Casamento Surpresa com um Bilionário - Capítulo 366
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366: Apenas Cabelo 366: Apenas Cabelo Clifford mal podia esperar para se casar com Kelly. Ele tinha estado tão ocupado com os preparativos do casamento, com muita ajuda de sua futura sogra. A cada dia, ele ficava mais empolgado para contar a Kelly sobre o progresso.
Naquela manhã, ele não conseguiu esperar mais. Correu até o quarto dela para compartilhar as novidades, mas quando entrou, franziu o cenho, percebendo que ela não estava lá. Olhou em direção ao banheiro, onde a porta estava entreaberta e a luz acesa. Preocupado, apressou-se em abri-la.
“Kelly!” ele chamou, mas congelou quando a viu.
Kelly estava em frente ao espelho, sorrindo para ele com um brilho travesso nos olhos. “Pensei em tentar algo novo… Você se importa em se casar com uma noiva careca?” ela brincou, seu sorriso constrangido suavizando a declaração. “Eu sempre posso usar uma peruca.”
Clifford ficou imóvel por um momento, tentando ao máximo se recompor. Seu coração doía ao vê-la assim, mas ele forçou um sorriso. “Não me importo nem um pouco, Kelly,” ele disse, sua voz firme. “Me dê isso, e eu vou fazer.”
Kelly hesitou, sem entregar a ele a lâmina de barbear, mas Clifford estendeu a mão, pegando-a gentilmente dela. “Sabe,” ele murmurou enquanto examinava o reflexo dela, “você é naturalmente linda. Mesmo sem cabelo, você ainda é deslumbrante.”
Sua voz suavizou-se com emoção enquanto falava, seu coração doendo por ela. Ele sabia exatamente por que ela estava raspando a cabeça, não era porque ela queria, mas porque ela não queria assistir seu cabelo cair sozinho.
Ele se lembrou da última vez que viu seu cabelo caindo, e a dor nos olhos dela. Ele tinha perguntado a Ivan sobre isso, e lhe foi dito que era um efeito colateral dos tratamentos de câncer dela. Era normal, mas ainda assim, ver Kelly passar por isso partia seu coração.
Ele cuidadosamente começou a raspar o cabelo dela, cada movimento gentil, como se tentasse aliviar a dor que ela estava sentindo, para tornar o processo o mais confortável possível. “Estou tão orgulhoso de você, Kelly,” ele murmurou. “Você é tão corajosa.”
Ao terminar, ele olhou para ela, notando como o rosto dela agora parecia ter uma serenidade inesperada, mesmo enquanto ela tocava o couro cabeludo liso. “Você ainda está deslumbrante,” ele disse, sua voz cheia de admiração.
Kelly soltou uma risada suave, uma verdadeira desta vez, e se inclinou para ele. “Obrigada. Acho que vou me acostumar com isso. E talvez eu comece a olhar perucas logo, como você disse.”
Clifford beijou sua testa, segurando-a perto. “O que quer que te faça se sentir confortável. Mas para mim, você sempre será perfeita.”
Mas então, para surpresa de Kelly, Clifford pegou a lâmina de barbear novamente e começou a movê-la em direção à própria cabeça.
“Clifford, não! Pare!” ela exclamou, seus olhos arregalados enquanto ela o via começar a raspar o próprio cabelo. “O que você está fazendo? Você não precisa fazer isso!”
Clifford riu baixinho, seus olhos se encontrando com os dela com um brilho brincalhão. “Por que não? Quero dizer, não vou deixar você fazer isso sozinha. Estamos nisso juntos, certo? Quero ver quem vai ficar melhor… eu, aquele que está te apoiando, ou você, aquele que já está roubando a cena.”
A boca de Kelly se abriu e fechou em surpresa, incerta se ria ou chorava. Ela não acreditava no que ele estava dizendo. Sua brincadeira era leve, mas ela podia ver a ternura subjacente.
“Não, Clifford. Você não precisa…” ela começou, sua voz embargada. “Você não precisa fazer isso por mim…”
Mas Clifford apenas sorriu para ela, a lâmina ainda posicionada acima de sua cabeça. “Quero fazer. Eu tenho que ficar tão bonito quanto você. Além disso, assim podemos ser carecas juntos, e você não vai se sentir tão sozinha.”
O peito de Kelly apertou com suas palavras, e as lágrimas que ela estava segurando finalmente começaram a cair. Não era apenas o gesto que a emocionava, era a profundidade do amor dele por ela. Ver ele disposto a fazer tal sacrifício, a ponto de mudar sua própria aparência só para fazer ela se sentir menos isolada, tocava ela de maneiras que palavras não podiam expressar.
Clifford começou a raspar seu próprio cabelo, mas Kelly o interrompeu, sua voz quieta. “Deixa eu fazer,” ela murmurou.
Houve um longo silêncio enquanto ela cuidadosamente trabalhava, raspando o cabelo dele. O olhar de Clifford permaneceu nela através do espelho, e embora ela tentasse manter a compostura, ela não conseguiu conter as emoções por mais tempo. Uma lágrima escorreu pela bochecha dela, seguida por outra, e logo, ela estava assoviando suavemente enquanto terminava de raspar seu cabelo.
Quando ela terminou, deu um passo para trás, suas mãos tremendo levemente. Sem pensar, ela envolveu os braços em volta dele por trás, enterrando o rosto nas costas dele.
“Desculpe você ter que perder seu cabelo por minha causa,” ela sussurrou, sua voz carregada de emoção.
Clifford virou-se gentilmente nos braços dela, segurando o rosto dela com as mãos, seus olhos suaves com compreensão. “Não precisa se desculpar,” ele disse, sua voz calma e reconfortante.
Ele se inclinou, pressionando um beijo gentil em seus lábios, sua testa descansando contra a dela enquanto ele falava novamente, suas palavras cheias de amor. “É apenas cabelo, Kelly. Vai crescer de novo. Eu te disse, quero caminhar cada passo dessa jornada com você. Quero passar por tudo, juntos. Eu quero isso… com você.”
Kelly ficou sem palavras, suas emoções a dominando. Sem pensar, ela ficou nas pontas dos pés e alcançou para beijá-lo. Seus lábios se encontraram em um abraço apaixonado como se o beijo fosse a única maneira de expressar tudo o que ela estava sentindo. Seu coração acelerou à medida que o beijo se aprofundava, e naquele momento, todas as preocupações e medos pareciam desaparecer, deixando apenas o calor de seu abraço e a certeza de que, juntos, eles poderiam enfrentar qualquer coisa.
Enquanto Kelly e Clifford se afastavam do beijo, uma voz suave da porta quebrou o momento. A Sra. Johnson estava lá, seus olhos arregalados de surpresa. Ela imediatamente soltou um suspiro, seu rosto corando de constrangimento. “Oh! Me desculpe!” ela exclamou, sua mão voando para a boca. “Não quis interromper.”