Casamento Surpresa com um Bilionário - Capítulo 459
Capítulo 459: Minha Filha
“Você se parece com eles. Exatamente como eles. Mas agora que estou mais perto…” Carla estreitou os olhos, recuando lentamente enquanto a realização afundava.
Seu rosto se contorceu. Sua respiração falhou. Seus olhos se arregalaram como se água gelada tivesse sido derramada sobre seu corpo inteiro.
“Vocês não são Chuva e Sanya,” ela sussurrou, sua voz oca.
Sua respiração tornou-se irregular. Seu peito subia e descia rapidamente, a fúria crescendo a cada segundo.
“Quem são vocês?!”
Ela girou em direção à porta, punhos cerrados, sua voz tremendo de raiva. “Onde eles estão?!” ela gritou.
A porta se abriu subitamente e dois dos homens de Tim entraram, assustados por sua explosão.
“Idiotas!” Carla gritou, avançando para eles. “Vocês me trouxeram as pessoas erradas! O que vocês estavam pensando?!”
Um dos homens se encolheu. “Eles… eles combinavam com as fotos. Tudo estava certo-”
“Eles não são eles!” ela cuspiu. “Eu olhei bem para eles. São falsos!”
Ela passou por eles tempestuosa, andando de um lado para o outro, as mãos rasgando os cabelos enquanto soltava um grito frustrado.
Momentos depois, Tim entrou, atraído pelo barulho. Ele mal teve tempo de falar antes que Carla explodisse.
“Você deixou isso acontecer!” ela gritou, apontando para ele com uma mão trêmula. “Você disse que eles estavam na sala! Você me prometeu Chuva! E olha o que você me trouxe!”
A expressão de Tim escureceu, mas ele não disse nada.
“Eu deveria ter feito isso eu mesma!” Carla gritou. Seu rosto se contorceu de fúria enquanto se virava novamente para as duas mulheres, ainda amarradas às cadeiras, seus rostos calmos e despreocupados.
Isso a enfureceu ainda mais. Sem aviso, ela pegou uma arma do coldre de um dos homens.
“Carla, pare-” Tim latiu, estendendo a mão para ela.
Tarde demais.
Carla gritou e puxou o gatilho – uma vez, depois duas – suas mãos tremendo enquanto ela disparava nos falsos. Sangue espirrou na parede, corpos desabando sem vida nas cadeiras.
Mentiras!” ela uivou. “Eles não eram nada! Chamarizes inúteis!”
Antes que alguém pudesse falar novamente, o estrondo pesado de uma porta sendo arrombada ecoou pelo corredor.
Um homem em equipamento tático preto entrou apressado, gritando, “Estamos cercados! A polícia está dentro!”
Pânico surgiu na sala.
Luzes vermelhas e azuis piscavam do corredor. O som de botas batendo no chão e vozes gritando comandos preenchia o ar.
Tim xingou baixinho e se virou para Carla.
“Precisamos nos mover, agora.”
Mas Carla apenas ficou parada, suas mãos ainda tremendo em torno da arma, olhos fixos nos corpos sem vida.
“Eu queria ela,” ela sussurrou, quase para si mesma. “Não eles. Ela. Chuva deve morrer!”
“Vá!” Tim latiu, agarrando o braço de Carla, tentando puxá-la para longe da cena ensanguentada. Seus homens se agitaram, sacando armas e verificando os cantos enquanto o som de botas aumentava em sua direção.
Mas já era tarde demais.
Todo corredor que eles entravam estava bloqueado. Oficiais em equipamento tático avançavam, suas armas levantadas, gritando ordens. Bombas de fumaça enchiam o ar com uma leve névoa. As saídas, cada uma delas, estavam trancadas.
“Eles planejaram isso,” um dos homens de Tim murmurou, pânico em sua voz. “Eles sabiam. Eles sabiam de tudo!”
“Eles não apenas nos encontraram,” rosnou Tim. “Eles nos prenderam.”
Carla segurava sua arma com força, os olhos arregalados e frenéticos, seu rosto sujo de sangue e confusão. “Eles não podem nos levar. Eles não podem!”
À frente, uma silhueta emergiu através da névoa.
Alexandre.
Acompanhado por William e vários policiais armados, sua presença era inconfundível. Calmo. Focado. E inabalavelmente resoluto.
“Não há para onde correr agora,” disse Alexandre ao aparecer à vista, flanqueado por William e uma equipe completa de oficiais táticos. Sua expressão era fria, indecifrável, mas seus olhos fixaram-se em Tim e Carla sem piscar.
Atrás dele, um policial levantou um megafone.
“SOLTEM SUAS ARMAS! MÃOS PARA O AR!” o policial latiu. “RENDA-SE AGORA OU SEREMOS FORÇADOS A ATIRAR!”
Com armas levantadas, pontos vermelhos de laser dançavam sobre o peito de Tim e os braços trêmulos de Carla.
O maxilar de Tim se contraiu. Com a arma abaixada, ele levantou ligeiramente as mãos e virou-se para Carla, que ainda tremia, sangue nas mãos e a arma firmemente agarrada.
“Carla,” Tim disse gentilmente, aproximando-se dela. “Solte a arma.”
Mas ela não o ouviu ou se recusou a ouvir. Seu peito arfava. Seus olhos fixos em Alexandre.
“Você armou isso,” ela sibilou. “Você sempre arruinou tudo!”
“Solte a arma!” o comandante da polícia disse, sua voz firme mas não hostil.
“Carla,” ele disse baixinho, tentando soar calmo apesar da tempestade se aproximando. “Por favor, solte a arma. Deixe-me lidar com isso. Eu juro, vou consertar tudo.”
Carla recuou lentamente, sua mão apertando a pistola. “Não!” ela gritou.
Ela levantou sua arma, direto para Alexandre. “Se eu não posso ter você…” Sua voz falhou, olhos selvagens. “Então ninguém terá!” Seu dedo começou a apertar o gatilho.
Um segundo depois-
Bang! Bang! Bang! Disparos ecoaram.
Carla se contorceu violentamente quando três balas atingiram seu peito, uma após a outra. Ela cambaleou, a arma caindo de seus dedos enquanto ela caía de joelhos.
Seus olhos encontraram Alexandre uma última vez, assombrados, quebrados, e então seu corpo colapsou no chão.
O silêncio caiu.
Tim ficou imóvel, olhando em choque para o corpo sem vida de Carla. O tempo parecia parar.
O barulho ensurdecedor de botas invadindo, os policiais gritando, o estrépito metálico de armas – tudo isso se dissipou em um eco distante, engolido pelo silêncio esmagador dentro dele.
Seus joelhos bateram no chão com um baque.
“Não…” ele sussurrou.
Sua voz tremia, mal um suspiro no início, depois mais alta, mais crua, enquanto o peso de tudo esmagava em seu peito.
“Não. Não. Minha filha…”
Ele rastejou em direção a ela, mãos tremendo violentamente, as correntes de seus erros arrastando cada movimento. Sangue se acumulava sob Carla, seus olhos sem vida olhando para o teto como se congelados em meio a um grito. Lágrimas escorriam pelo rosto de Tim, “Minha filha…”
Alexandre permaneceu imóvel, seu maxilar firme ao olhar para Carla. William aproximou-se dele e deu um aceno curto para a equipe revistar o resto do prédio.
“Ela escolheu esse caminho,” Alexandre murmurou.
William olhou para Tim. “E agora ele vai pagar por isso.”