Casamento Surpresa com um Bilionário - Capítulo 455

Capítulo 455: Pode Lidar com Tudo

Na manhã seguinte, Rock e Vernice se prepararam para o voo para a Ilha Palan. Tanto Alexandre quanto William estavam lá para se despedir dele no aeroporto. Seus rostos estavam carregados de emoção, ambos tentando parecer calmos, mas a preocupação em seus olhos era clara.

Rock podia sentir isso, e a última coisa que ele queria era se tornar um fardo para seus filhos, especialmente agora, quando os dois já tinham tanto com que lidar.

“Tem certeza de que não quer que um de nós vá com você?” Alexandre perguntou, com a voz baixa.

Rock balançou levemente a cabeça. “Não. Vocês dois têm batalhas maiores para enfrentar aqui. Deixem-me lutar a minha onde eu preciso.”

William franziu a testa. “Papai, não é apenas um tratamento simples. É uma cirurgia cerebral.”

“Eu sei o que é,” Rock respondeu calmamente. “Palan tem o melhor especialista para o meu caso. É lá que tenho a melhor chance de sair vivo.”

Alexandre deu um passo à frente. “Você sempre nos protegeu. Deixe-nos retribuir o favor desta vez.”

Os lábios de Rock se curvaram em um leve sorriso. “Vocês estarão me protegendo ao terminar com essa confusão com Tim. Isso é o que importa agora. Vernice estará comigo. Ela é mais do que suficiente para cuidar deste velho.”

Vernice deu um pequeno aceno com a cabeça, apertando sua mão. “Nós ficaremos bem. Foque em manter a família segura. Quando tudo acabar, voltaremos.”

William olhou para o pai por um longo momento antes de abraçá-lo apertado. “Apenas volte para nós.”

“Eu vou,” Rock prometeu.

Em seguida, Alexandre entrou, dando um abraço firme no pai e sussurrando, “Você é o homem mais forte que conheço. Você vai conseguir.”

Rock deu um tapinha em suas costas e acenou com a cabeça. “Esse é o plano.”

A equipe de solo deu o chamado final para o embarque. Rock olhou para seus filhos mais uma vez, seu orgulho, seu legado, e virou-se para embarcar no jato com Vernice.

O avião havia acabado de estabilizar no céu, voando suavemente acima das nuvens. Vernice olhou de lado para Rock, que estava olhando pela janela, incomumente quieto.

Ela o cutucou com o cotovelo. “Você não está nervoso, está?”

Rock não a olhou. “Por que eu estaria?”

Vernice sorriu. “Porque você está fazendo aquela coisa de novo, encarando o abismo como se as nuvens tivessem todas as respostas.”

Ele se virou para ela com um beiço. “Querida, eu não estou nervoso. Já enfrentei pior. Tumores não são nada comparados a criar dois filhos teimosos como William e Alexandre.”

Vernice revirou os olhos. “Pare de fingir que é durão. Você quase chorou quando o médico disse que não podia comer carne vermelha.”

Rock resmungou. “Aquilo foi diferente. Aquilo foi uma tragédia.”

Ela riu, estendendo a mão para segurar a dele. “Bem, tragédia ou não, você vai ficar bem. Vamos superar isso. Você não está sozinho, tá?”

Ele olhou para ela, então levantou sua mão e a beijou. “Você é a única mulher louca o suficiente para se casar com um velho com a cabeça a ponto de estourar, e ainda responder como se tivesse vinte anos.”

“Bem,” ela disse com um orgulhoso levantar do queixo, “você não é apenas qualquer velho. Você é o meu velho. E só para você saber, pretendo mandar em você pelos próximos trinta anos.”

Rock sorriu. “Isso é melhor que seja uma promessa.”

Vernice inclinou-se e lhe deu um beijo rápido na bochecha. “Pode apostar que é.”

Eles ficaram em silêncio por um tempo, o zumbido do avião os cercando. Vernice eventualmente apoiou a cabeça no ombro dele, e Rock fechou os olhos por um momento, sentindo seu calor.

Por todo o caos e dor deixados para trás, este momento, este momento tranquilo e suave, parecia como esperança.

“Só espero que as coisas finalmente deem certo,” Rock murmurou com um suspiro pesado, seu olhar vagando de volta para as nuvens. “Eu odeio ver meus filhos trabalhando incansavelmente só para colocar aquele homem atrás das grades. Honestamente… estou mais preocupado com isso do que com esse tumor na minha cabeça.”

Vernice olhou para ele, sua expressão suavizando. Sem uma palavra, ela gentilmente pegou a mão dele e o puxou em direção à pequena cabine privada no avião.

Rock levantou uma sobrancelha, já sorrindo. “Hmm? O que você está fazendo?” ele perguntou, a diversão em sua voz. “Tentando me esgotar pelo resto do voo enquanto ainda pode, sabendo muito bem que não terá chance quando o tratamento começar?”

Os olhos de Vernice se arregalaram enquanto suas bochechas ficavam vermelhas. “Rock!”

Ele riu, claramente aproveitando a reação dela. “Não estou reclamando, querida. Só estou me certificando de que estou mentalmente preparado.”

“Ah, por favor.” Vernice revirou os olhos e deu um leve tapa no braço dele, mas não pôde conter o riso que escapou. “Eu só queria que você se deitasse e descansasse adequadamente, seu teimoso velho. Esse seu cérebro precisa de toda a calma que puder conseguir.”

Rock fingiu se contorcer. “Ai. Agora quem está me estressando?”

“Continue falando e eu vou te estressar,” ela disse, sorrindo enquanto o empurrava para a cama dentro da cabine.

Enquanto ele se acomodava, Vernice sentou ao lado dele e pôs um cobertor sobre os dois. “Apenas descanse, ok? Temos um longo voo, e depois disso, será rotina de hospital e recuperação. Vamos aproveitar o silêncio enquanto podemos.”

Rock olhou para ela, seu sorriso suavizando. “Com você ao meu lado, posso lidar com qualquer coisa.”

Vernice se inclinou e beijou sua testa. “Bom. Porque eu não vou a lugar nenhum.”

Mas antes que pudesse dizer qualquer outra coisa, Rock sorriu maliciosamente e rolou de brincadeira sobre ela, pressionando um beijo em seus lábios.

“Querida, ainda é de manhã,” ele murmurou entre os beijos. “Nós acordamos há pouco… por que você está tentando dormir de novo?” Sua mão lentamente deslizou para baixo da barra do vestido dela enquanto ele acrescentava com um sorriso provocante, “Que tal fazermos um pouco mais de exercício em vez disso?”

Vernice não se preocupou em responder. Em vez disso, ela acolheu o beijo dele, envolvendo seus braços em torno do pescoço dele.

Seu coração bateu forte. Desde que se casaram, Rock vinha chamando-a por diferentes termos carinhosos, amor, querida, doce, amorzinho, meu bem, até lhe pediu para escolher seu preferido. Mas ela não conseguia escolher. Ela amava todos eles. Desde que viessem da voz do Rock, eram música para seus ouvidos.