Casamento Surpresa com um Bilionário - Capítulo 406
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406: Meu Guia 406: Meu Guia Kelly acordou um pouco tarde e Clifford já não estava na cama. Ela se levantou imediatamente para se arrumar, percebendo que já eram dez da manhã. Ela se perguntou onde Clifford teria ido, mas uma coisa ela tinha certeza, devia ter sido uma emergência para ele deixá-la sozinha assim.
A curiosidade a dominou, então ela rapidamente seguiu para o laboratório do Dr. Ivan. De alguma forma, ela sentia que poderia ter algo a ver com sua condição, embora estivesse se sentindo ótima.
“Você viu o Clifford?” ela perguntou a uma enfermeira que passava, alguém que ela reconhecia.
“Ah sim, ele está no escritório do Dr. Ivan. Acho que eles estão discutindo algo importante, pois ele foi correndo para lá,” a enfermeira informou. Kelly assentiu, mas por alguma razão, ela sentiu um frio na barriga, pensando no que poderia ser.
“A propósito, parabéns, Sra. White.”
Kelly sorriu calorosamente e respondeu, “Obrigada.”
Era tão bom ser chamada de esposa de Clifford e ser tratada pelo sobrenome dele. Ela seguiu direto para o escritório do Dr. Ivan, um lugar muito familiar para ela, já que frequentemente ia lá com perguntas. Ultimamente, ela tinha ficado tão à vontade que entraria no escritório sem hesitação, assim como planejava fazer agora.
A porta estava entreaberta, e ela estava prestes a empurrá-la quando a voz irritada de Clifford a fez estremecer.
“Não!” Clifford rosnou. “Eu não vou contar a ela sobre isso! Eu já te disse que não vou deixar a Kelly passar por isso. Você não entende isso? Então pare de tentar me persuadir!”
“Mas Clifford, isso é muito importante! Estamos falando de uma cura, e não podemos atrasá-la enquanto esperamos por outro sujeito para teste. Kelly merece saber disso também, e ela deveria poder decidir por conta própria,” Ivan argumentou.
“Não!” A voz de Clifford aumentou. “Ela é minha esposa, e eu vou decidir por ela. Afasta-se, Ivan! Eu não me importo com sua descoberta. Essa suposta cura ainda é um teste e pode prejudicar minha esposa! Eu não vou arriscar! Eu não vou arriscar a saúde dela por essa experiência. Eu vou tirá-la daqui e pagar a multa contratual se for necessário!”
O corpo de Kelly congelou enquanto ela ouvia a discussão acalorada, especialmente o que Ivan tinha dito. Quando o silêncio caiu na sala, ela imediatamente se virou e caminhou de volta para o quarto de Clifford.
“Há uma possível cura,” ela murmurou fracamente, sentando-se na beira da cama. Mas Clifford queria esconder isso dela.
Kelly mordeu o lábio inferior. Ela entendia os sentimentos de Clifford, mas, lá no fundo, ela queria tentar aquela cura, não apenas pela chance de viver mais alguns anos com Clifford, mas pela esperança de que pudesse ajudar outras pessoas sofrendo da mesma doença.
Se essa cura tivesse sucesso com ela como sujeito de teste, ela poderia salvar inúmeras vidas.
Kelly estava dividida. Ela respirou fundo, fechou os olhos e começou a rezar, pedindo a Deus orientação para tomar essa difícil decisão.
Enquanto isso, ao invés de voltar direto para o quarto onde Kelly ainda estava dormindo, Clifford foi para a varanda no corredor para respirar um pouco. Ele sentia que tinha perdido o controle enquanto discutia com Ivan.
Aquele homem tinha enviado uma mensagem de texto, alegando que era urgente. Então Clifford correu para o escritório, apenas para Ivan explicar o progresso de sua pesquisa sobre a cura e como ele estava confiante de que poderia funcionar. No entanto, quando Clifford perguntou sobre os contratempos e se ele poderia garantir que Kelly não perderia a vida no processo, Ivan hesitou.
Como ele poderia deixar sua esposa passar por tanta incerteza?
Clifford apertou o peito enquanto uma onda de dor o dominava. Doía tanto… a ideia de perder Kelly o dilacerava mais do que ele poderia imaginar.
“Oh Deus,” ele murmurou, seus lábios tremendo mal formando as palavras enquanto ele se sentava fracamente na cadeira mais próxima. Ele cobriu o rosto com as mãos, incapaz de parar as lágrimas que caiam de seus olhos sem que ele sequer percebesse.
Ele estava aterrorizado que Kelly descobrisse sobre a possível cura. Ele a conhecia bem, sabia como ela não tinha medo de morrer. Mas ele estava com medo… completamente e desesperadamente com medo.
Clifford não sabia quanto tempo tinha ficado lá. Kelly já deveria estar acordada agora, e ele tinha certeza de que ela estava com fome, então ele rapidamente se recomcompôs, enxugando as lágrimas. Ele foi até a cozinha, pegou uma bandeja de refeições preparadas para a dieta de Kelly, e fez um sanduíche simples para si mesmo.
Enquanto voltava com a bandeja, ele parou na porta, respirando fundo para se estabilizar antes de sorrir e abri-la.
Como esperado, Kelly já estava acordada, sentada na cama e lendo sua Bíblia. Ela fechou-a assim que ele entrou, seu sorriso como um raio de sol, iluminando até os cantos mais escuros de seu coração.
“Bom dia,” ela cumprimentou docemente.
“Bom dia. Vem, vamos comer, você deve estar faminta,” ele respondeu enquanto arrumava o café da manhã atrasado na mesa. Kelly rapidamente se sentou na cadeira que ele puxou para ela, e ele tomou o assento ao lado dela.
“Vamos rezar primeiro,” ela disse, segurando sua mão.
Ele assentiu e fechou os olhos enquanto Kelly liderava a oração. Ela sempre insistia em rezar antes das refeições. No começo, isso tinha sido estranho, mas com o tempo, ele tinha se acostumado. Mais do que isso, ele admirava sua fé inabalável e devoção, era uma das muitas coisas que ele amava nela.
Após a oração, eles começaram a comer, com Clifford ocasionalmente alimentando-a com pequenas mordidas para mimá-la.
Um tempo depois, Kelly soltou um suspiro satisfeito e murmurou, “E agora, estou tão cheia!” Ela o olhou com um sorriso brincalhão e disse, “Que tal darmos uma caminhada? O tempo está bom. Ainda não está nevando, e eu quero sentir a brisa fria.”
Ele assentiu, pegando casacos para ambos. De mãos dadas, eles saíram, seguindo o caminho até o espaçoso jardim. O ar fresco era revigorante, e a alegria de Kelly era contagiosa.
“Podemos tentar o labirinto?” ela perguntou animada, apontando para as sebes. “Quero ver se conseguimos passar sem nos perdermos!”
Ele assentiu novamente, segurando um pequeno sorriso. Ele havia projetado o labirinto, então conhecia todos os seus giros e voltas de cor. Mas ele decidiu não contar a ela e deixá-la liderar o caminho. Kelly ansiosamente puxou sua mão, conduzindo-o enquanto escolhia seu caminho, sua risada ecoando pelo labirinto.
Kelly parou após a caminhada enquanto olhava para os três caminhos à frente deles. Havia um à esquerda, um à direita e um à frente.
“Hmmm, então qual caminho devemos seguir, Sra. White?” Clifford provocou, um sorriso brincalhão nos lábios.
Kelly, que tinha escolhido com confiança seus caminhos antes, hesitou desta vez. Para ser honesta, até agora ela tinha se saído bastante bem.
“Eu sempre sigo minha intuição e instinto…” Kelly murmurou, pensativa enquanto seus olhos oscilavam entre as três opções.
Kelly pausou, seu olhar alternando entre os três caminhos. Sua confiança vacilou por um momento, e ela soltou um pequeno suspiro.
“Você sempre confia nos seus instintos, não é?” Clifford disse suavemente, observando-a de perto.
Ela assentiu, mas então sua expressão se tornou pensativa. “Sim, mas mais que isso… quando eu me sinto perdida, sempre recorro à minha fé. É o meu guia. Eu confio nas promessas de Deus, Clifford, e acredito que quando busco Sua vontade e faço o que é certo, Ele vai me mostrar o caminho.”
As sobrancelhas de Clifford franziram levemente. “Mesmo quando o caminho é incerto? Mesmo quando é… perigoso?”
Kelly olhou para ele, seu olhar firme e cheio de convicção. “Especialmente então. A vida não é sobre ter todas as respostas ou saber exatamente onde cada passo vai levar. É sobre confiar que mesmo quando o caminho parece difícil, Deus tem um plano. Eu só preciso seguir onde Ele está me levando, não importa quão difícil seja.”
Suas palavras atingiram Clifford profundamente, e ele engoliu em seco. “Kelly… você está falando sobre o labirinto? Ou sobre algo mais?”
Ela hesitou por um momento, então respirou fundo. “Eu ouvi você mais cedo, Clifford. Sobre a cura.”
Clifford endureceu, culpa atravessando seu rosto. Ele abriu a boca para responder, mas ela levantou a mão.
“Você não precisa explicar,” ela disse gentilmente. “Eu sei por que você não me contou. Você está tentando me proteger. Mas, Clifford…” Ela virou o olhar para o labirinto, sua voz calma, porém resoluta.
“Estive rezando sobre isso, e sei o que tenho que fazer. Se há até mesmo uma chance de essa cura ajudar outras pessoas como eu… se isso faz parte do plano de Deus para mim… então eu quero aproveitar essa chance.”
O coração de Clifford afundou. Ele se aproximou dela, sua voz tensa. “Kelly, eu não suporto a ideia de perder você. E se algo der errado? E se-”
Ela alcançou sua mão, segurando-a firmemente. “E se esse é o caminho que eu devo seguir? E se essa é a forma como posso fazer a diferença, Clifford? Eu confio em Deus para me guiar, mesmo quando é assustador. Mesmo quando eu não sei o resultado. Ele nunca me falhou antes, e eu acredito que Ele não falhará comigo agora.”