Casamento de Conveniência com o Alfa Snow - Capítulo 94
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94: Estamos Salvos 94: Estamos Salvos **************
CAPÍTULO 94
~Ponto de vista de Snow~
Eu estava andando de um lado para o outro no meu escritório quando meu telefone vibrou, iluminando-se com uma mensagem do Demônio Ousado. Finalmente.
“Coletamos informações sobre a crise familiar da Zara. Como procedemos, Chefe? Mata ou…”
Um sorriso se formou nos meus lábios. A franqueza do Demônio Ousado não me era desconhecida; sinceramente, eu não teria hesitado em seguir tal conselho no passado.
“Bom,” eu digitei de volta. “E aqui está a minha opinião—elimine todos eles e queime os documentos. Essa é a opção mais limpa.”
Mas o mundo da Zara não foi construído dessa forma; essas ainda eram os membros de sua família, suas conexões—mesmo que eles estivessem muito envolvidos com a teia traiçoeira do Ivan.
Eu suspirei, meus ombros caíram enquanto eu dava um passo mental para trás para reavaliar.
Eu disquei o número do Demônio Ousado, sentando-me enquanto ele atendia imediatamente. “Snow,” ele saudou, sua voz tão suave quanto sempre, cortando a linha como uma lâmina afiada.
“Você tem os nomes?” Eu perguntei, pulando as amenidades. “Eu preciso de todos eles. Cada negócio, cada mentira, cada conta em que eles lavaram seu dinheiro sujo.”
“Está tudo na pasta criptografada que eu enviei. O rastro financeiro é simples uma vez que você o vê, e não é nada bonito.” A voz do Demônio Ousado permaneceu neutra, desapegada. “Eles estão amarrados com contas offshore, empresas de fachada e acordos ocultos. E a influência do Ivan é inegável.”
“Claro,” eu murmurei, beliscando a ponte do meu nariz enquanto absorbava a enormidade disso.
O alcance do Ivan sempre foi amplo, mas eu nunca imaginei que ele atingiria a família da Zara com tamanha precisão. O motivo era óbvio—controlá-la, controlar o negócio de sua família e garantir que suas garras estivessem firmemente no lugar. “Alguma prova o conectando diretamente?”
“Alguns indícios sutis,” respondeu o Demônio Ousado. “Vão aguentar em tribunal, mas é tênue. Ele escondeu bem seus rastros.”
A frustração borbulhou no meu estômago. “E a família?”
“Bem envolvida, como você pensou. Mas escute…” Demônio Ousado hesitou, uma pausa estranha para alguém normalmente tão calculista. “Se Zara está determinada a enfrentá-lo, vai levar tempo. Até mesmo com o Blake do lado dela. Ele é cauteloso—não vai apressar as coisas.”
Blake.
Então, ele estava mais envolvido do que eu supunha. Não me passou despercebido que Zara tinha procurado a ajuda dele.
E por mais que eu respeitasse a independência dela, ela não podia simplesmente navegar num campo de batalha como esse sem apoio.
“Certo,” eu disse finalmente. “Me mande a lista. Eu vou descobrir quem está no bolso do Ivan e quem é recuperável.”
“Entendido,” Demônio Ousado respondeu. “Os arquivos estão a caminho.”
Enquanto a linha desligava, me recostei na cadeira, a tela do meu laptop piscando enquanto arquivos enchiam minha caixa de entrada.
Nomes, montantes, transferências, e o tênue fio que Ivan tinha tecido nas vidas da família da Zara apareciam em linhas ordenadas pela tela. Cada linha parecia um desafio, um movimento que eu teria que contra-atacar antes que ele apertasse seu controle ainda mais.
Meus dedos hesitaram sobre meu telefone, tentado a ligar para ela e dizer que eu tinha um plano que não dependia do Blake ou de um longo processo judicial.
Mas não, eu sabia que ela não veria dessa forma. Zara queria controle, e ela queria enfrentar isso ela mesma. Para o melhor ou para o pior, ela estava determinada a ser a pessoa a confrontá-lo.
O plano foi formulado lentamente na minha mente, minha mão se movendo instintivamente para o telefone.
“Prepare o carro,” eu disse ao Scott. “Estamos indo para a cidade. E Scott, limpe minha agenda para o dia.”
Esta era uma batalha que eu não pretendia assistir de fora, quer Zara soubesse disso ou não.
*************
~Ponto de vista de Zara~
Ao me aproximar da residência do Ivan, um peso se instalou como pedra no meu peito. Snow ainda estava no escuro sobre isso, mas eu não tinha opções.
Eu tinha que enfrentar Ivan. Quanto mais eu me aproximava da casa dele, mais pesados meus passos se tornavam, como se cada parte de mim soubesse que isso era um erro.
Justo quando eu cheguei aos degraus da frente, o guincho de pneus rasgou o silêncio, e um elegante carro preto cortou meu caminho, bloqueando a entrada. Meu coração saltou quando Snow saiu, seu olhar ardendo com uma intensidade que acelerou meu pulso.
Ele caminhou em minha direção, seus olhos indecifráveis enquanto ele diminuía a distância. Antes que eu pudesse falar, sua mão segurou a parte de trás do meu pescoço, e seus lábios se encontraram com os meus, exigentes, possessivos.
O calor súbito de seu toque, a maneira feroz como ele me reivindicou—era avassalador. Meu coração batia forte, preso entre a confusão e a inegável conexão que chispava entre nós.
Finalmente, ele se afastou, seu rosto a poucos centímetros do meu, seus olhos escuros e intensos. “Você é minha, Zara. Você entende?”
Pisquei, atordoada pela possessividade crua no olhar dele. “Snow… o que você está fazendo aqui?”
Ele deu uma risada seca, o som soando frio, desapegado e perigoso. “Essa é a pergunta que eu deveria estar fazendo a você, não acha? Por que você não veio até mim primeiro? Ou você está achando outros homens melhores em… te satisfazer?”
A acusação doeu, e sem pensar, levantei minha mão para dar um tapa nele. Seus reflexos eram rápidos demais, no entanto—ele pegou meu pulso no ar, me puxando para perto até eu estar encostada nele, seu aperto firme mas gentil.
Sua outra mão encontrou meu queixo, inclinando meu rosto para encontrar o olhar dele. “Você é minha, Zara. De mais ninguém.”
Meu coração batia contra o meu peito, frustração transbordando. “Me solta, Snow. Eu tenho assuntos pendentes com o Ivan.”
Seu aperto apenas apertou, seu olhar nunca vacilando. “Você não tem mais assuntos com ele. Isso acabou.”
A súbita vibração do meu telefone interrompeu o impasse acalorado. O olhar de Snow mudou para ele, sua mão ainda em volta do meu pulso. “Atenda,” ele ordenou.
Olhei para a tela e vi o nome do Elias piscando. Confusa, aceitei a chamada. “Elias?”
“Zara! Você não vai acreditar!” ele gritou, sua voz cheia de alívio. “Estamos salvos! Nossos fundos voltaram, e a alavanca do Ivan se foi. É como se nunca tivesse acontecido! Zara, você pode voltar para casa agora!”
Aturdida, eu só pude assentir, minha mente correndo enquanto a chamada se desconectava. Antes que eu pudesse processá-la, Snow tomou o telefone da minha mão, seus olhos escuros fixos em mim.
“Você… Você fez isso?”