Casamento Surpresa com um Bilionário - Capítulo 458
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Capítulo 458: Fazer Você Pagar
Na manhã seguinte, Tim não perdeu um segundo. Assim que confirmou que Chuva e Sanya haviam deixado o complexo para uma rápida ida ao shopping, ele colocou a próxima fase de seu plano em ação.
Ambas as mulheres estavam sob forte segurança, em um veículo blindado, com escoltas treinadas e comunicação constante com a sede. Mas Tim estava se preparando para isso há semanas. Ele conhecia a rotina delas, estudou suas rotas e, mais importante, tinha alguém de dentro lhe fornecendo atualizações.
Chuva e Sanya deveriam apenas pegar alguns itens essenciais, nada mais do que uma breve e tranquila saída. Mas quando entraram no shopping, tudo já estava preparado.
A distração começou exatamente às 10:07 da manhã. Uma pequena explosão no estacionamento desencadeou caos, fumaça, alarmes e civis gritando. A atenção da equipe de segurança se fragmentou.
Na confusão, dois membros da equipe de escolta foram derrubados silenciosamente com dardos não letais. Às 10:10 da manhã, as mulheres já estavam separadas do resto da equipe. Às 10:13, elas haviam sumido.
Sem rastros. Sem gritos. Nenhuma câmera registrou o sequestro. Quem quer que tenha feito isso usou tecnologia avançada de bloqueio e ciclos de dados falsos para cegar os sistemas de vigilância por tempo suficiente.
Quando o caos se dissipou e os guardas se reorganizaram, Chuva e Sanya haviam desaparecido,
sem deixar uma única pista para trás.
*****
No esconderijo de Tim, Carla entrou quase sem fôlego de antecipação.
“Você a pegou?” ela perguntou ansiosamente, os olhos arregalados e brilhando de excitação maníaca. “Por favor, me diga que finalmente pegou Chuva.”
Tim olhou dos documentos, franzindo ligeiramente a testa. “Elas estão aqui,” ele disse cuidadosamente. “Mas você tem certeza de que quer prosseguir com isso?”
Carla sorriu radiante, juntando as mãos como se recebesse um presente há muito esperado. “Não posso acreditar. Ela está finalmente aqui. Você realmente a pegou, Tim. Você não tem ideia de quanto tempo sonhei com este momento.”
Tim não sorriu.
“O que exatamente você está planejando fazer com ela?” ele perguntou, sua voz baixa e cautelosa.
Carla se virou para ele com um brilho nos olhos. “Oh, eu não vou matá-la. Isso seria fácil demais. Rápido demais. Eu quero que ela sofra.”
Ela se aproximou, quase dançando enquanto falava. “Eu quero que ela perca tudo. Quero destruir aquele rostinho bonito que todos amam tanto. Arrancar a máscara que ela usa para se esconder. Talvez um pouco de fogo. Talvez ácido. Algo poético.”
O maxilar de Tim se apertou. “Carla-” ele começou, preocupação refletindo em seus olhos. Ele não estava apenas hesitando, estava preocupado. O que ele realmente queria era que Carla escapasse e deixasse o país antes que ele executasse seu plano final contra Arlan.
“Ela vai gritar,” Carla continuou, ignorando sua hesitação. “Ela vai gritar como eles gritaram. Mas ela vai viver. Ela vai olhar no espelho todos os dias e lembrar de mim. Lembrar que fui eu que tirei tudo dela.”
“Você quer torturá-la.”
“Eu quero quebrá-la,” corrigiu Carla com um doce sorriso. “Não fisicamente. Isso é só o começo. Eu quero que ela enlouqueça. Lentamente. Todos os dias, ela acordar desejando ter morrido. É isso que eu quero.”
Tim soltou um suspiro profundo antes de dizer, “Ela e Sanya já estão trancadas no porão.”
*****
No porão do refúgio de Tim, o ar estava úmido e frio, o cheiro de óleo e mofo pairando pesadamente. A porta rangia ao se abrir lentamente.
Carla entrou, seus saltos clicando suavemente contra o chão. Ela parecia radiante de uma maneira inquietante… calma, quase alegre, como se estivesse entrando em uma reunião há muito aguardada. Seus olhos brilharam ao pousarem nas duas mulheres.
Os olhos de Chuva se abriram primeiro, seguido momentos depois por Sanya. Ambas estavam amarradas a cadeiras de madeira, suas mãos atadas firmemente atrás delas e tornozelos presos às pernas. Uma única lâmpada fraca zumbia acima, lançando sombras piscantes nas paredes de concreto rachadas.
“Aí estão vocês,” ela disse docemente. “Acordadas e exatamente onde deveriam estar.”
Ela se aproximou, sua voz carregando um calor perturbador. “Vocês duas não têm ideia de quanto tempo esperei por este momento. É quase perfeito demais.”
Ela as circulou lentamente, os olhos cintilando com satisfação.
“Eu tive uma boa vida uma vez, sabem. Uma mãe perfeita. Ela me chamava de raio de sol. Dizia que eu era tudo que ela precisava.” Seu tom tornou-se nostálgico, então afiado. “Mas isso não durou, durou? Não. Porque vocês aconteceram.”
Ela se agachou entre as duas, seu sorriso se tornando rígido.
“Minha mãe, Vera, começou a passar tempo naquele terrível Orfanato Haven. Dizia que queria ajudar as crianças abandonadas. Dizia que era seu dever. Ela as segurava, alimentava, sorria para elas como se fossem suas. Como se eu não fosse suficiente.”
Os dedos de Carla se fecharam em punhos.
“Eu tinha oito anos quando Tim me contou a verdade. Que eu não era sua filha de verdade, que uma vez que descobrissem que não sou a filha real deles, eu seria expulsa da casa… Ver como ela demonstra amor e cuidado por cada pirralho no orfanato me deixava enojada…”
Sua voz se quebrou, tremendo de ódio. “Então eu garanti que ela perdesse todos eles.”
Ela se levantou devagar, os olhos distantes. “Eu mesma coloquei o fogo. Porque eu queria que ela perdesse aquelas crianças e me visse!”
Ela soltou uma risada suave. “Mas vocês arruinaram e salvaram aqueles órfãos!”
Carla olhou para a mulher amarrada à sua frente, respirando profundamente, como se estivesse saboreando o momento.
“Mas então Alexandre entrou na história, pensando que eu fui quem o salvou daquele fogo. Ele é o meu único amor e eu prometo a mim mesma que serei boa, mas vocês… vocês apareceram novamente na história e arruinaram até meu relacionamento com Alexandre! Eu vou fazer vocês pagarem por isso! Levando tudo que é meu!”
Seu sorriso desapareceu. Ela inclinou a cabeça, olhando mais de perto para Chuva. Depois para Sanya. Ela se inclinou, suas sobrancelhas franzidas enquanto a confusão lentamente substituía a satisfação.
“…Esperem,” ela sussurrou.
Ela recuou, olhando para elas novamente, realmente olhando.
Algo estava errado.
“Não,” ela murmurou. “Não, isso não está certo.”
Ela se virou, andando em um pequeno círculo agitado antes de girar de volta em direção a elas.