Casamento Surpresa com um Bilionário - Capítulo 57
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57: Guardião 57: Guardião No Apartamento da Chuva
Chuva engoliu em seco quando terminou de explicar tudo a Clifford. Ele permaneceu em silêncio, simplesmente olhando para ela, sua expressão indecifrável.
“Qual é dessa cara?” ela murmurou, percebendo o quão sombrio seu rosto tinha se tornado. A tensão no quarto era quase sufocante, mas aliviou um pouco quando Sanya chegou de repente.
“O que está acontecendo aqui? Parece que alguém morreu,” Sanya comentou ao entrar, seus olhos varrendo o quarto.
Chuva imediatamente se virou para ela, franzindo a testa. “Você sabia que Clifford vinha hoje?”
“Eu sabia, mas Clifford insistiu para que eu mantivesse em segredo. Ele queria te surpreender. Mas o que aconteceu aqui? O que eu perdi?” Sanya perguntou, seu olhar alternando entre Chuva e Clifford.
Clifford virou-se para Sanya, sua voz carregada de frustração. “Por que você não me contou sobre o casamento repentino e falso da Chuva?!”
Sanya ergueu uma sobrancelha, seu tom afiado enquanto respondia, “E por que eu deveria? Você é o namorado dela? A vida privada da Chuva é dela, e cabe a ela compartilhá-la contigo quando estiver pronta.”
Chuva suspirou, percebendo que a chegada de Sanya não havia restaurado a normalidade. Em vez disso, provocou um novo round de tensão enquanto Clifford e Sanya agora se encaravam.
“Chega, vocês dois! Que tal jantar e bebidas? Eu pago!” ela anunciou rapidamente, ansiosa para dissipar a situação.
Levantou-se, pegando seu celular e carteira. “Vocês dois cuidem da comida. Vou comprar mais petiscos e álcool. Clifford está de volta, então devemos comemorar!” ela disse, quase correndo para fora do apartamento.
Ela não tinha desejo de ficar no meio de Clifford e Sanya. “Esses dois nunca mudam,” ela murmurou para si mesma enquanto saía. Embora fossem amigos próximos, Clifford e Sanya frequentemente se chocavam como gato e rato, sua relação uma mistura complicada de amor e ódio.
Chuva entrou na loja de conveniência, suspirando suavemente enquanto pegava uma cesta e começava a enchê-la com petiscos e cervejas enlatadas. Clifford preferia cerveja, então ela fez questão de estocar. Enquanto perambulava pelos corredores, ela ouviu uma conversa que chamou sua atenção.
“Ah, essa eleição que se aproxima vai ser crucial. Curiosa para saber como o Prefeito Astor planeja manter os eleitores do seu lado agora que a filha do presidente anunciou oficialmente sua candidatura,” uma mulher disse atrás dela.
Chuva se virou para ver alguns clientes reunidos em torno da televisão da loja, assistindo as notícias. A tela mostrava Summer Cartier, e Chuva não pôde evitar sorrir. Ela tinha encontrado Summer e seu marido Arlan algumas vezes no Orfanato Haven, e cada encontro havia sido agradável e memorável.
“Os Cartier são conhecidos por serem boas pessoas. Tenho certeza que teremos um novo prefeito em breve. Todos estão prontos para uma mudança,” outro cliente comentou enquanto comia um ramen instantâneo. “É hora de se livrar da Família Astor; eles não fizeram nada além de corromper esta cidade!”
“Shhh… cuidado com as palavras!” seu companheiro rapidamente o repreendeu, olhando em volta nervosamente.
Chuva suspirou, seus olhos desviando para o anel em seu dedo enquanto ela adicionava mais cervejas à sua cesta. Vê-lo a lembrava do iminente retorno de Carla Cartier, e uma pequena e aguda dor a picou no coração. Havia apenas uma semana desde que ela havia se envolvido com Alexandre, mas ela já se sentia envolvida em um turbilhão de emoções confusas.
Ela mordeu o lábio, tentando afastar os pensamentos. Eram apenas quatro meses; não era tanto tempo. Mas a incerteza a roía, especialmente ao pensar no que poderia acontecer quando Carla voltasse. Chuva deliberadamente balançou a cabeça, limpando os pensamentos de sua mente. Ela terminou as compras, pegou um palito de sorvete favorito, e pagou no caixa.
Uma vez fora, ela se sentou em uma pequena mesa, desembrulhou o picolé e deu uma mordida. O doce frio ajudou a distraí-la por um momento. Ela olhou para o relógio de pulso e murmurou, “Mais cinco minutos.” Ela esperava que até lá, Sanya e Clifford tivessem se entendido e começado a preparar o jantar juntos.
O coração de Chuva afundou quando ela encarou as imagens que Dina havia enviado. Sua tia Melanie, que sempre havia sido gentil com ela, estava a se curvar diante do túmulo de Tia Lydia. Chuva praguejou baixinho, percebendo que havia esquecido do aniversário de morte da Tia Lydia.
A mensagem acompanhante da Dina era venenosa como sempre:
Dina: [Já que você perdeu o aniversário da Tia Lydia, Tia Melanie teve que tomar o seu lugar. Acho que você está realmente curtindo a sua liberdade. De qualquer forma, Papai quer que eu seja legal com você, então vou fazer o meu melhor. Certifique-se de comparecer na minha festa de noivado com Paulo, e traga o seu marido também. Eu te envio o convite assim que tudo estiver finalizado. P.S. Aqui vai outro presente para você.]
Chuva hesitou, mas a curiosidade venceu, e ela abriu o anexo de vídeo. Seu coração afundou ao assistir Tia Melanie chorando sozinha em seu quarto, claramente sem saber que estava sendo filmada.
“Que diabos há de errado com essa mulher louca?!” Chuva sibilou, fervendo de raiva. Dina sempre fora perturbada, adorando invadir a privacidade das pessoas. Ela havia feito isso inúmeras vezes com Chuva no ensino médio, até mesmo vazando fotos dela trocando de roupas aos colegas apenas para humilhá-la.
Chuva sentiu uma onda de culpa e impotência. Ela queria proteger Tia Melanie, mas parecia que ela ainda estava presa no meio da crueldade de sua família.
O coração de Chuva batia forte em seu peito enquanto ela tentava desesperadamente entrar em contato com Tia Melanie, discando seu número várias e várias vezes. Cada tentativa falha apenas aumentava seu pânico.
“Tia Melanie…” ela sussurrou, a voz tremendo. A realização a atingiu como uma tonelada de tijolos—seu pai poderia ter deixado Tia Melanie de castigo novamente, aprisionando-a naquela casa opressora.
Lágrimas desciam pelo rosto de Chuva enquanto ela lutava para se manter composta. O pensamento de sua tia gentil e de bom coração sofrendo tal tratamento era insuportável. Chuva sabia que não podia deixar isso continuar; ela tinha que agir rápido. Mas tirar Tia Melanie da casa Clayton não seria fácil.
Quando Chuva tinha sete anos, Tia Melanie havia tentado fugir de seu pai, levando Chuva com ela, mas ele conseguiu pegá-las antes de conseguirem escapar. Depois desse incidente, seu pai conseguiu convencer a corte, apresentando evidências de que Tia Melanie tinha deficiências mentais e físicas. Ele convenceu a corte de que nomeá-lo como guardião da Tia Melanie era do melhor interesse dela.
Desde então, o pai da Chuva tinha a tutela total sobre Tia Melanie, lhe dando controle completo sobre sua vida e finanças.
Chuva não perdeu tempo. Seus dedos voavam pela tela enquanto ela digitava uma mensagem para o pai.