Casamento Surpresa com um Bilionário - Capítulo 371
- Home
- Casamento Surpresa com um Bilionário
- Capítulo 371 - 371 Tão Vazio 371 Tão Vazio Ao chegar ao complexo de
371: Tão Vazio 371: Tão Vazio Ao chegar ao complexo de apartamentos dela, Henry estacionou o carro e respirou fundo.
Seja lá o que fosse este encontro, ele iria enfrentá-lo com serenidade. Ele não podia permitir que emoções antigas turvassem o seu julgamento, não quando se tratava de Carla.
No momento em que Henry pressionou a campainha, o som ecoou brevemente antes da porta se abrir. Antes que ele pudesse dizer uma palavra, Carla se atirou em seus braços, pegando-o de surpresa.
“Henry, por favor me ajude a esquecê-lo. Eu estou uma bagunça agora, e não sei o que fazer!” Carla soluçava, agarrando sua camisa com força, como se segurar nele a ancorasse à realidade.
Henry ficou parado, com os braços pairando constrangido ao seu lado. Ele não esperava esse nível de desespero. “Carla, se acalme,” ele disse suavemente, embora sua voz carregasse uma firmeza. Colocou as mãos nos ombros dela e a empurrou suavemente para trás, apenas o suficiente para olhar em seu rosto marcado por lágrimas.
Sua maquiagem estava um pouco borrada, seus olhos vermelhos e inchados de chorar. Ela não parecia em nada com a mulher confiante e glamourosa que ela retratava em público.
“Vamos sentar e conversar,” ele disse, guiando-a para o sofá dentro de seu espaçoso apartamento.
Ela desabou no sofá, cobrindo o rosto com as mãos. “Sinto que meu mundo inteiro está desmoronando. Todos estão rindo de mim, Henry. Você sabe como é humilhante ser ofuscada assim? Perder para ela?”
“Carla,” Henry começou, mantendo sua voz controlada, “você precisa parar de se comparar com os outros. O que está acontecendo com Alexandre e Chuva não tem mais nada a ver com você.”
Sua cabeça se levantou, seus olhos ardendo de frustração. “Como você pode dizer isso? Tem tudo a ver comigo! Alexandre era para ser meu. Eu fui a que esteve ao lado dele por anos, e agora ele está exibindo sua vidinha perfeita com Chuva como se eu nunca tivesse existido!”
A mandíbula de Henry se apertou. “E o que exatamente você quer que eu faça sobre isso? Você me chamou aqui para ajudar, mas o que você realmente está pedindo, Carla?”
“Eu não sei!” ela gritou, a voz trêmula. “Eu simplesmente… Eu não consigo lidar com essa dor, Henry. Me sinto tão perdida. Preciso que você me ajude a esquecê-lo, mesmo que seja só por um momento.”
Suas palavras estavam carregadas de desespero, e Henry sentiu o peso de seu apelo assentar-se pesadamente em seus ombros. Uma parte dele queria lembrá-la do passado, de como ela o havia deixado quebrado da mesma maneira que Alexandre agora a deixava. Mas outra parte dele, a parte que ainda carregava um lampejo do amor que ele uma vez teve por ela, não conseguia ignorar sua dor.
“Carla,” ele disse após uma longa pausa, sua voz firme mas calma, “eu vou te ajudar, mas não do jeito que você pensa. Fugir disso ou tentar esquecê-lo não vai resolver nada. Você precisa confrontar seus sentimentos e seguir em frente, pelo seu próprio bem.”
Seus lábios tremiam, e lágrimas frescas brotavam em seus olhos. “Mas eu não sei como,” ela sussurrou.
Henry suspirou profundamente e se inclinou para trás na cadeira, passando a mão pelos cabelos. “Então vamos começar com você descobrindo quem você é sem Alexandre. Está na hora de parar de se definir por ele ou por qualquer outro.”
Carla olhou para ele, sua expressão uma mistura de raiva, tristeza e algo que ele não conseguia bem identificar. Pela primeira vez em anos, ela parecia verdadeiramente vulnerável.
O ambiente parecia encolher ao redor de Henry enquanto ele processava o que estava acontecendo. Carla estava diante dele, seu vestido caído aos pés, sua forma nua iluminada pelo brilho suave das luzes do quarto. Seu coração acelerava, mas não de excitação… era uma mistura de choque, raiva e confusão.
“Carla…” ele conseguiu dizer roucamente, sua voz áspera e baixa, mas ela não lhe deu chance de dizer mais.
Ela mordeu o lábio inferior, seus olhos brilhando com desespero. “Eu quero que você me faça me sentir bem como antes. Eu quero que você me faça me sentir desejada…”
A mente de Henry gritava para ele agir, empurrá-la para longe, ir embora, mas seu corpo se sentia congelado no lugar. O peso de suas palavras e a vulnerabilidade que ela vestia como um manto tornavam mais difícil reagir logicamente.
Quando ele finalmente encontrou forças para se mover, Carla já estava montada em seu colo, seus lábios capturando os dele num beijo ardente e desesperado.
Não era um beijo cheio de amor ou ternura, mas um impulsionado pela necessidade, uma necessidade de se sentir validada, de sentir algo além da dor em que Carla estava se afogando. Por um breve momento, o corpo de Henry o traiu, respondendo por instinto em vez de razão. Mas então a realidade o atingiu como uma onda gigante.
Com uma inalação brusca, ele agarrou os ombros dela e a empurrou firmemente para trás, interrompendo o beijo. “Pare!” ele latiu, sua voz mais alta do que pretendia.
Carla parou, os olhos arregalados de choque, o peito ofegante pela respiração desigual.
“Isto não está certo,” Henry disse, seu tom impregnado de uma mistura de raiva e decepção, principalmente consigo mesmo por não ter interrompido as coisas mais cedo. “Eu não vou ser sua fuga do que quer que esteja sentindo agora. E você merece mais do que se reduzir a isso, Carla.”
Sua expressão se contorceu de dor e frustração, e as lágrimas começaram a cair de seus olhos. “Eu só… Eu não sei mais o que fazer, Henry. Me sinto tão vazia, tão inútil…”
Henry suspirou, seu coração doendo pela mulher que ele já amou, mesmo que ela agora fosse uma sombra de quem ela costumava ser. “Você precisa encontrar seu valor dentro de si mesma, não em outra pessoa, não em Alexandre, e não em mim.”
Ele a moveu delicadamente mas com firmeza para fora de seu colo e se levantou, mantendo o olhar fixo nos olhos dela, recusando-se a vacilar. “Coloque seu vestido de volta, Carla. Você é melhor do que isso. E precisar começar a agir como tal.”
Carla parecia atordoada, sua vulnerabilidade flagrante no silêncio que se seguiu. Lentamente, ela alcançou seu vestido, puxando-o de volta pelos ombros. Henry respirou fundo, tentando se acalmar, e virou-se em direção à porta.
“Vale o que for,” ele disse sem olhar para trás, “espero que você encontre a força para se curar. Mas eu não posso fazer parte disso.”