Casamento de Conveniência com o Alfa Snow - Capítulo 519
Capítulo 519: Inflamada
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~POV do Snow~
Tsk, graças às minhas viagens diárias na última semana, agora eu estava acostumado a acordar em um determinado horário do dia, quisesse meu corpo ou não.
O quarto estava escuro, envolto no silêncio relaxante do amanhecer, mas algo parecia… errado.
Pisquei lentamente para acordar, esticando a mão para o lado dela na cama, esperando o calor familiar de seu corpo aninhado ao lado do meu.
Mas os lençóis estavam frios do lado dela da cama.
Minha testa se franziu enquanto eu continuava a tocar, tentando encontrar Zara.
‘Será que ela estava brincando comigo ou algo assim?” Eu me perguntei.
Eu me sentei instantaneamente, passando a mão sobre o espaço vazio. O cheiro dela pairava, fraco e se desvanecendo.
“Zara?” Chamei suavemente, os olhos se ajustando às sombras. Mas não houve resposta.
Olhei para o criado-mudo e peguei meu telefone. 5:03 da manhã.
Ela não era uma pessoa de sono leve, e com certeza não era do tipo que sai da cama sem motivo—não depois da noite que tivemos.
O sexo intenso foi quente e fizemos amor mais uma vez antes de dormir. ENTÃO sim, Zara deveria estar tão cansada quanto um caminhão.
Gemendo, empurrei os cobertores para trás e balancei minhas pernas para o lado da cama, esfregando os olhos antes de entrar no banheiro.
Nada. O roupão dela ainda estava pendurado, a toalha que usamos na noite passada ainda jogada sobre o suporte. Ela não tinha vindo aqui.
“Talvez ela esteja na cozinha,” murmurei para mim mesmo, já abrindo o zíper para me aliviar.
Depois que terminei, lavei as mãos, espirrando água fria no rosto. O choque disso me acordou completamente. Ensaboei um pouco de sabão nas mãos e lavei o rosto.
Assim que me senti fresco e limpo, alcancei a toalha no suporte, secando o rosto antes de jogá-la de lado.
Ainda sem sinal dela.
Algo não estava certo.
Vesti um moletom folgado e uma calça de ginástica, apertando os cordões enquanto caminhava descalço pelo corredor. A casa estava silenciosa—silenciosa demais.
Cheguei à cozinha. Vazia. As luzes estavam apagadas, nenhum som, nenhum cheiro de café sendo feito ou de alguém pegando um biscoito escondido.
Minhas sobrancelhas se franziram.
Verifiquei as portas do pátio. Trancadas. Os chinelos dela ainda estavam devidamente colocados ao lado do tapete.
Exalei pelo nariz, a tensão se enroscando lentamente em meu peito.
“Talvez ela esteja no escritório dela… ou no meu,” murmurei, tentando manter a calma.
Me movi rapidamente. O escritório dela—vazio. O meu—intocado. A cama no antigo quarto dela? Perfeitamente arrumada.
Agora o nó no meu peito estava se apertando.
“Zara?” Eu chamei, mais alto desta vez.
Nada.
Deixando a cautela de lado, comecei a verificar cada quarto no segundo andar. O quarto de hóspedes da Tempestade, vazio. Os aposentos de Aira—escuros. A suíte de Zade—silenciosa. A sala de treinamento. A varanda.
Nada.
Minha respiração ficou mais pesada. Cada sala vazia apenas piorava a situação. Eu não estava mais apenas preocupado—estava frenético.
Isso não era normal. Algo estava errado.
Desci as escadas novamente, mais devagar desta vez, meus pés descalços silenciosos no mármore.
Quando cheguei na sala de estar, parei, fechei os olhos e convoquei Glacier.
“Glacier,” sussurrei em minha mente. “Você consegue senti-la? Zara? Ou Astrid?”
Silêncio. Então uma longa pausa.
Nada.
Nenhuma conexão do vínculo. Nenhum fio tênue do batimento cardíaco ou assinatura de energia dela. Apenas silêncio.
Meu coração martelava no meu peito.
“Ela saiu para correr?” eu sussurrei em voz alta, mas nem isso fazia sentido. Eu a teria sentido pelo vínculo. Se ela estivesse por perto… eu saberia.
Mas eu não sentia nada.
Justo então, passos ressoaram no andar de cima, e Zade desceu a escada esfregando o sono dos olhos, vestido apenas com calças de moletom cinza e uma regata frouxa.
Ele parou de repente quando me viu.
“Snow?” Seus olhos se estreitaram à minha expressão. “O que está acontecendo?”
Eu o encarei, a respiração presa na garganta antes que eu forçasse as palavras a saírem.
“Zara,” eu disse. “Ela… ela está desaparecida.”
Os olhos de Zade se arregalaram levemente. “Desaparecida… ou foi sequestrada?”
Eu não consegui responder imediatamente. Porque no fundo… eu não sabia qual era pior.
A realização me atingiu como um tapa no peito, e meu coração disparou. Eu tropecei para trás um passo, uma mão se apoiando na parede.
“Ela estava dormindo ao meu lado o tempo todo…” Eu sussurrei, mais para mim mesmo. “Como—como alguém poderia levá-la sem eu perceber?”
Zade franziu a testa, cruzou os braços sobre o peito. “Mas você estava procurando por ela. Você já verificou em todos os lugares. E se ela saiu para fazer algo e… foi levada?”
“Não.” Eu balancei a cabeça violentamente. “Não, isso não pode ser possível.”
“Por que não?”
“Porque não há sinal de arrombamento. Nenhuma entrada forçada. Nenhum cadeado quebrado. Nada. E mais importante—eu não consigo sentir nenhuma outra presença na mansão. Nem desconhecida, nem estranha. As barreiras não foram ativadas. Tudo parece… intocado.” Minha voz caiu enquanto eu olhava além dele. “E ainda assim… ela se foi.”
As sobrancelhas de Zade se uniram, tensão agora marcada em seu maxilar. “Então ela desapareceu no ar?”
Antes que eu pudesse responder, o som de passos veio de direções opostas.
Tempestade apareceu de um corredor, cabelo desgrenhado, cobertor meio pendurado no ombro. Ao mesmo momento, Aira veio da cozinha, amarrando seu robe na cintura e bocejando.
“Qual é todo esse barulho?” Tempestade perguntou, esfregando os olhos. “São cinco da manhã, pelo amor da deusa.”
“Eu ouvi passos apressados subindo e descendo,” Aira murmurou. “O que está acontecendo?”
Eu me virei rapidamente para enfrentá-las, o pulso batendo nos meus ouvidos.
“Vocês—” Eu engoli a secura na garganta. “Alguma de vocês viu a Zara?”
Tempestade piscou lentamente. “Não desde a festa.”
Aira franziu a testa. “Ela não passou pela cozinha esta manhã. Por quê?”
Minha boca se abriu, mas as palavras ficaram presas por um segundo.
Zade respondeu por mim. “Ela está desaparecida.”
Isso fez com que ambas ficassem imóveis antes de trocarem olhares e depois voltarem a me encarar.
“O quê?” Tempestade perguntou, a voz de repente fria.
“Você está brincando, certo?” Aira perguntou, mas nem ela acreditava em suas palavras. “Como?”