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Capítulo 424: O Pressentimento de Rock
Já estava escuro quando Chuva e Alexandre chegaram ao País Lamey. Seguindo as instruções de seu sogro, eles foram direto para o hospital.
“O que você acha que está acontecendo?” Chuva perguntou enquanto caminhavam pelos corredores silenciosos em direção ao quarto privado da Sra. Summer Cartier.
Alexandre deu de ombros. “Vamos descobrir em breve. Estamos aqui.”
Ao entrarem, o coração de Chuva apertou ao ver a cena diante dela. A Sra. Summer jazia imóvel na cama, com tubos e monitores conectados a seu corpo frágil. O bipe rítmico das máquinas preenchia o silêncio pesado.
Chuva mordeu a parte interna da bochecha, tentando suprimir a onda de emoções que a invadia. Ela sempre conheceu a Sra. Summer como uma mulher animada e calorosa, cujo sorriso poderia iluminar até os dias mais sombrios. Vê-la assim, tão fraca e não responsiva, parecia uma reviravolta cruel do destino.
“Você está aqui,” disse Pai Rocha, aproximando-se rapidamente deles. Sua expressão era ilegível, mas o peso em sua voz dizia tudo o que ela precisava saber. Ele então se virou para o homem ao lado de Arlan Cartier e instruiu, “Chame o médico.”
O homem assentiu levemente e saiu prontamente.
“Ele é meu assistente, David,” explicou Arlan.
Chuva o cumprimentou educadamente, assim como Alexandre, antes de voltar a falar com Pai Rocha.
“Pai, o que está acontecendo? Por que você insistiu em trazer Chuva aqui?” Alexandre perguntou, seu tom carregado de urgência.
Em vez de responder imediatamente, Pai Rocha fez um gesto para que se sentassem no sofá próximo, mas Chuva não se moveu. Ela caminhou diretamente para a cama, seu olhar fixo no rosto pálido da Sra. Summer.
Seus dedos tremiam levemente enquanto ela estendia a mão, pegando suavemente a frágil mão da Sra. Summer na sua. “Você vai ficar bem, Sra. Summer. Por favor, volte logo. Muitas pessoas estão esperando por você, especialmente as crianças no Orfanato Haven. Todos estamos rezando pelo seu retorno.” Sua voz estava pouco acima de um sussurro, densa de emoção.
Ela queria ter visitado antes, estar ao seu lado e oferecer conforto, mas o caos envolvendo Carla a havia mantido distante. Tudo o que ela podia fazer era confiar em William e na Gerente Wilma para atualizações sobre a condição da Sra. Summer.
Agora que ela finalmente estava aqui, vendo a mulher que sempre fora tão forte deitada inconsciente, Chuva sentia uma sensação avassaladora de impotência. Ela apertou sua mão suavemente, como se tentasse passar sua força.
“Você não está sozinha,” ela murmurou. “Não vamos parar de lutar por você.”
Alexandre exalou pesadamente, seu olhar fixo em sua esposa enquanto ela se sentava silenciosamente ao lado da cama de Tia Summer.
“Ela queria visitar desde que Tia Summer entrou em coma, mas nós seguramos. Não queríamos correr o risco de cruzar com Carla ou escalar a situação ainda mais.” Sua voz era calma, porém o peso das últimas semanas permanecia em suas palavras.
Virando-se para Tio Arlan, ele acrescentou, “Ela tem acompanhado a condição de Tia Summer através de William e da Gerente Wilma. Ela está preocupada, e peço desculpas por não ter visitado antes.”
Arlan ofereceu um aceno cansado. “Está bem, Alexandre. Eu entendo. E… sinto muito pelo caos que Carla causou. Como pais dela-”
“Você ainda não tem certeza se são os pais biológicos dela,” Pai Rocha interrompeu, sua voz afiada e medida. “Vamos aguardar os resultados. Eles já deveriam estar aqui.”
As sobrancelhas de Alexandre se franziram. “Pai, do que você está falando?”
Seu pai encontrou seu olhar com uma expressão firme. “Vá buscar Chuva. Não quero me repetir. Ela também precisa ouvir isso.”
Uma sensação de inquietação se estabeleceu no peito de Alexandre enquanto ele caminhava em direção a Chuva, pegando sua mão gentilmente e guiando-a de volta ao sofá. Ela olhou para ele, confusa, mas obediente, sentindo a tensão na sala.
Tio Arlan tomou assento em frente ao Pai Rocha, seus dedos entrelaçados como se estivesse se preparando para algo.
Antes que alguém pudesse falar, a porta se abriu.
David entrou, seguido de perto por dois médicos. “Os resultados chegaram.” Sua voz estava estável enquanto ele entregava um envelope a Tio Arlan.
As mãos de Arlan tremiam levemente enquanto ele pegava o envelope. O peso da verdade lá dentro parecia mais pesado do que ele esperava. Ele exalou profundamente, seus dedos cuidadosamente rompendo o selo antes de puxar o documento.
Seus olhos varreram os resultados, sua expressão escurecendo a cada palavra.
“Ela não é compatível,” Arlan finalmente falou, sua voz quase num sussurro. Ele engoliu em seco antes de olhar para Pai Rocha. “Carla não é biologicamente compatível com Summer.”
Pai Rocha roubou o documento das mãos de Arlan, seus olhos varrendo os resultados antes de ele cerrar os dentes de frustração.
“Eu sabia. Ela não é sua filha de verdade. Que tipo de monstro envenena a mulher que a criou só para servir à sua própria agenda? Mesmo que Carla não seja filha biológica de Summer, ela deveria pelo menos ter a decência de tratá-la com respeito! Summer deu a ela nada além de amor e cuidado!”
Arlan sentiu seus joelhos enfraquecerem, mas ele se forçou a ficar de pé e andar até o lado de Summer. Sua mão tremeu enquanto ele alcançava a dela, seus dedos gentilmente enrolando-se ao redor daqueles frágeis e imóveis. Sua visão embaçou com lágrimas não derramadas, o peso da realidade pressionando seu peito como uma pedra.
Summer já havia sofrido tanto depois de perder um de seus gêmeos todos esses anos atrás e agora, isso. Ele não podia começar a imaginar o devastação que ela sentiria ao acordar e aprender a dolorosa verdade: a criança que ela havia criado, amado e estimado havia feito isso com ela.
A revelação de que Carla não era sua filha biológica não mudava como eles se sentiam sobre ela. Ela havia sido sua filha em todos os sentidos que importavam. Sangue não definia família, amor sim. Mas esse amor foi despedaçado no momento em que Carla escolheu prejudicar Summer.
As mãos de Arlan se fecharam em punhos, a raiva fervendo por baixo de seu luto. ‘Como ela pôde?’
E ainda assim, além da raiva e da traição, uma pergunta queimava em sua mente, enviando um calafrio pela sua espinha.
Se Carla não era sua filha de verdade… então onde ela estava? Onde estava a criança desaparecida deles?
Arlan virou-se para Pai Rocha, então mudou seu olhar para Chuva. Sua mente corria, emoções conflitantes se enredando dentro dele.
‘O pressentimento de Rocha poderia estar certo?’