Casamento Surpresa com um Bilionário - Capítulo 370
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370: Revivendo Memórias 370: Revivendo Memórias A expressão de Chuva suavizou, e uma leve tristeza cintilou em seus olhos. “Acho que não percebi o quanto isso transparecia naquela época. Foi… um momento difícil.”
Henry assentiu. “Compreensível. Mas agora? Parece que você está radiante. Você voltou à vida, Chuva.”
Chuva deu um pequeno sorriso agridoce. “Isso é porque Alexander acordou. Ele é… ele é meu porto seguro. Quando ele estava inconsciente, parecia que o mundo havia parado de girar. Como se eu estivesse apenas passando pelos movimentos sem nenhum propósito real.”
Henry a observou por um momento, então disse, “É bom que ele tenha você. Não acho que ele seria tão forte sem alguém como você ao lado dele.”
Ela desviou o olhar, suas bochechas coradas de calor. “Acho que somos fortes porque temos um ao outro. Não é só eu… é ele também. Ambos lutamos para chegar aqui, e não acho que eu teria conseguido sozinha.”
Henry sorriu levemente. “Bem, seja lá o que você está fazendo, continue assim. Ver você desse jeito… é inspirador. E, honestamente, é uma ótima mudança de ritmo neste escritório.”
Chuva riu baixinho. “Obrigada, Henry. Vou tentar não deixar o brilho desaparecer tão cedo.”
Ele lhe deu um rápido aceno antes de voltar aos seus papéis, deixando Chuva para refletir sobre as palavras dele.
Ela e Alexander tinham passado por tanto, mesmo que tivessem ficado juntos apenas por alguns meses, quase três meses, para ser exata. Momentos como esse a faziam lembrar o quão longe eles tinham chegado apesar do turbilhão de desafios.
Seus olhos se voltaram para a moldura na mesa, capturando um momento espontâneo dela e de Alexander. Os sorrisos na imagem irradiavam pura alegria, um contraste gritante com as provações que haviam suportado. Ela esticou a mão, passando os dedos levemente sobre o vidro.
“Nossa relação só se fortaleceu,” ela murmurou suavemente, sua voz cheia de convicção. Ela se endireitou na cadeira, seu olhar fixo na fotografia.
Um sorriso largo se espalhou pelo seu rosto enquanto ela acrescentava, “E tenho certeza, não importa o que venha pela frente, juntos, vamos superar tudo.”
O calor em seu coração pareceu irradiar para fora, preenchendo a sala. O pensamento de sua jornada, seu vínculo e os desafios que haviam conquistado juntos lhe deu um sentimento inabalável de esperança. Chuva sabia que com Alexander ao seu lado, não havia nada que eles não pudessem enfrentar.
Enquanto isso, de volta em seu escritório privado, Henry suspirou profundamente enquanto se acomodava em sua cadeira. Ele abriu seu laptop, tentando se concentrar no monte de trabalho pendente, mas seus pensamentos continuavam vagando. Ultimamente, ele vinha lutando contra uma confusão interna, e era tudo por causa de Chuva.
Ele cerrou os punhos, frustrado consigo mesmo. Ele sabia que não deveria se sentir assim… admirar uma mulher casada, especialmente alguém como Chuva, não era apenas errado, mas também um caminho que poderia levar a um coração partido. No entanto, esta admiração emergente, que se fortalecia a cada momento que compartilhavam, estava se tornando cada vez mais difícil de suprimir.
Perdido em seus pensamentos em espiral, seu telefone tocou, quebrando o silêncio. A tela mostrava um número desconhecido. Ele franziu a testa. Normalmente, ele teria ignorado, mas parte dele acolheu a distração.
“Alô? Quem é?” ele perguntou diretamente, seu tom à beira da irritação.
“Sou eu,” veio uma doce voz familiar do outro lado.
O som imediatamente o colocou em alerta.
“Acho que você ainda está bravo comigo se foi até o ponto de apagar meu número,” a mulher acrescentou com uma risadinha.
“Carla,” Henry disse secamente, recostando-se na cadeira.
De fato, ele estava bravo. Ele havia deletado o número dela sete anos atrás depois que ela o havia esmagado com suas palavras frias, dizendo-lhe que ele não era nada para ela. Logo depois, ele descobriu que ela estava vendo outra pessoa, Alexander Lancaster. Naquela época, ele não se importara em investigar quem era Alexander.
Agora, a ironia tinha uma maneira de aparecer. A mulher que o havia dispensado há tantos anos era a mesma mulher que Alexander tinha amado… e agora, Henry se via atraído por Chuva, a esposa de Alexander.
Que estranho e retorcido destino, ele pensou amargamente. O mundo parecia muito pequeno, e suas vidas pareciam inexoravelmente emaranhadas. Carla, Alexander, Chuva… todos eles estavam conectados em uma teia de histórias complicadas.
“O que você quer?” Henry perguntou secamente, tentando manter seu tom o mais neutro possível.
Carla hesitou, mas depois sua voz suavizou, quase implorando. “Eu só… Eu preciso conversar com alguém, Henry. E honestamente, eu confio em você mais do que em qualquer outra pessoa.”
Ele cerrou o maxilar, incerto se deveria desligar ou ouvir. Por um momento, ele ficou em silêncio.
“Podemos nos encontrar? Eu estou realmente perdida agora, Henry, e não sei a quem mais recorrer. Não posso deixar meus pais saberem que estou em uma bagunça… Você sabe que não tenho amigos próximos. É só você,” murmurou Carla, sua voz trêmula. Mesmo pelo telefone, Henry podia dizer que ela estava reprimindo as lágrimas.
Ele suspirou, conflituoso, mas incapaz de ignorá-la. “Tudo bem, onde você quer se encontrar?”
Ela rapidamente deu-lhe o endereço de seu apartamento, e embora parte dele questionasse se isso era uma boa ideia, outra parte o lembrava da dívida que ele devia à família dela. Carla não era qualquer uma… ela foi seu primeiro amor, e foi o apoio da família dela que pavimentou o caminho para seu sucesso atual.
Com um aceno resignado para si mesmo, Henry concordou. Ele já precisava sair para alguns trabalhos, então passar no apartamento de Carla primeiro não atrapalharia sua agenda.
Enquanto dirigia pelas ruas movimentadas, seus pensamentos voltaram ao passado, trazendo à tona memórias que ele pensou ter enterrado.
Henry havia crescido com seu pai, que administrava a ilha privada da família Cartier, a Ilha Bohne. A família de Carla costumava passar férias lá, e ela foi uma presença constante em seus anos de adolescência.
Ele tinha dezesseis anos quando Carla, então com doze anos, começou a segui-lo onde quer que ele fosse. Ela tinha um talento para irritá-lo, insistindo para que ele se juntasse a ela em todo tipo de atividade, desde pescar até explorar as trilhas escondidas da ilha.
O que começou como um vínculo inocente evoluiu ao longo dos anos. Quando Carla completou dezoito anos, Henry percebeu que seus sentimentos por ela haviam se aprofundado em algo mais. Ela não era mais apenas a garota alegre que o seguia por todo lado; ela havia se tornado alguém com quem ele pensava que poderia passar o resto da vida.
No seu décimo oitavo aniversário, ele finalmente reuniu coragem para confessar seus sentimentos, esperando que ela sentisse o mesmo. E por um momento, ele pensou que ela sentiu. Carla não apenas aceitou sua confissão… ela foi além, oferecendo-se a ele, borrando as linhas entre amor e desejo.
Mas foi ali que o sonho acabou e o pesadelo começou.
As mãos de Henry se apertaram no volante enquanto seu rosto escurecia, lembrando-se de como Carla o tinha usado. Ela não o tinha amado, não da maneira como ele a amava. Ele não tinha sido nada mais do que uma diversão passageira, um brinquedo conveniente para passar o tempo.
A dor dessa realização o assombrara por anos, fazendo-o questionar seu valor e endurecendo seu coração. E agora, depois de tudo, ela estava de volta, pedindo sua ajuda como se nada tivesse acontecido.