Casamento Surpresa com um Bilionário - Capítulo 331
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331: Marque Minhas Palavras 331: Marque Minhas Palavras Reunindo-se, Chuva forçou um sorriso caloroso e deu um passo mais perto. Lentamente, ela sentou na beira da cama dele, mantendo seus movimentos relaxados.
“Nosso casamento aconteceu tão de repente”, disse ela suavemente, inclinando a cabeça de forma brincalhona e fazendo um leve bico, “e você me prometeu que teríamos uma cerimônia de casamento adequada depois.”
Alexandre ergueu uma sobrancelha, claramente cético, mas curioso.
Ela se inclinou um pouco para frente, mantendo contato visual. “Quando você se sentir pronto, pode verificar seu telefone. Você verá muitas de nossas fotos lá e até encontrará nossas conversas de chat e mensagens de texto”, acrescentou ela, com um tom casual, mas repleto de uma corrente de esperança.
Sua carranca permaneceu, mas havia um lampejo de consideração em seus olhos. “É mesmo?”
Chuva assentiu firmemente. “Sim. Não precisa se estressar com isso agora. Tome seu tempo, tudo pode voltar eventualmente para você”, ela disse, sua voz firme e tranquilizadora apesar do tumulto em seu coração.
Alexandre a observou por um longo momento antes de responder. “Verei isso. O Dr. Lambert mencionou que há chance de algumas das minhas memórias não voltarem”, ele admitiu, seu tom incerto, mas carregado de resignação.
Chuva hesitou por mais um instante, seu peito apertando pela crescente distância emocional entre eles. Então, com um sorriso trêmulo, ela estendeu a mão e gentilmente tocou a bochecha dele. “Sinto tanto a sua falta”, ela murmurou, sua voz quebrando sob o peso de suas emoções.
Sem aviso, ela o envolveu em um abraço apertado, puxando-o para si. “Obrigada por acordar”, ela sussurrou contra o peito dele, seus soluços abafados. Ela sentiu seu corpo endurecer momentaneamente, mas o alívio a inundou quando a mão dele acariciou cautelosamente suas costas.
“Está tudo bem”, Alexandre disse, sua voz baixa, mas reconfortante.
Chuva recuou levemente, seu olhar lacrimoso encontrando o dele. Ela abriu a boca para dizer mais, mas antes que pudesse, Alexandre se inclinou e pressionou os lábios contra os dela.
O beijo a pegou totalmente de surpresa, seus olhos se arregalaram. No entanto, à medida que se aprofundava, ela se entregava, seus braços instintivamente se enrolando ao redor do pescoço dele.
Não era apenas um beijo, era familiar, como se o corpo dele se lembrasse do que a mente dele havia esquecido. A esperança brilhou em seu coração, apenas para o momento ser interrompido quando a porta se abriu.
Alexandre imediatamente interrompeu o beijo, murmurando uma maldição silenciosa.
“Ah, minha nossa!” exclamou William desajeitadamente, observando rapidamente a cena com olhos arregalados.
Chuva saltou para os pés, seu rosto corado. “Eu… eu vou tomar meu café da manhã. Se precisar de algo, me chame ou peça para um dos funcionários me encontrar”, ela gaguejou antes de praticamente fugir do quarto.
Assim que ela se foi, William sorriu maliciosamente enquanto se aproximava de Alexandre. “Bem, parece que seu corpo se lembra de sua esposa, mesmo que seu cérebro não! Isso é progresso!” ele provocou.
Alexandre franziu a testa, passando a mão pelo cabelo. “Não sei o que me deu”, ele murmurou. “Quando ela se inclinou desse jeito… eu só…” Ele se interrompeu, sua expressão uma mistura de confusão e frustração.
William riu. “Eu estou te dizendo, irmão, você está apaixonado por ela. Você se apaixonou perdidamente pela cunhada Chuva… de cabeça para baixo. Só dê tempo ao tempo.”
Alexandre franziu a testa, sua sobrancelha se aprofundando ainda mais. “Mas e a Carla? A última coisa que me lembro é estar em um relacionamento com ela. O que aconteceu com ela? Por que de repente estou casado com outra pessoa?”
O sorriso de William desapareceu, e ele suspirou. “Isso é algo que você terá que conversar com a cunhada. Mas quanto à Carla… ela está fora do quadro. Ela te deixou há cinco anos para perseguir seus sonhos de se tornar uma celebridade, e, bem, ela conseguiu. Ela é uma estrela agora, mas acredite em mim, ela não vale a pena. Ela mentiu para você.”
A testa de Alexandre se aprofundou. “Mentiu? Do que você está falando?”
William hesitou e então disse, “Ela não foi a pessoa que te salvou do incêndio no Orfanato Haven.”
O olhar de Alexandre se aguçou com a menção ao incêndio, seu maxilar se apertando. “Eu já sabia disso”, ele disse calmamente. Ele se lembrou da pinta atrás da orelha da garota que o havia salvo, um detalhe que Carla não tinha.
“Então por que você não a confrontou?” William perguntou, genuinamente curioso.
Alexandre deu de ombros, recostando-se na cabeceira. “Ninguém é perfeito, William. Eu queria dar a ela a oportunidade de me contar ela mesma. E… eu senti que devia isso a ela. Ela me ajudou a me recuperar do trauma daquele incêndio. Mesmo que ela tenha mentido sobre ser minha salvadora, ela estava lá para mim quando eu mais precisava de alguém.”
Ele fez uma pausa, seu olhar distante. “Por isso eu fiquei com ela. Eu não sabia o que era amor naquela época, mas eu me importava com ela. Eu pensei… talvez isso fosse suficiente.”
William suspirou e colocou a mão no ombro do irmão. “Eu entendo, mas a Carla está no passado agora. Você tem alguém incrível na cunhada Chuva. Não deixe ela escapar.”
Alexandre não respondeu, seus pensamentos girando enquanto ele tentava fazer sentido de suas memórias fragmentadas e das emoções avassaladoras que permaneciam em seu coração.
“E acho que você também não se lembra, mas recentemente descobrimos a identidade da verdadeira mulher que te salvou daquele incêndio!” William disse, sua voz transbordando de empolgação. “É a Chuva, sua esposa! Vocês dois realmente são feitos um para o outro. Eu diria até que estão fadados a ficarem juntos!”
A revelação de William deixou Alexandre sem palavras. “Ela era aquela garota?” ele murmurou, a realização o atingindo como uma onda.
“Ah, sim!” William confirmou entusiasmadamente. “Chuva é quem te salvou durante o incêndio. Vocês dois são feitos um para o outro. Eu diria até que é o destino!”
A mente de Alexandre girava. Ele havia se apegado àquela memória por tanto tempo, a imagem de uma garota arriscando sua vida para puxá-lo das chamas. E agora ouvir que era Chuva…
William, notando o silêncio atônito de seu irmão, continuou, “Também te enviei alguns arquivos e registros impressionantes sobre sua esposa caso você queira saber mais sobre ela. Honestamente, se você ainda está duvidando, é só verificar a pinta atrás da orelha dela, ela combina com a que você se lembra daquela época. E sério, por que você insistiu em ficar em quartos separados? Você percebe quão insensível isso é?”
Alexandre franziu a testa. “Eu ainda estou me ajustando, William. É… avassalador.”
“Avassalador?” William zombou, cruzando os braços. “Você sabe o que é avassalador? A cunhada desmaiando porque ficou acordada por dias cuidando de você. E como você a recompensa? Exigindo quartos separados. Puxa.”
Alexandre abriu a boca para protestar, mas William levantou a mão para impedi-lo. “Escute, irmão, você vai se arrepender se não tratar ela bem. A cunhada é incrível. Ela é forte, bonita e leal. Marque minhas palavras… se você não se esforçar, haverá muitos homens felizes em tomar seu lugar.”
A franqueza das palavras de William atingiu Alexandre com força. Ele apertou o maxilar, conflitado por sua confusão, culpa e o surgimento de algo mais profundo que ele ainda não conseguia nomear.