Casamento Surpresa com um Bilionário - Capítulo 461
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Capítulo 461: Finalmente em Casa
O sol dourado da tarde banhava o Orfanato Haven com um brilho quente e suave. Risadas ecoavam do jardim onde as crianças brincavam, suas vozes alegres flutuando pelas janelas abertas.
Chuva sentava-se em um banco na varanda, descascando maçãs enquanto sua mãe, Vera, conversava suavemente com um pequeno grupo de crianças dentro, não muito longe de onde estava.
A paz ali parecia quase irreal depois de tudo o que haviam suportado. Chuva estava sob a sombra, observando as crianças brincarem no jardim, suas risadas carregadas pela brisa como uma suave melodia.
Sua mãe havia se afastado por um momento, e quando voltou, carregava uma bandeja de suco fresco.
“Senti falta disso,” murmurou Chuva, seu olhar ainda nas crianças. Um leve sorriso surgiu em seus lábios. “É calmo… simples. Como a vida deveria ter sido.”
“Você passou por tanta escuridão, querida,” disse sua mãe calorosamente enquanto sentava-se ao lado dela. “É hora de você ter luz novamente.”
Chuva riu, colocando a maçã que estava descascando de lado. “Tenho comido muita fruta,” ela brincou, pegando um copo de suco em vez disso.
“Isso é perfeitamente normal, querida. Você tem dois bebês bonitinhos dentro do seu ventre, afinal,” sua mãe sorriu, seu tom leve de excitação.
Chuva sorriu, mas seu peito ficou levemente apertado de emoção. Ela ainda não conseguia acreditar que sua mãe realmente estava ali, com ela, viva e bem. Apenas semanas atrás, ela estava deitada sem resposta em uma cama de hospital, presa em um coma que parecia interminável.
E agora, ela estava ali. Sorrindo. Conversando e trazendo suco para ela.
Era um milagre pelo qual ela verdadeiramente seria eternamente grata.
Chuva assentiu, mas antes que pudesse responder, a TV no orfanato que ela podia ver e ouvir da varanda soou com um súbito alerta de “Notícias de Última Hora”. A expressão séria do âncora encheu a tela.
“Acabamos de receber a confirmação de que Tim Clayton, proprietário e CEO do Hospital Universitário Clayton, antes conhecido como uma figura respeitada na indústria médica – até que a verdade se desenrolou com ele por trás de uma série de crimes nacionais, foi encontrado morto em sua cela esta manhã cedo.”
A respiração de Chuva ficou presa na garganta. Vera se virou em direção à tela, sua expressão se endurecendo.
“As autoridades informam que foi suicídio. Clayton foi encontrado enforcado. Ele havia mostrado sinais de sofrimento psicológico nos últimos dias, murmurando para si mesmo, gritando desculpas para pessoas que não estavam lá. Testemunhas dizem que ele chamava por Lydia e Carla, repetindo que estava arrependido.”
O corpo de Chuva tremia. Seu estômago revirava. Alexandre rapidamente se aproximou dela.
“Você ouviu?” ele perguntou suavemente.
Chuva levantou-se devagar. “É verdade?”
Ele assentiu. “Tim se foi. Ele tirou a própria vida antes mesmo que o julgamento começasse. Acabei de ver as chamadas perdidas e mensagens de William.”
Ela apertou o maxilar. “Covarde.”
Mesmo no fim, Tim escolheu o caminho mais fácil, preferindo a morte a enfrentar o peso de seus pecados. Ele preferia se enforcar do que passar um único dia expiando detrás das grades.
Chuva olhava fixamente para a tela da televisão sem som, seus dedos apertando o copo na mão. O noticiário ainda exibia imagens da prisão, policiais lotando a cena, uma maca sendo levada coberta por um lençol branco.
“Ele devia tantas desculpas a tantas pessoas,” ela murmurou amargamente. “Mas em vez disso, ele fugiu novamente.”
Sua mãe colocou suavemente a mão sobre a dela. “Algumas pessoas não conseguem enfrentar o que fizeram. Elas desmoronam diante disso.”
Chuva piscou, sua garganta se apertando de emoção. “Ele destruiu tantas vidas. Criou Carla para ser exatamente como ele… cheia de ódio. E agora os dois se foram, e a bagunça que deixaram… somos nós que temos que carregar.”
Sua mãe assentiu solenemente. “Sim. Mas também sobrevivemos a isso. Você sobreviveu, Chuva. Você e a Lancaster protegeram pessoas expuseram a verdade. Você e a Lancaster os impediram.”
Chuva exalou tremulamente, tentando absorver isso. Alexandre se aproximou e se agachou à sua frente, colocando suavemente a mão sobre seu joelho.
Chuva então sorriu para ele, um sorriso tranquilo e reconfortante que não chegava a seus olhos, mas ainda assim carregava calor. “Não se preocupe comigo,” ela disse suavemente. “É só que… estou surpresa. Mas, ao mesmo tempo, estou aliviada.”
Alexandre a observou atentamente, seu olhar investigativo. “Aliviada?”
Ela assentiu lentamente, olhando para as mãos pousadas sobre seu ventre. “Ele se foi. Acabou. O medo, a fuga, a espera constante pelo próximo movimento, tudo acabou agora. E mesmo que eu nunca quisesse que ninguém morresse… uma parte de mim sente que finalmente posso respirar novamente.”
Houve uma pausa suave enquanto suas palavras se assentavam entre eles. “Eu sei que isso não torna tudo bem,” ela acrescentou, a voz mais baixa agora. “Não desfaz a dor. Mas é como se… um capítulo estivesse fechado.”
Alexandre alcançou e colocou uma mecha de cabelo solta atrás de sua orelha, seus dedos roçando brevemente sua bochecha.
“Você passou por um inferno e ainda saiu mais forte,” ele disse. “Você não precisa carregar culpa por sentir alívio.”
Chuva olhou em seus olhos, encontrando conforto constante ali. “Obrigada,” ela murmurou. “Por ficar. Por lutar comigo. Por não desistir.”
“Nunca desistirei,” ele prometeu. “Nem de você. Nem de nós.”
Pela primeira vez em muito tempo, ela se inclinou para ele sem tensão, permitindo-se descansar contra seu peito enquanto ele a envolvia gentilmente com os braços.
Vera apenas os observava com um sorriso satisfeito. Ela sentou-se quietamente por perto, com as mãos repousando no colo enquanto observava a visão da filha envolta nos braços de um homem que verdadeiramente a amava.
Inadvertidamente, lágrimas quentes começaram a rolar por suas bochechas. Mas não eram lágrimas de dor, eram lágrimas de alegria. De gratidão. De finalmente ver sua filha real segura, amada, e não mais sozinha.
Chuva encontrou seu caminho de volta, e não apenas para sua mãe, mas para uma vida rodeada de amor, paz e esperança. Vera silenciosamente enxugou suas lágrimas, com o coração cheio.
“Minha garotinha,” ela sussurrou para si mesma com um suspiro trêmulo, sorrindo novamente. “Você finalmente está em casa.”