Casamento Surpresa com um Bilionário - Capítulo 409
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Capítulo 409: Desvende a Verdade
No Hospital dos Doutores de Lamey, País Lamey
Arlan andava de um lado para o outro no corredor impecável do hospital. Seu comportamento normalmente calmo estava despedaçado, substituído por uma energia inquieta. Ele passava a mão pelos cabelos escuros, com os olhos disparando em direção às portas duplas do laboratório de diagnóstico a cada poucos segundos.
David, seu assistente de confiança, estava por perto, observando silenciosamente sua rara demonstração de vulnerabilidade.
“Eles estão demorando muito,” Arlan murmurou baixinho, olhando para o relógio na parede.
Cada minuto que passava parecia uma eternidade. O colapso súbito de sua esposa tinha virado seu mundo de cabeça para baixo, e a falta de respostas só intensificava sua frustração.
David pigarreou, quebrando o silêncio tenso. “Senhor, esta instalação é conhecida por sua tecnologia de ponta e expertise. Eles terão respostas em breve.”
Por semanas, nenhum médico em seu país conseguira explicar por que sua esposa de repente entrou em coma. Todos os resultados de seus exames pareciam normais, mas ela permanecia irresponsiva, como se estivesse presa em um vazio inexplicável. As maiores mentes médicas de seu país tentaram e falharam em encontrar respostas.
Arlan parou de andar, seu olhar agudo fixando-se em Summers. “Logo não é o suficiente. Ela está inconsciente há semanas, David. Ninguém em casa conseguiu descobrir o que está errado, e agora estamos aqui, em um dos hospitais mais avançados do mundo, e ainda-”
Ele se interrompeu, exalando pesadamente enquanto se esforçava para se acalmar.
David assentiu, entendendo sua agitação. “Os médicos aqui são meticulosos, Sr. Cartier. Eles não demorariam tanto a menos que estivessem descobrindo algo importante.”
Antes que Arlan pudesse responder, as portas duplas se abriram e um especialista de jaleco branco entrou no corredor. A expressão do homem era composta, mas séria, e o coração de Arlan afundou. Ele podia dizer imediatamente que as notícias não seriam fáceis.
“Sr. Cartier?” o médico chamou, sua voz calma, porém firme. Arlan se endireitou, esticando os ombros enquanto se preparava para enfrentar o que estava por vir. Ele atravessou o corredor em passos rápidos, David o seguindo de perto.
“Sim, sou Arlan Cartier. O que vocês descobriram?” ele exigiu, sua voz estável apesar da tensão que irradiava dele.
O especialista gesticulou para que eles o seguissem até uma sala de consulta privada. Uma vez lá dentro, o médico indicou que Arlan e David se sentassem, mas Arlan permaneceu de pé, seus olhos penetrantes fixados no especialista.
O médico colocou uma pasta na mesa e a abriu, revelando uma série de resultados de exames e imagens. “Identificamos a causa da condição de sua esposa, Sr. Cartier. É… incomum. Uma substância tóxica foi detectada em seu corpo.”
A respiração de Arlan falhou e sua compostura finalmente rachou. “O que você quer dizer com uma substância tóxica em seu corpo?!” ele explodiu, sua voz repleta de raiva e preocupação.
O especialista encarou seu olhar diretamente, seu tom medido. “Por favor, deixe-me explicar…”
As palavras do especialista pairavam pesadamente no ar, e Arlan sentiu seu peito apertar. Poderia essa ser a descoberta que eles estavam esperando, ou era algo pior?
O especialista, um homem calmo, porém de aparência séria, de cerca de quarenta anos, ajustou seus óculos e considerou Arlan com um olhar firme. “Sr. Cartier, entendo sua frustração. Por favor, permita-me explicar.”
Ele gesticulou para a tela ao lado dele, que exibia uma análise detalhada do sangue e das imagens de sua esposa. “Nosso equipamento avançado detectou vestígios de um composto neurotóxico raro no sistema de sua esposa. É uma toxina altamente sofisticada que age gradativamente, atacando o sistema nervoso central e induzindo um estado de inconsciência prolongado.”
Arlan cerrava os punhos, seu corpo tremendo com uma mistura de raiva e medo. “Como diabos isso aconteceu? Ela estava perfeitamente saudável, e não há como ela poderia ter sido exposta a algo assim acidentalmente!” Sua voz era afiada, sua frustração transbordando enquanto sua mente corria com perguntas não respondidas.
O especialista assentiu simpateticamente. “Você está certo, esta toxina não é algo que se encontra na vida cotidiana. Na verdade, é tão rara e obscura que nossos testes mais avançados foram necessários até mesmo para identificá-la. É possível que isso tenha sido introduzido de propósito.” Ele fez uma pausa, deixando o peso de suas palavras se assentar.
Arlan congelou, seus olhos se estreitando. “Deliberadamente? Você está dizendo que alguém a envenenou?” Sua voz baixou, um tom perigoso se insinuando.
“Essa é uma possibilidade,” o especialista admitiu, sua expressão sombria. “Não podemos dizer com certeza como a toxina entrou em seu corpo sem mais investigação. No entanto, dado sua raridade, seria necessário um esforço deliberado para adquiri-la e administrá-la. Não é algo que ela poderia ter ingerido ou entrado em contato por acaso.”
A mente de Arlan girava. Sua esposa, seu amor… alguém a havia machucado intencionalmente? Ele podia sentir seu sangue ferver com o pensamento. “O que pode ser feito para salvá-la?” ele exigiu, sua voz rouca com desespero.
O especialista exalou, olhando novamente para os arquivos médicos. “Já começamos ela em um protocolo de tratamento para neutralizar a toxina, mas essa substância é incrivelmente complexa. Ela se liga aos caminhos neurais, tornando difícil reverter os efeitos completamente. Faremos tudo ao nosso alcance, mas… o processo vai levar tempo, e não há garantias.”
Arlan bateu o punho na mesa, sua frustração transbordando. “Não me importo quanto tempo demore ou quanto custe. Apenas salve ela! Eu fornecerei os recursos que vocês precisarem. Apenas não deixe ela ficar assim.” Sua voz quebrou no final, traindo a vulnerabilidade sob sua raiva.
O especialista assentiu solenemente. “Faremos tudo o que pudermos, Sr. Cartier. Mas eu recomendo fortemente que você comece a investigar como isso aconteceu. Se alguém está por trás disso, eles ainda podem ser uma ameaça, não apenas para ela, mas para você também. Além disso, entender como essa toxina foi criada pode nos ajudar a desenvolver uma contramedida.”
A mandíbula de Arlan se apertou, seus punhos se cerrando ao seu lado. Seus instintos protetores vieram à tona, alimentando uma determinação ardente em seu olhar. Ele se inclinou para frente, sua voz baixa e resoluta. “Não se preocupe. Eu vou encontrar quem fez isso com ela. E quando eu encontrar… eles vão pagar.”
Após discutir os detalhes críticos com o especialista, Arlan puxou David para uma conversa privada. Seu tom era afiado e comandante. “Quero que você investigue esse assunto, e quero que seja feito discretamente. Investigue todos… nossa equipe doméstica, os orfanatos, qualquer pessoa com quem ela tenha entrado em contato. Quero uma investigação completa, David. Precisamos descobrir quem é o responsável por isso.”
David franziu a testa, a incredulidade evidente em seu rosto. “É difícil imaginar, Senhor. Quem machucaria a Sra. Summers? Temos uma segurança rigorosa, até mesmo nas refeições que ela recebe, seja em casa ou fora. Todo o pessoal na mansão foi cuidadosamente investigado antes de ser contratado…” Ele hesitou, sua voz morrendo. “A menos que…”
“A menos que o quê?” Os olhos de Arlan se estreitaram, seu rosto escurecendo enquanto ele pressionava por uma resposta.
David hesitou por um momento, como se pesasse suas palavras cuidadosamente. “A menos que a pessoa responsável seja alguém em quem ela confia implicitamente, alguém próximo o suficiente para contornar as camadas de segurança que temos. É a única maneira de isso ter sido executado sem levantar suspeitas.”
A mandíbula de Arlan se apertou, e suas mãos se fecharam em punhos. A ideia de alguém trair sua esposa, alguém de seu círculo confiável, enviou uma onda de raiva correndo por ele. “Não me importa quem seja,” ele disse, sua voz baixa, mas carregada de veneno. “Amigo, família ou funcionários… se eles tiveram algo a ver com isso, eles se arrependerão do dia em que cruzaram comigo.”
David assentiu, sua expressão séria. “Entendido, Senhor. Começarei a investigação imediatamente. Começarei com a equipe doméstica e expandirei a partir daí. Também vou investigar mais profundamente qualquer interação recente que ela tenha tido, tanto na mansão quanto fora.”
Arlan se virou, seu olhar distante enquanto tentava juntar as peças do quebra-cabeça. A natureza bondosa e altruísta de sua esposa havia feito dela o coração de sua casa, e a ideia de alguém explorar essa bondade o preencheu com uma resolução fria e firme.
“Faça isso discretamente,” ele repetiu firmemente. “Não quero que ninguém saiba que estamos atrás deles até termos provas sólidas. E David…” Ele se virou de volta para seu ajudante de confiança, seus olhos duros como aço. “Encontre-os. Não importa o que custe.”
David colocou a mão sobre o peito em um gesto de lealdade. “Você tem minha palavra, Senhor. Não descansarei até descobrirmos a verdade.”
Arlan deu a David um aceno breve antes de dispensá-lo. Com o coração pesado, ele voltou para o quarto do hospital de Vera e se acomodou na cadeira ao lado de sua cama.
Segurando a mão dela na sua, ele gentilmente a beijou, saboreando o calor que o tranquilizava de que ela ainda estava lutando. “Vera, sinto tanto sua falta. Por favor, acorde logo,” ele sussurrou, sua voz espessa de emoção enquanto as lágrimas brotavam em seus olhos.
Todos os dias, sem falta, ele rezava por sua recuperação e falava com ela, assim como Chuva havia sugerido. As palavras encorajadoras de Chuva ecoavam em sua mente, dando-lhe esperança.
“Chuva, aquela garota é tão persistente. Ela até me disse para ameaçar você se não acordasse,” ele murmurou suavemente, um sorriso discreto surgindo em seus lábios apesar de sua tristeza. “Talvez eu devesse tentar isso a seguir, meu amor. O que você acha?”
Mas, mais uma vez, não houve resposta. O silêncio parecia uma adaga em seu coração, fazendo-o afundar ainda mais no desespero.
Pela primeira vez em sua vida, Arlan se sentiu completamente impotente, um sentimento que ele desprezava completamente. No entanto, em meio à impotência, uma coisa ardia intensamente dentro dele: quem quer que ousasse machucar sua esposa enfrentaria sua ira. Ele jurou protegê-la e descobrir a verdade, não importa o custo.