Casamento Surpresa com um Bilionário - Capítulo 327
- Home
- Casamento Surpresa com um Bilionário
- Capítulo 327 - 327 Mendicância 327 Mendicância No Ministério Público
327: Mendicância 327: Mendicância No Ministério Público…
“Vamos resolver isso logo. Preciso comprar algo para a Promotora Lancaster,” Jane lembrou a todos, olhando para o relógio com urgência.
Henry balançou a cabeça sutilmente, seu olhar se desviando para o escritório vazio da Chuva. Tinha apenas uma semana que ela tinha acordado do incidente, ainda assim, sua licença indefinida já havia deixado um vazio notável. Sua ausência era profundamente sentida por toda a equipe.
Matt tinha assumido a responsabilidade de explicar a situação, embora compartilhasse apenas o mínimo de detalhes. A sala ficou quieta por um momento, todos aparentemente perdidos em seus pensamentos sobre Chuva e o que ela deveria estar suportando.
A família Lancaster havia garantido que o assunto permanecesse privado, mantendo-o fora da mídia.
Henry suspirou profundamente, o peso da preocupação se instalando sobre ele. Todos na equipe estavam ansiosos para visitar Chuva, mas sua família tinha sido protetora, restringindo o acesso a ela.
Felizmente, hoje era diferente. Chuva finalmente tinha permitido que eles a visitassem. Matt havia compartilhado que ela passava todo o seu tempo no hospital, no quarto de seu marido, Alexandre, que estava em coma.
A ideia fez o peito de Henry se apertar. Ele não conseguia imaginar a dor que ela estava passando, vendo o homem que amava naquele estado. Mas, apesar da distância e das barreiras, ele estava determinado a mostrar seu apoio de alguma forma. “Vamos terminar isso rapidamente,” disse Henry, endireitando-se.
O grupo foi direto para o hospital depois de sair do trabalho. Quando Henry entrou no quarto, não pôde deixar de notar como Chuva havia mudado em apenas uma semana. Ela parecia mais magra, seu rosto pálido e olheiras escuras emolduravam seus olhos levemente inchados. Estava claro que ela carregava um fardo pesado.
“Obrigada por virem,” disse Chuva com um sorriso fraco, embora o cansaço fosse evidente em sua voz. Ela aceitou as cestas de frutas e algumas outras delícias que Jane lhe entregou. “Vocês não precisavam trazer tudo isso.”
“Você está mais magra,” observou Henry, franzindo a testa. Ele tirou de sua bolsa um saco pequeno de papel cheio de chocolates e doces. “Aqui. Isso pode ajudar.”
“O que é isso, Promotor Wayne? Você trouxe mais presentes para ela?” perguntou Jane, seus olhos se arregalando em descrença simulada.
“E daí? Você é quem insistiu para contribuirmos como um grupo, mas eu pensei que Chuva gostasse destes chocolates,” interrompeu Marlon. “Deixe o Promotor Wayne dar a ela o que ele quiser.”
“Ah, sério!” repreendeu Matt. “Vocês dois estão sempre discutindo. Pare de discutir aqui. A Promotora Lancaster não precisa ouvir o típico bate-boca do escritório.”
Chuva não pôde deixar de rir baixinho. Pela primeira vez em dias, ela se sentiu um pouco mais leve. As brincadeiras e a camaradagem familiar a lembravam de tempos melhores.
“Você faz parecer que eu sou a vilã aqui,” murmurou Jane, cruzando os braços e lançando um olhar irritado para Marlon. “Pelo menos eu sei o que trazer!”
Henry, que ignorou os dois, aproveitou a oportunidade para se voltar para Chuva e comentar, “É bom ver você sorrir, Chuva.”
Ela assentiu, sua expressão amolecendo. “Obrigada, todos vocês. Eu não conseguia rir assim há algum tempo.”
Jane, ainda sorrindo, sugeriu, “Sentimos sua falta no escritório, Promotora Lancaster. Talvez você pudesse passar por lá de vez em quando? Sabe, apenas para quebrar a monotonia aqui.”
Chuva murmurou pensativa. “Vou pensar sobre isso. Vamos ver como posso administrar tudo.”
Henry se inclinou para frente, seu tom suave mas firme. “Não se apresse, Chuva. Pegue todo o tempo que precisar. A família vem primeiro, sempre. O escritório pode esperar.”
“Obrigada, Henry. Eu aprecio isso,” respondeu Chuva. Ela gesticulou em direção às cadeiras. “Por favor, sentem-se. Vou fazer um café para nós.”
O grupo conversou por um tempo, compartilhando histórias leves e piadas para elevar o ânimo de Chuva.
Eventualmente, eles se despediram, deixando-a com um sentimento quente de gratidão.
Quando a porta se fechou com um clique, o silêncio mais uma vez envolveu o quarto, deixando Chuva sozinha com seus pensamentos e com Alexandre.
Ela tinha um sorriso fraco enquanto se aproximava de Alexandre e começava a massagear seus braços e ombros.
“Adivinha?” Chuva disse suavemente. “Vamos para casa amanhã. Os médicos acham que vai ser melhor para nós dois ficarmos na mansão. Eles disseram que isso pode até ajudar na sua recuperação,” ela adicionou com um pequeno sorriso esperançoso.
Conforme os dias passavam, e com o acordo da família, Chuva decidiu que era melhor transferir Alexandre para a Mansão Lancaster. Os médicos apoiaram a decisão, assegurando a ela que uma equipe médica particular poderia monitorá-lo eficazmente em casa.
Sua voz se iluminou enquanto continuava, “Podemos até sair para a propriedade, e eu vou te levar naquela cadeira de rodas inclinada chique. Não parece legal?”
Depois de terminar a massagem, Chuva puxou uma cadeira ao lado dele e segurou sua mão, pressionando sua palma quente contra sua bochecha. “Sinto falta da sua voz, Alexandre,” ela sussurrou, seu olhar fixo em seu rosto ainda.
Sua voz tremia, e lágrimas começaram a se reunir em seus olhos. Ela tentou contê-las, para se manter forte, mas o peso de suas emoções provou ser demais. Rapidamente, ela se levantou e correu para o banheiro, fechando a porta atrás dela.
Lá dentro, ela abriu a torneira, deixando o som da água corrente mascarar seus soluços. Suas lágrimas caíam livremente enquanto ela segurava a pia, seu corpo tremendo com angústia silenciosa.
“Dói tanto,” ela sussurrou, sua voz embargada pela emoção. “Por favor, Deus, deixe eu ouvir sua voz novamente. Por favor, permita que meu marido acorde. Dê a ele outra chance. Estou te implorando.”
Chuva afundou de joelhos, agarrando seu peito como se tentasse manter seu coração partido junto. Todos os dias eram uma batalha para continuar, para se manter esperançosa, mesmo enquanto a visão do corpo imóvel de Alexandre ameaçava arrastá-la para o desespero.
Após alguns minutos, ela enxugou suas lágrimas e respirou fundo, forçando-se a se recompor. Ela tinha que ser forte, não apenas para si mesma, mas para Alexandre.
Retornando ao lado dele, ela sussurrou com um sorriso, “Estarei te esperando, Alexandre. Não importa quanto tempo leve, estarei aqui.”
Então, Chuva segurou sua mão e beijou seus nós dos dedos, buscando conforto no calor familiar. Mas ela congelou no meio do movimento, seu coração pulando em choque.
“Alexandre,” ela respirou, seus olhos arregalados. Ela tinha sentido, seus dedos haviam se movido, uma leve apertada contra os dela.