Casamento de Conveniência com o Alfa Snow - Capítulo 49

49: Sentindo falta da Zara? 49: Sentindo falta da Zara? **************
CAPÍTULO 49
~POV de Snow~
*Mais Cedo na Manhã*
Até agora, não falei com Zara sobre a mãe da Tempestade, Aira e, embora eu quisesse na maioria das vezes, adorava ver a reação dela.

Isso me fez perceber que ela estava com ciúmes, mas então, antes que eu pudesse explicar, ela fez coisas que me irritaram.

Odeio admitir, mas eu fiquei com ciúme por causa da Zara.

Queria segurá-la ainda quando Scott me ligou, no entanto, a frieza instantânea dela me fez parar. Eu não era o homem que corria atrás, as mulheres se jogavam em mim pelo meu poder, prestígio e status, mas não a Zara.

E a forma como Glacier a aceitou de braços abertos foi uma emoção que fiquei feliz em ter descoberto.

Não éramos parceiros. Eu nunca tive uma parceira, mas com Zara, era a coisa mais próxima disso. Ainda assim, nenhum de nós cedia devido à nossa teimosia.

Um sorriso se espalhou em meus lábios, lembrando de como ela gemeu quando eu distribuí beijos em seu pescoço. O que começou como uma provocação acabou me excitando. Felizmente ela não percebeu e eu tive tempo suficiente para contornar minha excitação quando ela me empurrou.

Assim que saí do quarto de Zara, fui para o meu escritório, onde me disseram que Aria estava. Embora eu tenha ficado na cama até tarde, eu não esperava ver Aria vestida como se fosse sair cedo assim.

Entrei e a cumprimentei assim que fiquei em pé diante dela, meu peito oculto de seus olhos. “Olá, Ari. Se sentindo melhor?”

Ela assentiu. “Melhor, mas acho que vou me sentir melhor ainda quando sair.”

Meus olhos se arregalaram brevemente quando ela disse isso. Ela mal tinha recebido alta há um dia e agora queria sair?

Seus olhos azuis brilharam enquanto ela sorria. “Eu sei o que você está pensando, mas quero me sentir viva de novo, Snow.”

“Sua saúde…” Aira levantou a palma da mão para me interromper.

“Me desculpe por ter fugido. Eu só tinha que tentar, sabe. E eu não sou tão frágil a ponto de não poder sair.”

Eu não argumentei com ela. “Como desejar. Alguma sugestão?”

Os olhos dela brilharam, assentindo. “Acho que é hora de fazer uma visita a eles com a Tempestade, e eu quero que você venha conosco, Snow.”

Antes que eu tivesse a chance de recusar e lembrá-la da minha agenda lotada, a porta se abriu com a Tempestade correndo para dentro e direto para os braços dela. “Mamãe!”

Ele a cumprimentou e se aproximou para beijá-la na bochecha.

Desde que ela voltou, ele tem estado mais animado do que eu esperava. A partida dela foi difícil para ele lidar, mas agora, sua alegria parecia como se ela nunca tivesse ido embora.

“Mamãe, papai, para onde vocês estão indo? Posso ir?”

“Claro, amor, mas depende do seu pai.” Como que por sinal, ambos se viraram em minha direção, me encarando com aqueles olhos azuis inocentes.

Merda, fui armado.

“Tudo bem. Eu vou.”

***************
Ao meio-dia, voltei para a empresa e fui direto para uma reunião. Não foi até as 16h que terminei todas as minhas tarefas e mesmo assim não vi Zara.

Eu estava inquieto. Não importa o quanto me enterrasse no trabalho, meus pensamentos continuavam voltando para Zara e nossa noite. Para piorar, ela estava ocupando muito mais da minha mente do que eu gostaria de admitir.

Ela me desafiava de formas que ninguém mais tinha feito, e caramba, isso me fazia querê-la ainda mais.

Agora, ela desobedeceu minha ordem, ignorando sua punição. Deveria encontrá-la? Não. Deveria deixá-la em paz, certo? Eu a verei em casa esta noite.

Com isso, me acomodei em meu escritório e voltei ao trabalho, revendo os novos negócios com Marcus quando algo me veio à mente.

“Já descobriu agora?” Glacier comentou, já que ele podia ouvir meus pensamentos.

“Sim. Bobagem minha. Deveria ter feito isso antes.”

Eu precisava de um descanso do escritório, dos papéis e das discussões sem fim. E mais do que isso, eu precisava de respostas.

Peguei meu telefone, passando pelos meus contatos até encontrar o número que eu precisava. Júpiter.

Júpiter era um amigo de longa data e um aliado inestimável — ele liderava uma rede de inteligência subterrânea que não tinha igual.

Se alguém pudesse desenterrar sujeiras sobre Ivan e Marcus, era ele. Ele também tinha uma inclinação cruel que lhe rendeu o apelido de “Diabo Vermelho” em certos círculos. Ele não brincava quando se tratava de lidar com inimigos.

Disquei, ouvindo o toque enquanto esperava ele atender.

“Olha só quem é,” a voz suave de Júpiter saiu pelo telefone. “Snow Zephyr, o que te traz para o lado sombrio hoje?”

“Encontre-me no Bar Raze. Preciso que você investigue algo para mim,” eu disse, cortando direto ao ponto. Eu não tinha tempo para conveniências.

Uma risada baixa veio do outro lado. “Deve ser sério se você está pedindo um favor. Certo. Estarei lá em uma hora.”

Uma hora depois, cheguei ao Raze, um dos bares mais exclusivos da cidade. Mobiliado com interiores escuros e sofisticados, e um público que preferia privacidade — era perfeito para o tipo de conversa que eu precisava ter.

Júpter já estava lá, sentado em uma das cabines privadas, seu cabelo vermelho característico se destacando na iluminação tênue. Ele estava bebendo um copo de uísque, seus olhos verdes aguçados e perspicazes, como uma coruja caçando sua próxima presa.

“Snow,” ele me cumprimentou com um sorriso malicioso enquanto eu deslizava para o assento em frente a ele. “Você parece… tenso.”

“Trabalho,” foi tudo que eu murmurei. Ele assentiu, sabendo quão sério eu poderia ser com essa palavra. Era assim que eu governava e levava Aurora onde ela está agora no mercado global.

“Então,” ele suspirou depois de tomar um gole de seu uísque antes de colocar o copo na mesa de vidro, seu foco totalmente em mim. “Como posso ajudar com meus serviços?”

“Preciso de informações sobre meu sobrinho e outra pessoa, Marcus,” eu disse diretamente. “Algo está acontecendo entre eles, e eu preciso saber o quê.”