Casamento Surpresa com um Bilionário - Capítulo 343
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- Capítulo 343 - 343 O Contrato 343 O Contrato Ao saírem de vista William
343: O Contrato 343: O Contrato Ao saírem de vista, William soltou um suspiro exagerado, balançando a cabeça. “Pobre Carla. Dia errado, momento errado, tudo errado.”
Carla lançou-lhe um olhar fulminante, mas William apenas abriu um sorriso ainda mais largo. “O almoço é por conta da equipe. Você é uma heroína hoje,” ele acrescentou com uma piscadela, antes de gesticular para os assistentes o seguirem.
O corredor finalmente esvaziou, deixando Carla ali parada, com os punhos cerrados firmemente ao seu lado.
“Devemos ir agora,” Renzo sussurrou para Carla, ciente os olhares curiosos em volta deles.
“Vá em frente e me espere no carro. Preciso usar o banheiro com Maria,” Carla respondeu, seu tom calmo, mas firme.
Carla fez um gesto para Maria a seguir conforme caminhavam em direção ao banheiro. Uma vez lá dentro, Maria rapidamente verificou as cabines para se certificar de que estavam todas ocupadas, garantindo que a conversa delas seria ouvida.
“Senhorita Carla, você não deveria ficar parada e falar! Conte ao Senhor Alexandre Lancaster sobre esse casamento de contrato que ele teve com a esposa dele! Isso não pode continuar só porque ele esqueceu as memórias recentes daquele incidente!” Maria insistiu, sua voz baixa, mas firme. “A esposa dele vai aproveitar essa oportunidade e até seduzi-lo mais para continuar com esse casamento.”
A voz de Maria era confiante, mas o sorriso de Carla não vacilou enquanto ela mentalmente processava os próximos passos. Ela sempre planejou esse momento, sabendo que a situação se tornaria mais complexa com Chuva por perto. Afinal, Chuva já havia começado a manipular as circunstâncias a seu favor, algo que Carla não iria deixar passar facilmente.
“Este é claramente um documento autêntico e contrato que você conseguiu com o advogado Eric Crawford. Tenho certeza que Sir Alexandre tem uma cópia disso no escritório dele,” Maria continuou insistindo. “Você tem que mostrar isso a ele. São apenas quatro meses de contrato de casamento. Já é novembro, e esse contrato tem que acontecer. Eles devem se divorciar, especialmente agora que você voltou! Você tem que reivindicar o que aquela mulher tirou de você!”
“Ainda não vou interferir,” Carla disse baixinho, com o olhar firme. “Cabe ao Xander decidir o que acontece a seguir. Eu vou dar espaço para ele escolher. Mas quando chegar a hora, eu vou garantir que ele lembre de tudo e que ele não esqueça o que tivemos.”
“O que devemos fazer sobre o contrato?” Maria perguntou, olhando para o documento descartado.
A expressão de Carla permaneceu séria, mas um pequeno sorriso puxou o canto de seus lábios. “Apenas se livre dele, Maria. É uma cópia. Eu vou devolver o original para Eric.” Ela falou com uma resolução fria, embora seu sorriso não chegasse aos olhos. Maria prontamente jogou o papel no lixo e as duas mulheres saíram do banheiro.
Uma vez que elas se foram, alguns funcionários que estavam esperando nas cabines saíram.
“Você ouviu isso?” um sussurrou, seus olhos se voltando para a lixeira onde o documento havia sido descartado. Outro funcionário moveu-se rapidamente, pegando o papel.
“Meu Deus! Isso é real! Eu não posso acreditar!” ela exclamou, olhando para o documento em choque.
Enquanto isso, Carla e Maria voltaram para o carro. Maria não pode deixar de perguntar, “Você acha que a notícia vai se espalhar rapidamente? E se alguém dentro do banheiro reportar isso ao CEO?”
Carla debochou, sua voz pingando desdém. “As pessoas são fofoqueiras nascidas,” ela disse, sua voz cheia de confiança e amargura. Ela não estava preocupada. A semente estava plantada e logo todos saberiam sobre o contrato. Se Alexandre se lembrasse ou não, a verdade sobre esse contrato viria à tona.
*****
Dentro do carro, Alexandre abriu o compartimento e virou-se para Tyron no banco da frente, seu tom sério. “Como é que ninguém parece saber quem é minha esposa?”
Chuva deu uma risadinha suave, sua voz leve e provocante. “Isso é porque nosso relacionamento sempre foi privado. Além disso, eu não visitei o seu escritório antes.”
As sobrancelhas de Alexandre se franziram. “Eu não te levei ao escritório? Nem uma vez sequer?”
Tyron interveio cautelosamente, “Chefe… antes do incidente, o senhor estava planejando uma grande revelação. O senhor queria apresentar a Sra. Lancaster na celebração de aniversário da empresa. O senhor também tinha planejado anunciar uma cerimônia de casamento grandiosa para celebrar oficialmente seu casamento e convidar a todos para testemunhá-lo.”
“Certo, a reunião da empresa está chegando,” Alexandre murmurou, seus pensamentos se deslocando momentaneamente para o aniversário da empresa, que estava marcado para 15 de novembro. Então ele se voltou para Chuva, sua curiosidade aguçada. “Aliás, como é que você veio parar aqui?”
Chuva inclinou a cabeça com um biquinho brincalhão. “Bem, William me ligou e disse que havia um problema, então eu vim direto para cá assim que ele mencionou o nome de Carla.”
Alexandre franzou a testa. “Que tipo de problema?”
Chuva cruzou os braços, seu biquinho se aprofundando. “Ele disse que você e Carla se abraçaram.”
Alexandre se endireitou imediatamente, seu tom defensivo. “Eu não a abracei! Ela que me abraçou.”
Chuva arqueou uma sobrancelha, seus lábios tremendo com diversão. “Acho que só seria justo se um amigo meu também me abraçasse, então.”
O rosto de Alexandre escureceu num instante, sua mandíbula se apertando. “Não! Isso não está certo!” ele estalou, sua voz firme e possessiva.
Chuva não pôde deixar de explodir em risadas com a reação dele. “Ah, Alexandre,” ela disse entre suas risadinhas, “você é tão fácil de provocar.” Ela alcançou sua mão, entrelaçando seus dedos nos dele. “Relaxa. Eu confio em você. Mas talvez da próxima vez, não deixe ninguém te abraçar se você sabe que vai causar alvoroço.”
Alexandre exalou agudamente, sua irritação aliviando ligeiramente. “Vou ter certeza disso,” ele murmurou, seu aperto se tornando protetor em sua mão. “E só para constar, nenhum amigo seu tem permissão de te abraçar.”
Tyron tossiu constrangido no banco da frente. “Acho que é hora de fechar o compartimento,” ele murmurou.
Chuva deu uma risadinha suave, divertida, e apertou o botão para levantar o compartimento, dando-lhes privacidade. Ela não pôde deixar de se sentir aquecida por dentro, sabendo que Alexandre não havia dado atenção a Carla e tinha preferido pegar sua mão e ir embora com ela. Isso dizia tudo o que ela precisava saber.
As sobrancelhas de Alexandre se franziram em pensamento, quebrando o silêncio confortável enquanto ele murmurava, quase para si mesmo, “Não consigo acreditar que demorei tanto para te apresentar formalmente… ou para ter você aqui, me vendo na empresa desse jeito.”
Chuva sorriu e inclinou a cabeça, sua voz leve, mas sincera. “Está tudo bem. Para ser honesta, não começamos da maneira mais… ideal. Tudo aconteceu tão rapidamente. Então concordamos com aquele contrato para manter as coisas privadas…” Ela fez uma pausa, seu olhar se suavizando enquanto olhava para ele. “E quando finalmente reconhecemos nossos sentimentos um pelo outro, ambos ficamos tão ocupados.”
Chuva já havia compartilhado tudo com Alexandre, sem deixar nenhum detalhe para trás, exceto por uma coisa. Era sobre o tumor cerebral do Pai Rocha. Tanto ela quanto William haviam lutado com a ideia de contar a ele, sabendo quanto isso pesaria sobre ele, mas o momento nunca pareceu o certo.