claro: eles tinham que manter o casamento em segredo dos outros e não interferir nos assuntos pessoais um do outro.
“Se eu pedir outro favor a ele, como aparecer como meu marido… ele pode negociar novamente e encurtar o prazo do nosso contrato,” Chuva continuou resmungando consigo mesma.
Seu coração batia acelerado com o pensamento de viver com o Alexandre. Ela sabia que não deveria pensar demais nisso; o casamento deles era puramente um arranjo comercial. “Ele só está sendo mesquinho, exigindo que eu faça deveres de esposa,” ela murmurou, com o rosto se contraindo de frustração.
Então seus pensamentos se voltaram para Carla Cartier. Chuva não tinha certeza porque sentiu a necessidade de digitar o nome no celular e procurar pela mulher. Ela suspirou quando viu que a Carla era uma celebridade internacional. “Nada mal,” ela comentou, com um gosto amargo permanecendo em seus lábios.
Irritada consigo mesma, ela agarrou um travesseiro e enterrou o rosto nele. “Eu deveria simplesmente ir dormir,” ela disse para si mesma. Amanhã seria outro dia cheio.
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Enquanto isso, Sanya olhou furiosamente para Clifford e sussurrou, “Você percebe que está sendo muito óbvio, né? Ou essa é sua maneira de confessar seus sentimentos para Chuva—sendo tão intrometido na vida pessoal dela?!”
Clifford xingou baixinho e deu um gole na sua cerveja. “Do que você está falando?” ele sussurrou de volta.
Sanya balançou a cabeça e reiterou, “Você não pode me enganar, Clifford. Desde que você entrou na vida da Chuva, está claro o que você sente por ela. Ela é obviamente seu primeiro amor.”
“Shhh, pare de falar asneira e abaixe a voz!” Clifford sussurrou.
Sanya riu, achando a reação dele tanto divertida quanto lamentável. “Você é um caso perdido,” ela disse com um sorriso irônico.
Clifford a olhou furioso, com frustração evidente em seus olhos. “E daí se eu sou? O que você tem a ver com isso?”
A expressão de Sanya suavizou um pouco, mas seu tom continuou firme. “Importa porque se você não for cuidadoso, pode acabar piorando as coisas para você mesmo. Chuva não precisa de mais complicações agora, e nem você.”
O rosto de Clifford endureceu enquanto ele dava outro gole na cerveja. “Não estou tentando complicar nada. Eu só… só quero estar perto dela.”
Sanya suspirou. “Bem, se você realmente se importa com ela, deveria pensar em como suas ações podem afetá-la. Sendo muito intrometido na vida pessoal dela pode acabar afastando-a.”
Clifford olhou para sua cerveja, contemplando as palavras dela. “Talvez você esteja certa. Mas é difícil manter distância quando tudo o que quero é estar lá por ela.”
Sanya olhou para ele com uma mistura de simpatia e exasperação. “Oh, coitado de você,” ela disse, clicando a língua. “Não consigo acreditar que você ainda não aceita o fato de que você está na friend zone.”
“Ah, cala a boca Sanya. Por que você sempre é rude comigo?!” Clifford reclamou.
“Não estou sendo rude, apenas expondo os fatos para que você não se machuque tanto. De qualquer forma, que tal sair em alguns encontros às cegas? Posso te apresentar a algumas mulheres legais!” Sanya ofereceu, sentindo uma pontada de simpatia ao ver Clifford lutando com seu amor não correspondido.
“Para com isso, Sanya. Não tenho energia para essa besteira,” Clifford reclamou.
“Tudo bem, talvez seria melhor se você simplesmente confessasse seus sentimentos para a Chuva. Dessa forma você terá um encerramento e poderá seguir em frente assim que ela te rejeitar,” disse Sanya de forma descompromissada.
“Sério, Sanya?”
Sanya riu e bagunçou o cabelo de Clifford carinhosamente. “Bem-vindo de volta, seu nerd!”