Casamento Surpresa com um Bilionário - Capítulo 456
Capítulo 456: Gêmeos
Chuva estava no jardim da mansão Lancaster, regando suavemente suas plantas. O sol estava quente, a brisa calma, mas por alguma razão, seu coração estava inquieto.
Carla já estava acordada no hospital e, embora seu pai a tivesse tranquilizado de que sua mãe agora estava estável e totalmente recuperada, Chuva não conseguia deixar de se preocupar. Ele também lhe dissera que sua mãe finalmente sabia a verdade sobre tudo. Sobre Chuva. Sobre Carla.
“Ela deve estar devastada…” Chuva murmurou com um suspiro.
Ela se lembrava de como sua mãe, Vera, havia amado profundamente Carla, acreditando que ela era sua filha verdadeira. O vínculo entre elas parecia tão genuíno, tão cheio de calor e carinho. Deve ter despedaçado sua mãe ao saber que tudo foi construído com base em uma mentira.
A mão de Chuva apertou levemente o regador.
“Não importa quão doloroso seja… ela ainda merece a verdade,” sussurrou para si mesma, os olhos fixos nas flores balançando suavemente na brisa. Ela apenas esperava que pudesse finalmente estar com sua mãe nesse momento.
De repente, ela ouviu passos atrás de si.
“Precisa de ajuda com isso?” uma voz familiar disse.
Chuva congelou.
Lentamente, ela se virou e ficou boquiaberta. Seus olhos se arregalaram ao ver seu pai, Arlan, parado ali, sorrindo.
“P-Papai?” ela sussurrou, incrédula.
Arlan abriu os braços. “Oi, Chuva.”
Sem pensar duas vezes, ela deixou o regador cair e correu para seu abraço. “Por que você não me contou que estava voltando?!”
Antes que ele pudesse responder, Alexandre saiu de trás de uma árvore, sorrindo.
“Porque eu ajudei a planejar a surpresa,” ele disse piscando.
Chuva soltou uma risada ofegante, seus olhos ainda molhados de lágrimas. “Vocês dois! Eu não acredito nisso!”
Mas então, outra voz suave chamou atrás deles. “Chuva…”
Chuva se virou novamente, seu coração quase parando.
Lá estava Vera Cartier, sua mãe, saudável, ereta, seus olhos cheios de lágrimas.
“Mamãe…” a voz de Chuva falhou.
“Minha filha,” Vera disse, a voz trêmula.
Chuva correu para frente, jogando-se nos braços de sua mãe. No momento em que se tocaram, o resto do mundo pareceu desaparecer. Mãe e filha se agarraram uma à outra, chorando livremente, o peso de anos de dor lentamente se aliviando.
“Senti tanto a sua falta,” Chuva soluçava. “Você está bem agora? Você… realmente está melhor?”
Vera segurou seu rosto, sorrindo através de suas lágrimas. “Sim, querida. Estou completamente curada agora. E finalmente sei a verdade.”
Ela acariciou suavemente o cabelo de Chuva. “Você é minha. Minha menininha. E estou tão orgulhosa da mulher que você se tornou.”
Chuva enterrou o rosto no ombro de sua mãe, chorando mais, mas sorrindo através de suas lágrimas.
Ela não conseguia nem começar a explicar como se sentia. Seu coração estava cheio, sobrecarregado, aliviado, e maravilhosamente feliz ao mesmo tempo. Depois de todos os anos que ela ansiou pelo abraço de uma mãe, aqui estava ele, finalmente real.
Por tanto tempo, a única pessoa que lhe mostrou amor incondicional foi Tia Melanie. Chuva havia aprendido a viver com o vazio no peito. Mas agora…
Agora ela tinha uma mãe. Uma de verdade. Alguém que ela finalmente poderia chamar de Mamãe e ela tinha um Papai também.
“Estou tão feliz agora, Mamãe,” Chuva sussurrou, sua voz abafada enquanto se agarrava mais forte ao calor de sua mãe.
Vera acariciou gentilmente seu cabelo, abraçando-a com a mesma força. Suas próprias lágrimas escorriam livremente.
“Eu também, minha filha,” Vera respondeu, sussurrando de volta. “E ouvi que você está grávida. Estou tão feliz por você. É realmente uma bênção que Deus nos permitiu descobrir a verdade a tempo. Ainda tenho anos para compensar tudo o que perdemos.”
Atrás deles, Arlan colocou um braço sobre o ombro de Alexandre, ambos assistindo ao reencontro silenciosamente. Até mesmo Alexandre precisou piscar para afastar uma lágrima.
Enquanto Chuva e Vera se abraçavam, nenhuma delas querendo soltar, uma voz suave interrompeu o momento.
“Com licença…”
Ambas se viraram para ver Sanya a poucos passos de distância, sorrindo calorosamente enquanto segurava uma bandeja cheia de frutas recém-cortadas.
“Tia Summer, seja bem-vinda de volta,” Sanya disse suavemente, seu tom gentil e respeitoso. “É tão bom vê-la novamente, saudável e bem!”
Sanya se juntou ao abraço, envolvendo seus braços em torno de Chuva e Vera com um largo sorriso. Chuva riu através de suas lágrimas, sentindo-se aquecida e segura no abraço das mulheres que moldaram sua vida de diferentes maneiras.
“Vamos,” Chuva disse com um sorriso, afastando-se suavemente. “Vamos entrar. Deve estar cansada, Mamãe. Podemos conversar mais confortavelmente enquanto comemos alguns petiscos.”
Vera assentiu, sorrindo enquanto enxugava suas próprias lágrimas. “Eu adoraria.”
Com seus braços entrelaçados com as duas mulheres, Chuva as levou de volta para dentro da mansão Lancaster, os sons suaves de risadas ecoando atrás delas. Lá dentro, tudo parecia mais leve.
O sorriso de Alexandre nunca deixou seu rosto enquanto ele silenciosamente se juntava a elas, pegando um assento próximo. Ele não disse muito no início, contente em simplesmente observar Chuva enquanto ela interagia com sua mãe. Seu rosto estava radiante de felicidade, algo que ele desejava que ela sentisse todos os dias. Vê-la assim fazia seu coração sentir-se cheio.
Vera e Chuva agora estavam conversando sobre os bebês, seus gêmeos. O tópico fez Chuva brilhar enquanto colocava suas mãos sobre sua barriga.
“Ela diz que eles chutam mais quando ele está por perto,” Chuva disse de forma provocativa, olhando para Alexandre. “Acho que eles já sabem o quanto seu papai está animado. O berçário é praticamente um reino de bebês já.”
Alexandre riu suavemente. “Apenas tentando estar preparado.”
Vera riu da troca deles. Seus olhos suavizaram enquanto olhava para a barriga de Chuva. “Gêmeos… assim como você era,” ela disse gentilmente.
O sorriso de Chuva vacilou ligeiramente, pega de surpresa.
Vera sorriu e disse, “Você teve uma irmã gêmea. O nome dela era Alina Sarena Cartier. Eu não fui forte o suficiente para carregá-las ambas em segurança,” disse Vera, sua voz quase um sussurro.
“Alina… ela não sobreviveu. Mas você sobreviveu, e eu agradeço a Deus todos os dias por isso.” Ela se aproximou e segurou gentilmente a mão de Chuva. “Amanhã, quero levá-la para ver o túmulo dela.”
Chuva não disse nada a princípio. Seus olhos estavam cheios de lágrimas enquanto ela assentia lentamente. “Eu adoraria… Quero conhecê-la da maneira que puder.”
Alexandre se aproximou e colocou uma mão de apoio em suas costas. Todos ficaram em silêncio por um momento, tanta coisa havia mudado, mas de alguma forma, finalmente parecia certo.