Casamento por Contrato: O Noivo Substituto - Capítulo 144

144: Karaokê 144: Karaokê Depois das aulas, Lolita se aproximou de Jeslyn enquanto saía do prédio.

“Rose, o que há de errado? Você anda meio melancólica ultimamente.”

“Nada, eu tô bem.”

“Eu– eu não acho que esteja.” Rubenstein discordou enquanto ajustava seus óculos.

“Até o nerd percebeu”, Lolita debochou.

Reuben, que estava prestes a dizer algo, ficou em silêncio. Ele já se acostumou com as provocações dela e não protesta mais. Nos poucos meses em que estiveram juntos, os três se entenderam a ponto de se considerarem amigos, mais do que colegas de classe.

“Acho que você precisa de um pouco de ar fresco e um lugar para liberar suas emoções. Você vai explodir se continuar guardando tudo isso dentro de você.” Lolita sugeriu.

“Eu– eu acho que é uma boa ideia. Afinal, é sexta-feira.” Reuben concordou com um aceno.

“Você conhece algum lugar bom?” Jeslyn perguntou.

“Que tal uma balada?” Lolita deu um sorriso entusiasmado. Vendo a reação dos outros dois como se ela tivesse cometido um assassinato, ela fez outra sugestão. “Um bar?… Não?… Casa de massagem? … salão de beleza… não?…”

“Pa- para de falar. Um karaoke já é suficiente.” Reuben interveio.

“Hmm, vamos com a ideia do Reuben.” Jeslyn concordou.

“Claro, ele é quatro-olhos, então deve ser mais inteligente.” Lolita fez um bico de desagrado. Parecia que Reuben sempre tinha uma resposta melhor do que ela para tudo. Sempre que ela dava uma ideia, Reuben jogava um balde de água fria nela. Havia momentos em que era claramente ela quem trouxera a questão à tona, mas Reuben parecia ser o herói salvador do dia. Por alguma razão, ela sempre teve uma antipatia por Reuben. Ele lhe dava uma sensação estranha, mas isso não significava que eles não fossem amigos.

Jeslyn viu Lolita emburrada e bateu na parte de trás da cabeça dela. “Você é um bebê?”

“Eu tenho 22 anos, ele tem 28, e você tem 26, então sim, eu sou um bebê.”

“Hmm… olhando por esse lado, até parece que eu e Reuben somos velhos demais para esse mundo da música, onde às crianças parecem estar no comando”, disse Jeslyn friamente.

“Você parece ter 18 anos. Se você não contar sua idade, ninguém vai saber. Mas definitivamente não é o caso do Reuben. Ei, irmão mais velho, por que você não ficou em casa? Como pretende vender sua imagem se está tão velho? A indústria da música é dominada por crianças que envelhecem nela, não por velhos querendo virar músicos e fazer algo que presta. Como saber se vai fazer sucesso antes de se aposentar?” Pode até parecer que ela estava brincando, mas Lolita sabia que era sério. Ela não gostava desse cara e queria que ele fosse embora.

“Eu– eu não preciso de riqueza e fama. Eu escolhi– eu escolhi essa carreira por causa de alguém.”

Lolita se irritou ao ver como ele agia como se estivesse sendo intimidado. Esse cara é um bom ator. “Você deveria ser ator.” Ela revirou os olhos.

Ele concordou com a cabeça e disse suavemente: “Eu vou considerar isso no futuro.”

Quando Lolita estava prestes a dizer algo de novo, Jeslyn interveio. “Lolita, seja legal.” Ela repreendeu. Ela sabia que Lolita não gostava muito de Ruben e não iria forçar a amizade, mas estava errado continuar intimidando o coitado. Mesmo que Ruben tivesse 29 anos, ele aparentava ter 26, então qual era o problema?

“Mas eu não fiz nada de errado.” Lolita se defendeu fazendo um beicinho.

“Você nunca vê o que faz de errado.” Jeslyn suspirou e seguiu em frente, deixando Lolita encarar Ruben, que ignorava as provocações dela.

No karaoke que ficava também no condomínio, os três entraram usando seus uniformes. Saia reta até o joelho de vinho, blusa com mangas cor de creme e jaqueta cor de vinho. Com saltos de sua escolha.

Reuben estava usando calças de vinho, uma camisa creme e um terno de vinho com sapatos pretos.

As duas garotas estavam com os cabelos presos em rabos de cavalo, enquanto Ruben usava um cabelo longo que chegava logo abaixo do lóbulo da orelha.

Eles não perderam tempo na entrada, pois os seguranças os deixaram passar após confirmarem suas identidades.

O lugar era simplesmente lindo, mas Jeslyn não estava com humor para apreciar a beleza. Entraram no quarto privado e, em pouco tempo, estavam no palco cantando ao som da música.

Apesar do ambiente animado com Lolita saltitando e fazendo caretas engraçadas, o que fez até Ruben se soltar e rir à beça, Jeslyn não achava graça.

De repente, ela pegou o controle remoto e mudou para uma música triste, surpreendendo seus amigos com o olhar preocupado.

Era uma das canções de desamor de Celestine em seu álbum chamado ‘melancólico’. O álbum ganhou o prêmio de álbum do ano e essa música específica que Jeslyn estava ouvindo era tão deprimente que ganhou o prêmio de música mais triste de todos os tempos.

Há um mito de que, uma vez que alguém começa a ouvir ou cantar a música, significa que estão chegando ao fundo do poço. Não é à toa que os amigos estavam preocupados.

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Eu vejo você
Olhando nos olhos dela e sorrindo
Fingi que não vi nada
É ri…
Como você me diz que é uma pegadinha
Quando tudo parecia tão real
Como você me diz que é uma brincadeira
Quando eu vi vocês dois… juntos
Você me quebrou, eu juro
Dói tanto, eu juro
Não sei como viver
Isso me destroça, eu juro…
Não me diga pra seguir em frente
Quando não consigo entender isso
Não me diga pra deixar pra lá
Quando parece que estou sufocando
Dói, é doloroso, dói e estou morrendo.

O que fazer quando não sei como continuar…
Como me sentir bem, me diga
Faz tempoooo que te vi
Faz tempooooque ouvi falar de você
A última vez que eu olhei
Você estava acariciando a barriga dela
Rindo tanto, como se eu não fosse divertida
Rindo tanto, como se eu fosse infértil
Dói, dói
Você me quebrou, eu juro
Dói tanto, eu juro
Não sei como viver
Isso me destroça, eu juro…
Não me diga pra seguir em frente
Quando não consigo entender isso
Não me diga pra deixar pra lá
Quando parece que estou sufocando
Dói, é doloroso, dói e estou morrendo.

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